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A CONMEBOL, federação sul-americana de futebol, anunciou as 14 cidades que sediarão jogos da Despensa América de 2024, quando o torneio retornar aos Estados Unidos pela primeira vez desde 2016.
As 14 cidades são Las Vegas (NV), Arlington (TX), Charlotte (NC), Orlando (FL), Miami Gardens (FL), Santa Clara (CA), Atlanta (GA), East Rutherford (NJ), Houston ( TX), Austin (TX), Inglewood (CA), Glendale (AZ), Kansas City (KS) e Kansas City (MO).
A franqueza do torneio será disputada no Mercedes-Benz Stadium do Atlanta United, com a final no Hard Rock Stadium de Miami.
Será unicamente a segunda vez, depois da Despensa América próprio do centenário em 2016, que o torneio será sediado fora da América do Sul.
O Equador foi originalmente nomeado anfitrião do torneio, mas desistiu em novembro de 2022 devido a preocupações econômicas e de segurança, muito uma vez que à falta de estádios viáveis.
Isso teria deixado unicamente os EUA e o Peru uma vez que as duas nações dispostas a sediar a edição de 2024, com a CONMEBOL e a CONCACAF – a federação da América do Setentrião, América Medial e Caribe – escolhendo conjuntamente os EUA em janeiro deste ano.

Embora os EUA tenham inquestionavelmente melhor infraestrutura de estádios do que qualquer país sul-americano, a decisão de sediar mais uma vez o torneio nos Estados Unidos gerou algumas críticas na América Latina.
“A América do Sul está tendo dificuldades para organizar seu histórico torneio de seleções nacionais”, escreveu Ezequiel Fernández Moores no jornal prateado La Nación em fevereiro.
A CONMEBOL encontrou obstáculos para sediar as três últimas edições da Despensa América realizadas na América do Sul. Em 2015, o país-sede foi desarranjado do Brasil para o Chile devido ao primeiro já sediar a Despensa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
A Colômbia foi escolhida para co-sediar a edição de 2020 com a Argentina, antes de ser adiada por um ano devido à pandemia de Covid. Os protestos em todo o país no ano seguinte levaram a Colômbia a retirar-se uma vez que co-anfitriã, com a Argentina a seguir o exemplo pouco depois, enquanto o país enfrentava um proeminente número de casos de Covid.
O torneio acabou sendo transferido para o Brasil e disputado a portas fechadas.
Agora, pela terceira edição consecutiva, o país anfitrião foi desarranjado depois que os EUA assumiram as funções de organização do Equador.
No entanto, Fernández Moores questionou por que razão o mesmo escrutínio, mormente em material de segurança, não é aplicado aos Estados Unidos.

“Não importa que os jogos possam ser disputados na Califórnia, o estado que acaba de tolerar quatro tiroteios em tamanho em unicamente 10 dias em janeiro”, escreveu Fernández Moores.
“Pelo terceiro ano seguido, os Estados Unidos sofreram mais de seiscentos tiroteios em tamanho em 2022. Nas primeiras três semanas de 2023, já ocorreram 39 tiroteios.
“É impensável que a CONMEBOL, para a Despensa América de 2024, ou a FIFA, para a Despensa do Mundo de 2026, exijam que os Estados Unidos revejam seu festival de violência naturalizada, que mata em shopping centers, escolas ou em qualquer rua.”
Mas sediar a Despensa América de 2024 é, sem incerteza, um grande impulso para os EUA, à medida que o país se prepara para sediar conjuntamente a Despensa do Mundo de 2026, ao lado do Canadá e do México.
Num país onde o futebol ainda é por vezes jogado à sombra da NFL, NBA, MLB e NHL, um torneio muito sucedido para a selecção pátrio masculina dos EUA poderia desempenhar um papel enorme no aumento do interesse pátrio antes de 2026.
A edição de 2016 também foi um sucesso esmagador, registrando uma média recorde de público de 46 milénio pessoas e se tornando a Despensa América mais lucrativa até o momento, segundo o La Nación.
Juntamente com a chegada de Lionel Messi ao Inter Miami, que atraiu a atenção mundial e causou picos nas vendas de ingressos e no público, a Despensa América de 2024 pode ser uma espécie de aquecimento perfeito para organizadores e torcedores.

Os jogos de Messi pelo Inter Miami atraíram multidões repletas de estrelas, enquanto os ingressos – tanto para jogos em mansão quanto fora de mansão – estão em grande demanda, embora o clube tenha recebido críticas por aumentar os preços dos ingressos para a temporada do próximo ano e por precificar torcedores que eram leais a a equipe antes da chegada de Messi.
Não está evidente se a proeza de Messi nos Estados Unidos aumentará a popularidade do futebol nos EUA a longo prazo, mas talvez poucas pessoas se importem, desde que haja muito moeda a ser proveito enquanto ele ainda estiver em Miami.
Mas a chegada do prateado não só encheu os cofres. Suas atuações totalmente dominantes em campo – que às vezes pareciam ridiculamente fáceis – levaram o Inter Miami ao seu primeiro título nos cinco anos de história do clube, ajudando o time a vencer a Despensa da Liga poucos meses posteriormente ingressar.
Tamanha tem sido sua influência em 2023, depois de levar a Argentina à glória na Despensa do Mundo no final de 2022. Messi foi eleito Desportista do Ano pela TIME na terça-feira.
“Aos 36 anos, duas décadas de curso incomparável, Messi proporcionou um incitação uno ao futebol na América. O presença, os preços dos ingressos, as vendas de mercadorias e a audiência dispararam. Seus jogos assumiram a sensação de um renascimento religioso”, escreveu Sean Gregory na TIME.
“Com os EUA sediando três grandes torneios internacionais nos próximos três anos (Despensa América em 2024, a Despensa do Mundo de Clubes da FIFA em 2025 e o maior de todos, a Despensa do Mundo, em 2026), certamente atrairão ainda mais torcedores. . Mas Messi é um acelerador.
“Com o desportista mais venerado e influente do planeta jogando em Miami pelo menos pelos próximos dois anos, ainda atuando no topo de seu jogo – ele ganhou outra Esfera de Ouro uma vez que jogador mundial do ano, o oitavo, em final de outubro – os EUA são agora uma região do futebol. A futebol região.”