O Estoril fechou o ano de 2023 com chaves de ouro, com uma goleada ao Farense (4-0) que permite à equipa comandada por Vasco Seabra, que já andou pelo fundo da tábua, salta até à primeira metade da classificação. Um jogo muito acessível no António Coimbra da Mota, mas com os canarinhos a marcar nos momentos certos, a terebrar as duas partes e a fechar a primeira. Cirúrgico e mortal para os algarvios.
Confira o FILME DO JOGO e os VÍDEOS DOS GOLOS
Duas equipas que tinham vindo a crescer na Liga nas últimas semanas, não só em termos exibicionais, mas também a subir na classificação e que, esta tarde, procuravam fechar 2023 da melhor forma provável. O Estoril de Vasco Seabra consentiu unicamente uma guia [em Braga] nos últimos oito jogos, enquanto o Farense de José Mota pôde mesmo fechar o ano com a melhor primeira volta da sua história. Duas equipes motivadas que se apresentaram em António Coimbra da Mota praticamente na força máxima e com estratégias iniciais muito semelhantes: dois blocos muito subidos, procurando condicionar as movimentações do competidor.
O jogo começou, assim, com uma possante concentração de jogadores numa curta filete de 20/30 metros no núcleo do terreno, com poucos espaços, passes curtos e muitos choques, mas também com muito terreno acessível nas costas de cada um dos conjuntos. Quem conseguiu correr o jogo, tinha depois campo acessível para chegar à marca adversária e foi o Estoril o primeiro a conseguir do possante congestionamento, mais uma vez numa arranque de Rodrigo Gomes, em grande forma, pela direita, com o extremo a cruz depois procrastinado para a finalização de João Marques.
Tinham pretérito unicamente quatro minutos e o Estoril já estava a vencer, mas o Farense pôde ter empatado logo a seguir, num remate à queima-roupa de Marco Matias, posteriormente cruzamentos de Mattheus Oliveira da direita, que Marcelo conseguiu reter por instinto. A verdade é que, apesar da possante concentração de jogadores na zona mediano, o jogo foi muito acessível e as oportunidades aconteceram em catadupa nos minutos seguintes.
Os canarinhos ficaram muito perto de vergar a vantagem em pontas de fora de extensão, primeiro de Holsgrove, com uma grande resguardo de Ricardo Velho, com a ponta dos dedos, junto à trave. Logo a seguir foi Tiago Araújo para também testar a meia-distância para mais uma grande resguardo das guarda-redes do Farense. Os algarvios também puderam ter chegado ao empate, com várias oportunidades flagrantes, com destaque para um remate de Vítor Gonçalves que passou a rasar o poste, e depois com um meandro de Cláudio Falcão, na sequência de um pontapé de esquina.
A verdade é que o jogo foi muito acessível e, numa profundidade em que parecia que o Farense estava a crescer, o Estoril chegou ao segundo golo, já em tempo de indemnização, no final da primeira segmento, com Rafik a destacar-se sobre a direita e a cruz para o segundo poste. Gonçalo Silva, em desequilíbrio ainda desviou com a ponta da bota, mas a esfera foi para os pés de Tiago Araújo que atirou a narrar. Um golpe duro para o Farense.
Canarinhos voltam a marcar logo a terebrar a segunda segmento
José Mota conseguiu mudar desde logo, lançando Talys e Rui Costa para o início da segunda segmento, mas nem deu para testar o esquema mais ofensivo dos algarvios, uma vez que, tal uma vez que na primeira segmento, o Estoril voltou a logo marcar a início, com Cassiano a cruzar para João Marques repetir no jogo, desta vez de cabeça. O Estoril ficou ainda confortável, até porque o Farense, que fez novas alterações, nunca conseguiu restabelecer a consistência que chegou a prova na primeira segmento, entre os dois primeiros golos do Estoril.
O ritmo caiu aos olhos vistos, os algarvios nunca viraram a rosto à luta, mas o Estoril nunca perdeu o controle do jogo, pelo contrário, conseguiu jogar mais tempo no campo do competidor e teve oportunidades para dar ao marcador o regime de goleada, uma vez que acabou por suceder, aos 77 minutos, com Raul Parra a fazer o 4-0, depois de mais um lance desenhado por Rodrigo Gomes.
O Estoril fecha, assim, o ano de 2023, com uma goleada, somando a sexta vitória nos últimos oito jogos, antes de entrar em 2024 em que terá uma vez que primeiro repto, uma difícil movimento ao Estádio de Alvalade. O Farense, por seu lado, comprometeu-se a atingir o seu melhor na primeira volta de sempre.