Em 2023, a Coreia do Setentrião intensificou o seu desenvolvimento político e poupado. Pyongyang está a voltar às suas raízes históricas, dedicando recursos económicos às indústrias pesadas onde tem uma vantagem comparativa. Embora o Líder Supremo Kim Jong-un defenda da boca para fora a teoria de sublevar os padrões de vida, a narrativa esmagadora é de retrógrado contínuo. Isto é em detrimento das pessoas comuns.
O revinda da Coreia do Setentrião às suas raízes históricas ficou simples nas notas publicadas na Nona Reunião Plenária do Oitavo Comité Médio do Partido dos Trabalhadores da Coreia, realizada na capital no final de 2023. Num desenvolvimento que precedeu a pandemia da COVID-19, mas foi também acelerada por ela, a Coreia do Setentrião tem procurado cada vez mais expandir o controlo e a supervisão sobre a sua economia. Esta é uma inversão da estratégia que tem mantido desde o início da dezena de 2000, onde permitiu que os mercados e os mecanismos de mercado dominassem cada vez mais a economia vernáculo.
NK quotidiano relatou no final de 2023 que o governo havia iniciado uma campanha de novo registro para empresas e agências governamentais. A polícia foi encarregada de examinar os livros de empresas e agências governamentais e verificar se elas aderem às políticas governamentais. Isto rima muito com a sofreguidão de “açodar o progresso porvir em todos os aspectos da construção socialista e do fortalecimento do poder vernáculo”, conforme enunciado na Nona Reunião Plenária.
Os efeitos concretos desta campanha no controlo estatal sobre a economia ainda não são conhecidos. Mas é seguro proferir que se o programa estatal de reforço do controlo estatal continuar e sufocar a diligência económica privada que tornou a sociedade norte-coreana mais resiliente, as pessoas comuns serão as que mais sofrerão.
É revelador que, para a economia, a conquista mais significativa em 2023 tenha sido uma colheita relativamente boa. Esta não é uma conquista sem valimento, dadas as questões alimentares perenes da Coreia do Setentrião, mas está longe de ser um progresso poupado sumarento. O relatório da Nona Reunião Plenária afirmou que “o cumprimento excessivo da meta de produção de grãos… [was] o sucesso mais valedoiro e valioso apanhado no trabalho poupado para 2023′.
Embora os esforços de regadura possam ter feito a diferença, nascente sucesso deve ser atribuído principalmente à melhoria das condições climáticas. Tal uma vez que afirmou o Departamento de Lavra dos EUA em 2022, a melhoria das condições meteorológicas “continuou a aumentar as expectativas de rendimento da média para supra da média, mormente para as principais culturas de segurança nutrir cultivadas no Verão, milho e arroz”.
Embora uma melhor produção agrícola seja uma boa notícia, o facto de esta ser considerada o principal sucesso da economia indica um tanto importante sobre o estado universal da economia. Em 2023 e continuando até 2024, a Coreia do Setentrião regressou a uma forma mais estalinista, conservadora e tradicional de ver o progresso poupado.
Há um simples toque soviético na forma uma vez que a Coreia do Setentrião está a bazofiar a produção de bens uma vez que o aço, o ferro e o carvão uma vez que medidas de sucesso. A mera produção destes bens tem pouco valor por si só, a menos que os bens contribuam para um desenvolvimento poupado mais espaçoso. Mas na visão económica estalinista à qual o regime norte-coreano parece ter regressado, a produção por si só é uma conquista que demonstra a força vernáculo – independentemente do que é feito mais tarde com os bens.
É provável que a liderança norte-coreana esteja a perspectivar ganhos muito maiores no porvir. O ano de 2023 assistiu à prosseguimento do aquecimento das relações com a Rússia. A Coreia do Setentrião provavelmente já exportou milhões de bombas e mísseis para a Rússia para ajudar na sua guerra com a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Setentrião, Choe Son-hui, visitou a Rússia entre 15 e 17 de janeiro de 2023 e retornou com uma mensagem de que o presidente russo, Vladimir Putin, poderá visitar em breve Pyongyang. Não é por casualidade que Kim Jong-un visitou várias fábricas de armas em 2023.
A Coreia do Setentrião parece estar a continuar em direcção à antiga posição dos tempos soviéticos – comerciando com a Rússia e a China, mas com poucos outros, enquanto dedicava recursos principalmente às indústrias pesadas. A concentração nestas indústrias poderá um dia ajudar o país a crescer uma vez que aconteceu na Coreia do Sul, mas, por enquanto, continuam a ser sobejo ineficientes e globalmente pouco competitivas.
A contínua viragem económica da Coreia do Setentrião é uma perspectiva terrível para o norte-coreano generalidade, mas para a Coreia do Setentrião enquanto Estado, é uma verdade conhecida e uma estratégia viável enquanto as tensões globais continuarem a aumentar.
Benjamin Katzeff Silberstein é pesquisador do Instituto Sueco de Relações Exteriores e professor da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Levante item faz secção de um Série de recursos especiais EAF em 2023 em estudo e no próximo ano.