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Gabriela Mistral é a poetisa, diplomática e intelectual mais importante da história do Chile.
- Responsável, Fernanda Paulo
- Papel, BBC News Mundo
Gabriela Mistral era naquele momento Lucila Godoy Alcayaga. E só tive 17 anos.
Mas nem seu relativo anonimato nem sua juventude foram impedimentos para incomodar a sociedade conservadora chilena de princípios do século XX.
Através de um experimento publicado em um quotidiano lugar em 1906que se converteu na escritora, diplomática e intelectual mais importante da história do Chile, fijó sua postura em prol de ampliar os direitos da mulher.
O texto, titulado “La Instrucción de la Mujer”tem sido qualificado pelos estudiosos de Mistral uma vez que rompedores e reveladores, e sigue sendo até o dia de hoje uma referência importante para quem quer concordar a motivo feminista.
E aí, esta “jovencita rebelde”, uma vez que a chamada, impulsa a mulher a instruir porque para ela é a única maneira de se valga por si só, se haga digna e deixar de ser “mendiga de proteção”.
Desta forma, Gabriela Mistral cristalizou pela primeira vez um pensamento que defenderia o resto de sua vida: a urgência imperante de que a mulher se eduque.
Mas a primeira pessoa da América Latina que ganhou o prêmio Nobel de Literatura (em 1945) – e a única mulher da região que alcançou sua saliência até o dia de hoje – viveu em uma quadra muito conservadora.
E nascente experimento, somado a outros qualificados uma vez que “escandalosos” para a quadra, valeu o rechaço de uma segmento da sociedade em que vivia.
Tanto que até a Igreja Católica de La Serena -uma cidade do setentrião do Chile localizada perto de sua Vicuña natal- ecoou por sua aspiração de se transmudar em professora da Escola Normal daquela localidade.
“Gabriela Mistral foi qualificada naquele momento uma vez que uma pensadora atea e revolucionária”, explica a BBC Mundo Jaime Quezadaconsiderado um dos mais proeminentes especialistas da obra da poetisa.
“Por nascente e outros artigos, a sociedade provinciana a marginalizou e todas as suas sérias dificuldades. Mas ela não deixou de lado suas posições e anos mais tarde le siguió abrindo um espaço para as mulheres quando elas estavam praticamente marginalizadas”, acrescenta.
Primeiros anos
Para entender de onde vem o pensamento plasmado em “La Instrucción de la Mujer”, há que relembrar a história da poetisa.
De concordância com Cláudia Reyes Garcíainvestigadora e biógrafa de Mistral, tem dois dados chaves: sua geração rodeada só de mulheres e sua aprendizagem completamente autodidata.
Gabriela Mistral nasceu em 1889 em uma comunidade isolada do nordeste do Chile, chamada Vicuña, que hoje é um importante lugar turístico.
Su padre, o rabino de escola Jerónimo Godoy Villanueva, Abandonou a família quando ela tinha exclusivamente 3 anos.
A escritora, portanto, cresceu junto com sua mãe Petronila Alcayaga Rojasquien era bordadora y costurera, e su media hermana, Ana Emelina.
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A poetisa recebeu o Nobel de Literatura em 1945.
Foi precisamente Ana Emelina quem a ilustrou com as primeiras letras, e a ensinou a ler e grafar.
Segundo a biografia da poetisa publicada no Ruta Caminho para Gabriela Mistral -uma instituição governamental chilena dedicada a reconhecer o trabalho da escritora-, no ano de 1900, quando já tinha 11 anos, a ganhadora do Prêmio Nobel abandonou a Escola Superior de Niñasdepois de ser culpado de roubar material, o que provocou burlas e agressões por segmento de seus companheiros.
Desprotista de instrução formal, decidiu aprender de forma autodidata, devorando qualquer livro que encontrasse em seu passo.
E ele fez isso com uma habilidade incrível.
Tanto que as multas de 1903 ingressaram na docência, uma vez que maestra ayudante.
Neste período foi muito importante o professor e periodista Bernardo Ossandóncom quem forjou uma possante amizade e facilitou diversos textos, que partiram da filosofia até a astronomia, para que pudessem se aprofundar em seus estudos.
No livro “Gabriela Mistral, la Voz de Elqui”, Pedro Pablo Zegers, renomado profissional em Mistral e ex-diretor da Livraria Pátrio do Chile, descreve uma vez que Ossandón:
“Viejo periodista elquino, avecindado em La Serena(…) Bernardo Ossandón vino a converter-se no velho companheiro que ‘representava o fenômeno provincial de uma livraria, grande e ótima’”.
O início de sua curso literária
Ossandón, quem dirigiu o periódico serenense El Coquimbo, deu-lhe a oportunidade de publicar colunas.
Foi em suas páginas onde se iniciou a curso literária de quem alcançou a nomeada uma vez que Gabriela Mistral.
No início, os artigos foram firmados com seu nome -por portanto hoje em dia Lucila Godoy Alcayaga- mas depois usou vários seusdônimos, entre eles Alguien, Soledad e Espírito.
Poco a poco, seus escritos -algunos de cariz romântico, outros carregados de idéias e reflexões- empezaron a desabrochar em outros meios uma vez que La Voz del Elqui.
Foi neste último lugar que foi publicado coincidentemente em 8 de março de 1906 -quando nascente dia ainda não era rememorado uma vez que o Día de la Mujer-, seu tão célebre texto “La Instrucción de la Mujer”.
Enquanto isso, Gabriela Mistral disse que o papel da mulher é muito “pálido” e que ela quer vir exclusivamente com a capacidade de “governar a lar”.
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“La Instrucción de la Mujer” foi publicada no periódico La Voz de Elqui em 1906.
“Porque la mujer instruida -dice- deja de ser uma fanática ridícula que não atrae a ela sino la tratantice; Porque já de ser essa esposa monótona que para manter o paixão conjugal não conta mais que com sua formosura física e acaba por encher de fastidio essa vida em que a contemplação acaba. Porque a mulher instruída já de ser desvalida que, morbígeno para lutar contra a Miséria, acaba por vendê-la miseravelmente se suas forças físicas não permitirem esse trabalho”.
Para a poetisa, educar a mulher “é fazer digna e levantarla”.
Na pilastra, Gabriela Mistral também questiona a religião, o que para seus biógrafos se intensificou ainda mais a repudiação do texto por segmento da sociedade conservadora.
A poetisa se pergunta por que os padres se apartam das mãos de seus filhos obras científicas “com o pretexto” de que sua palestra muda os “sentimentos religiosos do coração”.
“Qual religião é mais digna do que a que você tem el sabio?”, escreve.
“Eu consideraria o alcance de toda a juventude, toda a palestra desses grandes soles da ciência, para que se abismara no estúdio de sua Naturaleza de cuyo Pai deveria formar uma teoria. Eu mostraria o firmamento do astrônomo, no teólogo”, indica.
Gabriela Mistral conclui o item solicitando mais favor e mais ajuda para a mulher.
“Hágasele amará a ciência mais do que as alegrias e as calmas”, afirma.
Sua vigilância até hoje
Se muito o texto foi publicado há exatos 118 anos, para muitos estudiosos de Gabriela Mistral segue sendo “totalmente vigente”.
“Qualquer liberdade ou autonomia da mulher, tanto em 1906 uma vez que em 2024, passo pela instrução, pela ilustração. Portanto, muitas das coisas dessa pilastra podem ser plantadas agora também”, disse a BBC Mundo Cláudia Reyes García.
“Porque se você explicasse a uma mulher hoje uma vez que ocupar seus direitos, as tendências que decir: instruir, educar, igual uma vez que o fruto Mistral fez mais de 100 anos”, acrescenta a biografia.
A investigadora explica que o escrito teve uma disseminação privativo nos últimos anos, com a ola feminista que agarrou com força no Chile e em outros países da América Latina.
“É um texto que se popularizou, que se tornou cada vez mais sabido. E hoje não poderia faltar entre seus escritos fundamentais, porque não só marca sua curso uma vez que prosista, pensadora e intelectual, mas também é seu primeiro texto feminista”, sinal.
Um pouco que poderia parecer uma paradoxo, se você toma conta de que Mistral não se reconheceu uma vez que segmento do feminismo da quadra.
Para Reyes García, a relação da poetisa com nascente movimento -liderado desde portanto por mulheres uma vez que a professora e escritora Amanda Labarcaera “compleja”, pues Mistral tuvo ciertos mates por considerá-lo de escol.
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Um mural no Meio Cultural Gabriela Mistral (GAM) em Santiago do Chile.
“Ela dizia que esse feminismo era de salão e que não considerava nem se fazia trouxa das necessidades das mulheres de outras classes sociais”, explica a investigadora.
Ou por outra, não fazia segmento das lutas que por esses anos buscavam a paridade de gênero, criticando até mesmo alguns projetos que incluíam a mulher na produtividade e nos ofícios “pesados”.
Sim, é que considerava que essas condições laborais não tomavam conta das tarefas que tradicionalmente haviam sido desenvolvidas pelas mulheres, uma vez que o zelo da lar e a geração dos filhos.
Para sua biografia, ele pensava que ela “estava mais próxima das urgências das mulheres mais vulneráveis da quadra”.
De concordância com Jaime Quezada, “Gabriela Mistral não se considera uma feminista rematada, mas está preocupada com o mundo da mulher, do mundo feminino, tanto do chileno quanto do latino-americano”.
“O tema feminino está presente em todos os seus escritos, e permanece nos artigos onde está o voto feminino”, acrescentou.
A escritora sempre foi uma defensora acérrima da urgência de impulsionar o desenvolvimento intelectual da mulher, uma vez que o libido simples neste texto que foi publicado aos 17 anos, um dos primeiros que dieron que hablar de sua pluma e seu pensamento.
Gabriela Mistral morreu em Novidade York em 10 de janeiro de 1957 e se tornou uma estrela mundial da trova e da diplomacia.
Seu trabalho foi pavimentar o caminho para tantas outras chilenas e latino-americanas que encontraram a possibilidade de prefulgir não só no “governar a lar”, mas também no mundo intelectual e das letras.
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