Março 23, 2025
Deputado Rui Cristina deixa PSD e termina legislatura uma vez que não-inscrito |  PSD

Deputado Rui Cristina deixa PSD e termina legislatura uma vez que não-inscrito | PSD

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O parlamentar do PSD Rui Cristina, que era até agora coordenador do partido na percentagem de saúde, vai deixar o partido e passar um deputado não-inscrito até final da legislatura, alegando que a liderança de Luís Montenegro só está preocupada com “ajustes de contas internos”.

“Fica patente subsistir na recente liderança do PSD uma maior preocupação com ajustes de contas internas, imposição de egos que na núcleo não assume compromissos sérios com o partido, assuntos unicamente numa permanente querela pelo “poder””, refere a epístola enviada por Rui Cristina ao secretário-geral do PSD a que a Lusa teve hoje chegada.

Rui Cristina foi anunciada uma vez que o quinto candidato na lista do PSD pelo região de Faro às legislativas antecipadas de 10 de Março, encabeçada pelo vice-presidente social-democrata Miguel Pinto Luz, depois de ter sido o número dois nas eleições de 2022.

Questionado pela Lusa sobre a possibilidade de integrar as listas de candidatos pelo Chega, o ainda deputado do PSD, com mais de 20 anos de militância no partido, respondeu que “o horizonte exige ponderação e reflexão”.

Rui Cristina é o segundo parlamentar do PSD a deixar o partido nas últimas semanas, depois de António Maló de Abreu, que foi confirmado nascente fim-de-semana uma vez que candidato do Chega pelo círculo fora da Europa, em seguida anteriormente ter recusado essa possibilidade.

Numa mensagem de correio electrónico enviada aos deputados sociais-democratas, Rui Cristina informou ainda que pretende concluir a recente legislatura uma vez que deputado não-inscrito, alegando que não estão reunidas condições políticas para continuar a integrar e a trabalhar no grupo parlamentar.

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Na epístola enviada a Hugo Soares a dar conhecimento da sua desfiliação, Rui Cristina, que assumia funções de coordenador do grupo parlamentar na Percentagem de Saúde, salientou que se trata de uma decisão pessoal em conformidade com os seus “princípios individuais, morais, ideológicos e partidários”.

“Posteriormente uma reflexão profunda e amadurecida pelo dor e sofrimento das consequências da mesma, não encontro recíproco que não seja uma ruptura para com as decisões tomadas pela direcção do partido, que violam a minha integridade de princípios”, alegou.

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O texto refere-se ser do conhecimento universal a “fractura interna que nos últimos tempos tem assolada o Partido Social-Democrata e que hoje manifesta uma diferença inconciliável na estrutura interna do partido, um entrave à urgência de firmeza e prossecução do seu treino político”.

“Diferenças inconciliáveis ​​devido a uma instrumentalização banalizada do partido em favor de interesses de pequenos grupos que se revezam, obstaculizando todo e qualquer horizonte de treino político que se pretenda eficiente”, critica Rui Cristina.

O deputado aponta também a posição das concelhias do Algarve, que “demonstraram a urgência de unidade e resguardo dos interesses do partido, em contraponto com os órgãos dirigentes que, pela poder, impuseram escolhas incompreensíveis em que salientam os interesses de grupos”.

Segundo refere, as propostas de solução governamental são “incessantemente indexadas à querela interna, sem substância óbvia seja para militantes ou, ainda mais grave, para os portugueses”, que estão “órfãos de uma liderança que se perfila uma vez que opção num horizonte de renovação exequível “.

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“Torna-se assim impossível a minha permanência e aquiescência com nascente estado de coisas, que poderia somar no famoso aforismo de Mandeville: “Vícios privados, benefícios públicos”, escreve Rui Cristina.

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