Informação foi avançada pela Associação de Pais do Ajuntamento de Escolas de Vimioso
A família do aluno de 11 anos sodomizado por oito colegas, com idades entre os 13 e os 16 anos, na escola de Vimioso, região de Bragança, está a receber pedestal psicológico, indicou hoje a Associação de Pais.
Em expedido, o presidente da Associação de Pais do Ajuntamento de Escolas de Vimioso diz que foi informado da situação pelo presidente da Percentagem de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Vimioso, no final da tarde de segunda-feira, 22 de janeiro, Três dias depois o suposto incidente de sodomização, o irmão da vítima também não terá participação.
“Nesse sentido prestei todo o pedestal verosímil à garoto e à mãe, sendo que a família da vítima, neste momento, está recebendo séquito psicológico. Tenho conhecimento de que estão a decurso processos disciplinares aos alunos agressores, estando o caso entregue também ao Ministério Público”lê-se na nota assinada por Sofia Sardinha.
Contactado hoje pela escritório Lusa, o presidente da CPCJ de Vimioso, António Santos, confirmou o pedestal psicológico prestado à família da vítima, revelando que, na terça-feira, 30 de janeiro, a garoto tem marcada uma consulta de pedopsiquiatria e que também terá o séquito psicológico devido.
O presidente da CPCJ Vimioso já tinha dito anteriormente à Lusa que acabou de tomar conhecimento da alegada agressão sexual pelas 16h35 de segunda-feira, através da mãe da garoto, quando o mesmo aconteceu três dias antes, na sexta-feira, 19 de janeiro .
Várias fontes ouvidas pela Lusa confirmaram que o incidente de sodomização ocorreu tapume das 12h30 de sexta-feira, 19 de janeiro, no interno do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura” e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “zero fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso, enviada anteriormente à Lusa.
Segundo estas fontes, policiais e locais, dois dos agressores têm 16 anos – já podem responder criminalmente – e um deles é o irmão da vítima, tendo completado 16 anos no dia da suposta agressão sexual.
Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.
A alegada agressão sexual aconteceu na sexta-feira, 19 de janeiro, mas só três dias depois, na segunda-feira, 22 de janeiro, é que a GNR foi informada da ocorrência.
Só nesse dia o aluno foi levado ao Meio de Saúde de Vimioso e depois ao Hospital de Bragança, com lesões e queixas.
Na terça-feira, 23 de janeiro, não foram inspetores locais da Polícia Judiciária e, na quarta-feira, a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Lítico, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado incidente de sodomização.
Em resposta enviada na sexta-feira à Lusa, o Ministério da Instrução (ME) diz que o Ajuntamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.
Para terça-feira estão marcadas reuniões, em separado, entre a CPCJ de Vimioso com a mãe da vítima e com os pais dos alunos envolvidos na alegada agressão.
A Lusa questionou o Ajuntamento de Escolas de Vimioso, continuando a esperar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendia as chamadas.