A Farfetch vai transpor da bolsa de Novidade Iorque quando a obtenção da empresa pela sul-coreana Coupang estamos concluídos, confirmados esta segunda-feira a empresa liderada por Jose Neves (na foto).
Depois de concluir a venda, “a Farfetch espera que os detentores de ações das classes A e B e conversíveis não recuperem qualquer esse investimento. A Farfetch espera também deixar de estar cotada na bolsa de Novidade York e ser liquidada”, refere a empresa .
O entendimento para vender a totalidade dos ativos e o negócio à Coupang foi esta segunda-feira espargido. Uma “joint-venture” criada para o efeito, que conta também com a Carvalhos Verdesirei fornecer um empréstimo de 500 milhões de dólares à empresa liderada por José Neves, com um lucro anual de 12,5%. Na notícia ao mercado, a Farfetch indica que, juntamente com os seus consultores, “conduziu um processo extensivo e minucioso para prometer liquidez suplementar para a empresa e as suas subsidiárias”. Sem esta liquidez, diz, não teria condições para continuar.
Ainda assim, o juízo de governo diz sentir-se “desiludido” pelo facto de o processo não ter resultado numa solução que permite a perenidade da Farfetch uma vez que empresa cotada, tendo “todos os membros independentes apresentados a missão”. O juízo de governo passa, assim, a ser somente formado por José Neves, acrescenta a empresa.
A destituição destas, garante, “não resulta de qualquer discórdia com a Farfetch e as suas operações”. A empresa salvaguarda, ainda, que não há garantias de que as condições de venda irão ocorrer. “Se a venda falhar, há dúvidas substanciais sobre a capacidade da Farfetch para continuar”.
Na mesma nota, a empresa liderada por José Neves revela que o entendimento com a Richemont e a Symphony Global para a obtenção de 47,5% da plataforma de varejo de luxo Net-A-Porter caiu por terreno.
Recorde-se que o negócio, anunciado em 2022, já tinha recebido “luz verdejante” da Percentagem Europeia. “A Percentagem Europeia aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a obtenção do controlo conjunto do Yoox Net-A-Porter Group, de Itália, pela Compagnie Financière Richemont, da Suíça, e pela Farfetch Limited, do Reino Uno”, anunciado Bruxelas em outubro deste ano.