A originalidade é um panágio na grande noite da música (e da voga). As estrelas voltaram à zebra vermelha para festejar o melhor da indústria, na 66.ª edição dos Grammys, na Crypto.com Redondel, em Los Angeles, nos Estados Unidos. As celebridades mais esperadas eram as nomeadas para as maiores categorias, de Miley Cyrus a Olivia Rodrigo ou Taylor Swift e estavam à profundidade das expectativas, números serão em que se destacaram os metalizados.
Dias antes dos Grammys, a protocolo dos prémios foi partida pela notícia de que cinco mulheres disseram ter assinado acordos de confidencialidade ou acordos judiciais depois de se terem queixado de assédio sexual ou moral dentro da Ateneu Fonográfica norte-americana, responsável por entregar os galardões. Já duas mulheres em cargos de chefia tinham denunciado à justiça denúncias de assédio e violação por altos responsáveis da liceu, com os vistos a negarem as acusações.
Fruto da investigação do Los Angeles Timesesperava-se que a noite de sarau fosse manchada com alguns protestos contra o uso deste tipo de acordos uma vez que forma de cercear a liberdade de reclamação e de fomentar a cultura de secretismo.
Ainda assim, o escândalo não ofuscou o cintilação da zebra vermelha, nem perturbou a protocolo, que se fez de glamour e muita música, simples está. Houve uma portuguesa a marcar presença. A cantora Maria Mendes foi nomeada na categoria Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais e pisou a zebra vermelha com jóia em filigrana da artista Olga Noronha. O vestido também em dourado foi uma geração de Carlos Gil.
A zebra vermelha é um momento importante de promoção das casas de voga e dos seus criadores, que, a troca de visibilidade, vestem uma vez que celebridades. Porquê tal, é sempre de louvar quando as estrelas optam por marcas emergentes ou menos mediáticas.
Dua Lipa puxou o #GRAMMYs com o pai dela ?? pic.twitter.com/MlNCd37X2m
– Multíplice (@Multíplice) 4 de fevereiro de 2024
A cantora britânica Dua Lipa, que é conhecida por vestir Versace ou Schiaparelli, desta vez brilhou num “pesado” vestido metalizado assinado pela marca francesa Courrèges. Mas foi a sua companhia que realmente surpreendeu: a artista, nomeada por Dançar a noite fazer filme Barbie, foi escoltado pelo pai.
Também nomeada por Barbie, com Para que fui feitoBillie Eilish voltou a surpreender tapete vermelho pela originalidade. A cantora optou por um casaco vintage da Chrome Hearts personalizado com motivos alusivos à famosa boneca da Mattel.
BOA COMIDA!!! olivia rodrigo vestindo registo de Gianni Versace primavera de 1995 para o Grammy, originalmente usado por linda evangelista pic.twitter.com/Krha7GkI3P
— ? (@saintdoII) 5 de fevereiro de 2024
E por falar em vintage, Olivia Rodrigo foi uma das estrelas a destacar-se na zebra vermelha. Um artista de 20 anos elegeu um padrão de registo da Versace, de uma coleção de 1995 ─ oito anos antes de Rodrigo ter nascido. O vestido, estreado na passerelle por Linda Evangelista, é arreado com lantejoulas construídas a vermelho.
Também em branco, Taylor Swift foi das últimas estrelas a pisar a zebra vermelha e entrou na protocolo quando o apresentado Trevor Noah já tinha começado. A expectativa para o que vestiria um artista mais nomeado da noite começou horas antes, quando Swift trocou uma imagem de perfil do Instagram para uma retrato a preto e branco.
Lana Del Rey e Taylor Swift fizeram um glambot juntas ??pic.twitter.com/pFCjnpDwr7
-LDR Crave (@LDCRAVE) 5 de fevereiro de 2024
Começaram a suposições nas redes sociais por segmento dos fãs e cumpriram-se. Taylor Swift ─ que desfilou na tapete vermelho escoltado de Lana Del Rey ─ apostou num vestido branco com umas luvas dramáticas assinadas por Daniel Roseberry para a Schiaparelli. A completar o visual, um relógio ao pescoço, que alguns associaram a Reputação, um dos álbuns que a cantora deverá relançar em breve.
Rumores à segmento, o coordenado foi um dos mais arriscados dos últimos anos para Taylor Swift, que é divulgado por não fugir muito da zona de conforto, optando agora por modelos românticos, da Oscar de la Renta, ou outros mais festivos, uma vez que o da Gucci nos Globos de Ouro.
Pode ser uma hipérbole invocar “perigoso” ou “sensual” ao vestido eleito por Taylor Swift quando comparado com o que escolheu Miley Cyrus. Uma das premiadas da noite, a antiga estrela da Disney não jogou pelo seguro e primou pela irreverência que a caracteriza. A Mais criaçãoon Margiela, com assinatura de John Galliano, consistia num enredado de alfinetes dourados, genialmente colocada de forma a resguardar o corpo de Miley nos sítios certos.
Já os homens mantiveram-se num registo mais seguro. Destaque para o rapper 21 Savage que pisou a zebra vermelha a usar a marca portuguesa Ernest W. Baker da dupla de designers Inês Amorim e Reid Baker, que fizeram curso internacional, com foco privativo nos Estados Unidos.
N / D galeria de imagens supra, acompanhe o desfile de celebridades antes da 66.ª edição dos Grammys.