Boavista e FC Porto não foram além de um empate (1-1) no Dérbi portuense, em partida referente à 16.ª jornada da I Liga, que deixa os portistas a cinco pontos da liderança e o Boavista em risco de perder o décimo lugar do campeonato, prova na qual não vence desde a 5.ª jornada.
Toni Martínez (23′) e Bruno Lourenço (28′) foram os autores dos golos da paridade registada no Bessa, onde o FC Porto ganhou vantagem sensivelmente a meio da primeira secção na sequência de um lance confuso, em que Evanilson falhou a emenda ao cruzamentos de Pepê, mas conseguiram um ramal ligeiro para a finalização de Toni Martínez.
Depois de uma ingresso em que o Boavista — marcado pela sequência de dez jogos sem vencer no campeonato — se preocupou essencialmente em suster as primeiras investidas do vizinho, que ia revelar dificuldades de entrega no último terço, e quando os portistas ficaram desbloqueados o jogo e desativado o dispositivo “axadrezado”, uma falta assinalada sobre Reisinho e a abordagem displicente da resguardo portistas foram cúmplices do gol do empate, um cabeceamento de Bruno Lourenço, sem oposição.
Ó Dérbi regressava à forma inicial, mas já com o Boavista menos tenso e a surgir com transe na zona de Diogo Costa. O guarda-redes visitante foi mesmo chamado à mediação da noite para evitar um golo quase visível de Bozeník.
Com o relvado do Bessa a desafiar a cultura técnica dos jogadores, onde foram evidentes as baixas provocadas por lesões, castigos e pelas seleções, sem que nenhuma escapasse à catástrofe, foi preciso esperar pela segunda secção para se perceber se a tendência mais intensa do FC Porto, com o duplo dos remates, seria suficiente para manter o registo altamente positivo de vitórias em vivenda do rival, que desde 2007 não supera os “dragões”.
Sérgio Conceição manteve a crédito no “onze” inicial, mas depois uma guião de João Mário e com a primeira hora de jogo esgotada, recorreu à dupla de desequilibradores do plantel, com Galeno e Francisco Conceição a irem a jogo para forçar o golo de que o FC Porto precisou para relatar a diferença de três pontos para o líder Sporting.
O efeito das primeiras substituições não era ainda o solicitado, apesar do cerco ao Boavista se salientar, pelo que o técnico dos “azuis e brancos” trouxe outras soluções, lançando Nico González. O espanhol poderia ter sido uma resposta aos anseios da equipa, mas o melhor remate da segunda metade saiu a centímetros do poste da Boavista, adiando as decisões do dérbi.
O final ainda aqueceu, com a expulsão de Ibrahima, mas o resultado estava definido.