É ano eleitoral nos Estados Unidos e as prévias do Partido Republicano, que deverão definir o candidato solene da legenda à Morada Branca, começando oficialmente em Iowa nesta segunda-feira (15). O Estado do meio-oeste tem pouco mais de 3 milhões de habitantes e unicamente 40 delegados de um universo de mais de 2,5 milénio. Ainda assim, a votação é uma das mais importantes porque pode promover favoritos ou penetrar candidaturas tidas porquê descartadas.
As pesquisas mais recentes em Iowa apontam o ex-presidente Donald Trump porquê grande predilecto, seguido por Nikki Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU, e Ron DeSantis, atual governador do Estado da Flórida, que disputaram de maneira acirrada o segundo lugar.
Na mídia das pesquisas organizadas pelo portal Cinco Trinta E Oito, Trump possui 52,3% das intenções de voto, contra 17,7% de Haley e 16,2% de DeSantis. Na votação de Iowa, os delegados são distribuídos de forma proporcional. As pesquisas, no entanto, têm mais dificuldade de antecipar os resultados nas prévias.
“Uma coisa sobre primárias que você precisa se lembrar é que, na eleição universal, você tem a âncora do partidarismo”, explica o professor John Geer, da Universidade de Vanderbilt. Ao Brasil de Roupaele afirma que há uma tendência de fidelidade maior nas eleições gerais do que nas prévias.
“Se você é um democrata, você vai, muito provavelmente, votar nos democratas e se você é republicano, você muito provavelmente votará nos republicanos. Mas em uma primária, você tem, nesse caso, republicanos avaliando outros republicanos, você não tem aquela âncora partidária, portanto existe uma instabilidade um pouco maior na preferência das pessoas e ela é mais suscetível à mudança”, disse.
Ainda que Nikki Haley aplique em segundo ou, até mesmo, em terceiro lugar em algumas especificidades, todos os holofotes estão sobre ela. Isso porque a ex-embaixadora vem crescendo nas pesquisas e se aproximando muito de Trump em New Hampshire, o Estado onde serão realizadas as próximas prévias.
Por isso que, nos últimos dias, ela virou o cândido predilecto dos ataques do ex-presidente. “Do ponto de vista das pesquisas nacionais, acho que tenho uma vantagem de 60 pontos ou alguma coisa parecido, superando ela por 55 pontos na Carolina do Sul, de onde ela vem”, chegou a ironizar Trump em uma atividade de campanha na última semana.
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Para John Geer, Trump pode trespassar derrotado da votação em Iowa mesmo ficando em primeiro lugar, pois uma vitória ou uma itinerário política no Estado tem mais relação com o desempenho e capacidade de mobilização dos candidatos.
“Se Trump permanecer com menos de 50% e Nikki Haley se trespassar melhor do que o esperado, essa vai ser uma itinerário para Trump”, afirmou o professor. “Se Haley lucrar, isso seria um golpe tremendo pra Trump, mas eu não acho que isso vá sobrevir. Trump precisa se trespassar muito muito e precisa que seus dois maiores adversários, DeSantis e Haley, se saiam mal e muito aquém dele”, disse.
Porquê os eleitores votaram em Iowa?
Apesar das convocações de eleições prévias, a votação em Iowa é conhecida porquê “caucus”. O padrão é dissemelhante das primárias, que são convocadas oficialmente pelos Estados. No caso dos “caucus”, o esquema se assemelha a plenários, já que toda a organização e logística fica por conta dos partidos políticos.
Funciona assim: os participantes geralmente se reúnem em ginásios de escolas e outros espaços públicos para ouvir as defesas dos representantes de cada uma das candidaturas dentro do partido e depois votam em quem eles acreditam que deve ser o candidato presidencial. O sistema pressupõe que as eleições possam ser reforçadas para mudar de lado, seja por representantes das campanhas ou mesmo por outros eleitores, geralmente vizinhos que vivem no mesmo bairro.
Nesta segunda-feira, serão mais de 1,6 milénio lugares em todo o Estado que autorizarão os republicanos. Depois as plenárias, cada sufragista depositará um voto de maneira manual em urnas qualificadas pelo partido.
Um fator surpreendente neste ano será o clima: a temperatura máxima do dia do “caucus” de Iowa será de -19ºC em Des Moines, a maior cidade do Estado. Uma “explosivo ártica” transporta temperaturas extremas para a região, fazendo deste, muito provavelmente, o “caucus” mais insensível da história, alguma coisa que deve beneficiar candidatos com bases justas e decididas a participar.
Quem trespassar melhor em Iowa ganha a atenção da mídia e dos eleitores, tendo assim maior chance de crescer em New Hampshire, o segundo Estado a votar, desta vez, em primárias estatais. “O processo é único porque é sequencial”, afirmou o professor John Geer. “Os estados votam em ordem e o processo leva aproximadamente 3 meses. Existe uma conversa sobre mudar para um dia de previstos, isso mudaria muito as coisas e Trump seria o escolhido, porque ele tem uma base muito grande”, disse
Edição: Lucas Estanislau