O Governo iemenita no exílio acusou, esta sexta-feira, os rebeldes houthis de “arrastarem o país para um cenário de confronto” e afirmou seguir “com grande preocupação a escalada militar” depois os recentes ataques noturnos dos Estados Unidos e do Reino Uno.
Citado pela sucursal noticiosa SABA, o Governo iemenita, exilado na Arábia Saudita, sublinhou que os ataques e explosões dos milicianos houthis contra navios no Mar Vermelho, em sinal de alegado escora aos palestinos, têm um componente de propaganda.
“Não têm qualquer relação real com o escora aos irmãos da Palestina ocupada”sublinhou o executivo iemenita num expedido, frisando, porém, que “algumas das políticas da comunidade internacional” no Iémen “contribuíram” para a “sobrevivência e fortalecimento” dos rebeldes que controlam a maior secção do país, incluindo a capital, Saná.
No expedido, o Governo exilado iemenita salientou que, embora a comunidade internacional tenha intensificado a resposta contra as milícias houthis, os rebeldes foram encorajados nos últimos meses a cometer mais atos hostis que, hoje, “representam uma ameaço à segurança e à segurança em todo o mundo”.
O executivo iemenita internacionalmente reconhecido acusou também os rebeldes houthis de porem em risco a segurança da navegação no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb através de ataques que “dependem das ordens do regime iraniano” e facilitaram o projeto regional de Teerão “à dispêndio do povo iemenita”.
O governo iemenita sustentou que tem a responsabilidade e o recta soberano de melhorar as condições de segurança no Mar Vermelho e na região em universal, mas que isso exige o restabelecimento de instituições estatais legítimas. No entanto, reiterou a contaminação dos ataques israelenses na Filete de Gaza e a entrega de ajuda humanitária às populações palestinianas.
Os houthis realizaram ataques a barcos no Mar Vermelho, justificando-os porquê um sinal de escora aos palestinos diante da ofensiva militar lançada há quase 100 dias pelas forças israelenses na Filete de Gaza. Em resposta a estes ataques, os Estados Unidos e o Reino Uno lançaram bombardeamentos contra alvos dos rebeldes houthis.
Admitindo que os bombardeamentos dos Estados Unidos e do Reino Uno causaram cinco mortos nas suas fileiras, os rebeldes iemenitas avisaram através do seu Parecer Político Supremo que “todos os interesses” dos dois países são agora “alvos legítimos”.
Consideraram que os ataques a Iémen são “uma agressão proibido e injustificada que viola todas as leis internacionais” e prometeram retaliar.