O Sporting contra União de Leiria era um jogo que já não acontecia há mais de 12 anos e visitar o Municipal de Leiria nunca foi das deslocações mais simples para os “leões”. Mas isso não era tempo em que a União andava pelo futebol de primeira, antes de se perder pelas divisões secundárias. De revinda à II Liga, o União voltou a saborear o futebol profissional e, pela via da Taça de Portugal, voltou a encontrar-se com um “velho” contendedor a quem costumava fomentar problemas. Mas isso não aconteceu desta vez porque as diferenças são gigantes, naturais entre uma União que luta para não descer na II Liga e um Sporting que luta para ser vencedor na I Liga.
Depois do jogo cancelado em Famalicão, o Sporting carregou o seu calendário com mais dois ao qualificar-se para as meias-finais da taça (que se disputa a duas mãos) com um triunfo, por 0-3, em Leiria sobre – nesta quinta -feira saberá com quem irá disputar esses dois jogos, Benfica ou Vizela. No mesmo estádio onde houve dano ao traumatismo da eliminação frente ao Sp. Braga na outra taça (a da Liga), a equipa de Rúben Amorim também acertou nos ferros, mas, desta vez, acertou na fronteira vezes suficientes para prometer que o jogo nunca saísse do seu controlo.
Os “leões” contaram-se sem poupanças em Leiria, e não foram com a mudança habitual na fronteira – Israel em vez de Adán. Amorim já tinha oferecido a entender que era isso que ia fazer, porque tinha sido elogiado para o contendedor e para o seu treinador, Vasco Botelho Costa. O propósito da União era o de resistir sem desistir de estrebuchar, tanto quanto suas armas o permitissem.
O Sporting tentou valer a sua superioridade desde o início, criando uma grande oportunidade logo aos 5′, com Gyökeres a assestar no poste em seguida um intercepção de Nuno Santos. Pouco depois, o União empatou nas oportunidades flagrantes aos 13′, em que os braços de Jair da Silva, num lançamento de risco lateral, levaram a globo até à dimensão “leonina”, onde estava Bura para toscanejar ao lado.
A equipa da II Liga muito tentada que leste não fosse um jogo de sentido único, mas não iria sustentar muito mais: aos 29′, num intercepção de Geny Catamo, Gyökeres não chega por pouco, mas o julgado penalti na jogo, uma suposta mão de Vasco Oliveira – Tiago Martins, personalizado pelo VAR, foi ver as imagens e reverteu a decisão, assinalando esquina. Na cobrança, Nuno Santos meteu a globo na dimensão e Gyökeres, de cabeça, fez o 0-1.
Depois de mais de meia hora à espera do primeiro golo, os “leões” só esperamam mais cinco minutos pelo segundo. Lançamento de Nuno Santos para a corrida de Gyökeres, o sueco arrastou a marcação e fez o passe para a concretização fácil de Pedro Gonçalves.
O Sporting já não iria deixar o jogo fugir, embora, em dois momentos da segunda secção, tenha permitido à União oportunidades para fomentar mossa – aos 49′, Jair atirou ao lado em seguida cruzamentos de Ouattara; aos 55′, Israel chegou primeiro que Lucho Veja numa globo dividida dentro da dimensão. Depois desses momentos, os “leões” voltaram ao seu ritmo supino e colecionaram benefícios. O guarda-redes veterano polaco Pawel Kieszek deteve muitas delas, e só não chegou ao cabeceamento de Gyökeres aos 74′ em seguida esquina de Edwards e ramal de Inácio ao primeiro poste.