“Godzilla Minus One” chegou ao cinema pronto para espezinhar Hollywood
A novidade produção japonesa, realizada por Takashi Yamazaki, estreou nos cinemas portugueses, esta quinta-feira, 28 de dezembro.
O filme estreou esta quinta-feira no cinema
O novo filme da saga “Godzilla” pode ser o melhor até o momento. “Minus One” chegou às salas de cinema nacionais esta quinta-feira, 28 de dezembro, e as críticas positivas que têm recebido colocações nas produções norte-americanas a um esquina.
O lagarto gigante tem sido, nos últimos anos, um dos antagonistas favoritos de Hollywood. A mais recente vaga de remakes dedicados a nascente teratológico remendo em 2014 e conta com atores uma vez que Aaron Taylor-Johnson, Bryan Cranston ou Millie Bobby Brown.
As releituras da história contada pela primeira vez em 1954 por Ishirō Honda seguem a lógica do universo Marvel. As três sequências já produzidas (a quarta vai chegar em 2024) misturam personagens de outras franquias, uma vez que se fossem brinquedos juntos no mesmo recreio. Uma estratégia semelhante à adotada em “Guerra Social”, onde uma equipe liderada pelo Capitão América enfrentou outra comandada por Varão de Ferro.
Um exemplo disto foi a utilização de King Kong, que surge uma vez que um “convidado privativo” em “Godzilla vs. Kong” (2021). O gorila gigante irá enfrentar o réptil novamente em “The New Empire”. Outra dica roubada ao manual da Marvel foi a expansão dos conteúdos para outros meios, nomeadamente, a televisão. A série “Monarch”, por exemplo, estreou em novembro na Apple TV e acompanha os acontecimentos depois o primeiro remake, de 2014, da autoria de Gareth Edwards.
A aposta reiterada neste novo universo teratológico poderia ser revérbero de um enorme sucesso. Porém, apesar dos bons resultados obtidos nas bilheteiras, os remakes são descritos uma vez que “blockbusters vazios e com narrativas cada vez mais rebuscadas e desprovidas de sentido”.
É cá que entra a geração japonesa. “Godzilla Minus One”, realizado por Takashi Yamazaki, recebeu elogios uma vez que um “filme de sinistro e, ao mesmo tempo, um drama mais humano”, elogia Elijah Gonzalez da “Paste Magazine”.
A horrenda indivíduo nasceu em 1954 (ano de lançamento do filme homônimo) uma vez que metáfora dos terrores vívidos pelos japoneses durante os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Na profundeza, a país vivia um momento traumático, ainda a recuperação do choque e da ruína provocada por Little Boy e Fat Man, os dois engenhos nucleares que aniquilaram milhares de forma quase instantâneamente.
É precisamente esse o espírito do novo trabalho de Yamazaki. É nos mostrado um país com recursos escassos e a luta para se reerguer depois do golpe trágico da Segunda Guerra Mundial deferido pelos Estados Unidos.
A trama deste longa-metragem é focada em personagens humanos que vivem assombradas pelo luto e pela culpa no rescaldo do conflito. “Minus One” centra-se na odisseia do piloto kamikaze Kōichi Shikishima (Ryunosuke Kamiki) face ao “Rei dos Monstros”. Apesar de ter sobrevivido a um dos seus ataques, o encontro provocou-lhe danos irrecuperáveis.
Incapaz de matar a indivíduo devido ao susto que sentiu, o teratológico retaliou e matou toda a tripulação que acompanhava o protagonista. Apesar de continuar com o seu dia a dia, viva com o peso de não ter conseguido completar a missão.
Tudo muda quando é convidado a participar de uma novidade missão de ataque a “Godzilla”. Kōichi aceita, prestes para a resgate. “Gostava de tentar viver outra vez”, realça o piloto à procura de vingança.
“Com uma abordagem descaradamente patriótico e sentimental, persegue uma narrativa de resgate onde o protagonista e o Japão podem voltar ao campo de guerra para recuperarem alguma honra e saudação próprio”, escreve Wendy Ide no “The Guardian”. “A prova da qualidade da escrita e da realização não é traje de nunca parecer foleiro nem grosseiro”, argumenta o jornalista.
“Godzilla Minus One” foi um dos maiores sucessos de bilheteira do ano no Japão, sendo um dos seus filmes mais lucrativos de 2023. Mundialmente, gerou muro de 70 milhões de euros, ultrapassando largamente o orçamento de 13,5 milhões de euros.
Quase completando 70 anos, o lagarto gigante já foi protagonista de 38 projetos, com origem no Japão e nos Estados Unidos. Confira na infografia aquém, uma lista cronológica de todos os filmes dedicados a essa indivíduo.
