Março 21, 2025

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Fluminense vence Al Ahly e está na final do Mundial de Clubes – Observador

Fluminense vence Al Ahly e está na final do Mundial de Clubes – Observador

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Num projecto meramente teórico, as meias-finais do Mundial de Clubes não deveriam valer mais do que um mero carimbar de nepotismo entre o vencedor da Europa e o vencedor da América do Sul. No entanto, e com o passar dos anos, essa lógica mudou. Que o vencedor da Liga dos Campeões da UEFA não só chega à decisão por visível uma vez que muito provavelmente ganha a competição, não há grandes dúvidas – e já lá vão dez conquistas consecutivas para equipas do Velho Continente. Que o vencedor da Taça dos Libertadores passa de forma matemática à final, aí as dúvidas foram aumentando nas edições derradeiras entre surpresas da Ásia e da América do Setentrião. E era nesse cenário que o Fluminense chegava à Arábia Saudita, entre o sonho de Fernando Diniz pode enfrentar Pep Guardiola na final Caso o Manchester City fosse à decisão e uma quase “obrigação” de não deixar desabar os sul-americanos uma vez que aconteceu em 2022 com o Flamengo.

Pela frente, o Al Ahly. Em condições normais seria o Al-Ittihad da Arábia Saudita, formação anfitriã que foi convidada para participar na competição para ter lucro a Liga em 2022/23 e que se reforçou com nomes de peso uma vez que Karim Benzema, N’Golo Kanté ou Fabinho, entre outros, e trocou de treinador para apostar na estrela em subida Marcelo Gallardo. Não foi. E a formação egípcia, com uma segunda segmento que deitou por terreno as ambições sauditas com golos quase de rajada, conseguiu prolongar o domínio no projecto africano para o Mundial de Clubes entre um esteio fervoroso de milhares de adeptos que se deslocaram ao país. Agora, o duelo passa por conseguir a terceira final para o continente, depois de Mazembe (Inter em 2010, 0-3) e Raja Casablanca (Bayern em 2013, 0-2), tendo perdido o efeito surpresa que “apanhou” os anfitriões.

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“Embora as pessoas não falem muito disso, eu sei, e as pessoas também sabem, que conseguir superar e transcender e muito as expectativas porque a nossa equipe é quase o mesmo do que quando cheguei. Houve poucas mudanças. Cheguei no dia 1 de maio do ano pretérito e acho que ficamos no 17.º lugar do Campeonato. Se olhar para trás e vir tudo o que aconteceu, é um tanto que deve ser enaltecido e que se deve ao muito trabalho que fizemos. A quadra começou com críticas simples, quando tivemos um momento mais reles muitos criticamos, se não tivéssemos lucro o Carioca e a Libertadores diriam que temos uma equipe velha. É assim, temos muita gente só à espera de uma tropeção para progresso para a sátira fácil…”, lamentou antes da partida Fernando Diniz, que também é selecionado brasílio pelo menos até o próximo verão, sem olvidar que o Fluminense tinha exclusivamente 11. ª folha salarial entre todas as equipes do Brasileirão.

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“Pouquíssimas pessoas acreditam que nós pensamos ser campeões da Libertadores e conseguimos ser porque vencemos em silêncio, com muita humildade, respeitando nossos rivais, mas a entender que ideias vencer. São as três palavrinhas que costumo falar: sonhar, profetizar e realizar. Porque não? Estou sonhando. Agora há pouco estava ali falando com meu Deus, pedindo, profetizando. Todos os dias vamos para o campo para poder realizar isso, treinado bastante. Ninguém treina mais que o Fluminense. Depois, o sobrenatural, colocamos na mão de Deus”, destacou também o veterano Felipe Melo, de 40 anos, durante uma entrevista ao Globoesporte no hotel onde o Fluminense ficou hospedado em Jeddah.

Se Bernardo Silva, internacional português do Manchester City, tinha permitido gostar de fazer uma final de Mundial de Clubes diante do Fluminense, os jogadores mais experientes do conjunto do Rio de Janeiro não fraudaram essa expetativa. Além de Felipe Melo, que estava segurando a resguardo, o guarda-redes Fábio, de 43 anos, esteve sempre à profundidade quando foi chamado, Marcelo, de 35 anos, ganhou um grande eventualidade que deu a oportunidade para surgir o 1-0 e Paulo Henrique Ganso, de 34 anos, foi um maestro com a globo no pé. Depois, decidiu Jhon Arias. E se o colombiano deixou a porta ocasião a uma verosímil decisão de saída do Brasil no final da competição, numa período em que já foi apontada por mais do que uma vez ao FC Porto, antes de recolocou uma equipa sul-americana na onde terá pela frente os cidadãos ou os japoneses do Urawa Red numa partida onde brilhou também Matheus Martinelli, outro dos jovens com “selo de Europa” a par de André.

Quase empurrado pelo público que enchia o Estádio King Abdullah Sports City, o Al Ahly entrou melhor, com mais força no meio-campo contrário e a carregar para assumir cedo a vantagem, mas foi o Fluminense a ter a primeira grande oportunidade do encontro, com Keno a trabalhar muito na esquerda com Marcelo e Jhon Arias a surgir ao segundo poste para rematar de primeira ao poste (9′). Os africanos ficaram resguardados a partir daí, procurando apostar mais nas transições por aquilo que o encontro estava a dar, e foi o Felipe Melo que evitou machos maiores para os brasileiros num golpe de carrinho na dimensão que tirou o golo a Percy Tau antes de um quina que colocou a globo a marchar na pequena dimensão sem toque final (18′). O pausa chegaria sem golos mas com mais dois capítulos a confirmar o que se passara até aí, com Arias a convencionar de novo no poste posteriormente um quina suplantado por Ganso (24′) e Kahraba a aproveitar um remate prensado posteriormente transição rápida para desviar de cabeça para uma grande resguardo de outro dos veteranos, Fábio (36′).

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Apesar de ter qualquer nepotismo teórico pelo que conseguiu jogar, o Fluminense ganhou na posse, mas não conseguiu chegar com transe. Foi isso que Fernando Diniz tentou concordar ao pausa, com movimentos que tentavam surpreender o Al Ahly e que deram a oportunidade as Arias de visar novamente a marca com transe mas com a globo a passar perto do poste da marca de El Shenawy. No entanto, o espírito guerreiro da equipe africana era um travanca sempre a ter em conta pelos brasileiros, com Fábio a evitar de novo o primeiro golo em mais uma saída rápida a aproveitar as subidas dos lados opostos. Teria de surgir um rasgo individual para desequilibrar a partida e foi Marcelo que surgiu uma vez que protagonista nesse privado, “ganhando” um grande eventualidade a Percy Tau para Arias fazer o 1-0 de grande eventualidade (71′). O sul-africano poderia marcar o empate logo no minuto seguinte de cabeça mas seria o Fluminense a chegar ao 2 a 0, com John Kennedy, o herói da Libertadores, a não perdoar posteriormente uma assistência de Matheus Martinelli (90′).

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