O Farense demarcou-se nascente sábado de alegados insultos racistas ao extremo do Famalicão Chiquinhono jogo da 21.ª jornada da Liga Betclic, e a Liga de clubes será réplica para o sequaz identificado pelas autoridades.
No Estádio de São Luís, em Faro, o jogo entre Farense e Famalicão, que terminou empatado (1-1), esteve interrompido entre os 80 e os 84 minutos, depois de Chiquinho se ter queixado ao julgado Hélder Malheiro de alegados insultos racistas vindos da bancada.
A PSP acordou um sequaz afeto aos algarvios, que, através do orador, apelaram à contenção e sublinharam estar “contra o racismo”.
Em enviado divulgado posteriormente a partida, o Farense demarcou-se “de qualquer comportamento menos próprio que possa ter ocorrido durante o jogo de hoje”, assinalando que se tarifa “pela resguardo e valorização dos mais elevados princípios de humanismo, nacionalismo e não discriminação” .
“O Sporting Clube Farense tudo fará, em conjunto com as autoridades competentes, para apurar o que realmente se passou, e tudo fazer para que, sendo esse o caso, o comportamento seja exemplarmente punido”, acrescenta o emblema algarvio, atual sétima classificada na I Liga.
Em enviado, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional condenou “de forma veemente todo e qualquer tipo de comportamento que coloque em desculpa a núcleo inclusiva e agregadora do futebol”.
A Liga de clubes exortou as autoridades competentes a punirem, “de forma réplica”, o sequaz responsável pela “conduta imprópria”, o que foi identificado pelas forças de segurança presentes no Estádio de São Luís, “para que fique evidente que no futebol não há espaço para o racismo”.
O ato mereceu também as informações da secção do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, que se manifestou através da rede social X.
“Tolerância zero ao racismo! O jogo desta tarde entre o Farense e o Famalicão, a narrar para a Liga, ficou sujo pelo insulto racista de um sequaz ao jogador Francisco Jorge ‘Chiquinho (Famalicão). A APCVD (Mando de Prevenção e Combate à Violência) no Desporto) irá agir. O caso será entregue ao Ministério Público”, pode ler-se na mensagem deixada por João Paulo Correia.
Também o Sindicato dos Jogadores condenou os insultos racistas dirigidos ao avançado Chiquinho, através de um enviado no qual o presidente deste organização, Joaquim Evangelista, manifestou “totalidade solidariedade com o jogador português”.
“As manifestações de racismo em qualquer estádio de futebol são intoleráveis. Quero manifestar totalidade solidariedade com o Chiquinho e, tendo o sequaz em desculpa sido identificado pelas autoridades, espero uma ação célere e eficiente dentro de um quadro lícito, que foi revisto, precisamente, para estes afastarem pessoas do futebol e punir eficazmente os seus atos. Tolerância zero!”, refere o dirigente, deixando ao jogador “e todos os que, uma vez que ele, têm sido vítimas destes atos, o base incondicional” do sindicato.