O corpo da mulher encontrado nesta quinta-feira num poço em Ovar não é o da mulher pejada desaparecida há mais de três meses no vizinho concelho da Murtosa, no província de Aveiro, disse à Lusa manancial policial.
Em declarações à Lusa, manancial policial disse que os dados antropométricos (medidas das dimensões físicas de uma pessoa) recolhidos permitem excluir a possibilidade do sucumbido encontrado numa poço em Ovar ser da mulher desaparecida na Murtosa.
Segundo a mesma manancial, são realizados exames médico-legais para identificar o corpo da mulher que foi encontrado esta quinta-feira, em estado avançado de liquidação, por um poço popular em Ovar.
A mulher da Murtosa, que estava pejada de sete meses, foi vista pela última vez a 3 de outubro de 2023, quando saiu de lar com as ecografias da gravidez, ligando pouco depois ao fruto a expor que estava a voltar a lar, o que não chegou a ocorrer.
A família participou no desaparecimento junto da GNR da Murtosa no dia seguinte, tendo sido levadas a cabo buscas que, até ao momento, se revelaram infrutíferas.
Em 15 de novembro de 2023, a Polícia Judiciária detectou um varão, de 39 anos, com quem a vítima teve um relacionamento amoroso e que supostamente seria o pai do bebê que ela esperava.
Na profundidade, a Judiciária referiu que o retido foi “fortemente indiciado” pela prática dos crimes de homicídio qualificado, monstro agravado e profanação de sucumbido.
Posteriormente ter sido apresentado o primeiro interrogatório judicial, a 18 de novembro, foi-lhe aplicada a medida de filtração mais grave, tendo sido posteriormente colocada em prisão domiciliária.