O Infarmed recomenda aos doentes com hipertensão e doença renal que não tomem medicamentos com pseudoefedrina, usados para atenuar os sintomas de constipação e gripe, uma vez que dores de cabeça, febre e dor, rinite alérgica ou rinite vasomotora.

REUTERS/George Frey
A recomendação consta de uma rodear informativa, publicada no site do Infarmed, sobre “Novas medidas para minimizar o risco de efeitos indesejáveis graves” dos medicamentos com pseudoefedrina, nomeadamente o Actifed, Aerinaze, Aspirina Complex, Cegrinaso, Claridon, Dinaxil, Grinhals, Holsigrip e o Sinutab II. O Infarmed pede aos pacientes para não tomarem estes medicamentos se tiverem tensão arterial elevada grave ou não controlada (não tratada ou resistente ao tratamento), doença renal aguda grave (súbita) ou doença renal crónica (de longa duração) ou insuficiência renal, porque são fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome de encefalopatia ulterior reversível (SEPR) e da síndrome de vasoconstrição cerebral reversível (SVCR).
A SEPR e a SVCR são doenças raras que podem envolver muito do sangue ao cérebro, podendo motivar complicações graves e ambientais fatais.
A mando pátrio do medicamento apela ainda aos pacientes para pararem “imediatamente de usar” estes medicamentos e procurarem “assistência médica urgente” se desenvolverem sintomas dessas síndromes, tais uma vez que dor de cabeça intensa de início súbito, sensação de prazer, vômitos, confusão, convulsões e alterações da visão.
Recomenda também aos profissionais de saúde que aconselhem os pacientes a interromper imediatamente a utilização de medicamentos e procurar tratamento inopino se desenvolverem estes sintomas.
O Comité de Medicamentos de Uso Humano da Filial Europeia de Medicamentos (EMA) aprimorou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância, sobre as novas medidas para minimizar os riscos de desenvolvimento destas síndromes.
As recomendações surgem na sequência de uma estudo de todos os dados disponíveis, incluindo dados de segurança pós-comercialização, a qual conclui que a pseudoefedrina está associada a riscos de SEPR ou SVCR
Durante uma revisão, o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância consultou um grupo de peritos, representantes dos doentes e dos profissionais de saúde.
Segundo o Infarmed, não foram notificados casos fatais de SEPR ou SVCR, e a maioria dos casos se resolve depois a interrupção do medicamento e tratamento adequado
Com um diagnóstico e tratamento inopino, os sintomas de SEPR e SVCR geralmente desaparecem, adianta o Infarmed.
“Os riscos de SEPR ou SVCR devem ser considerados adicionalmente com outros riscos associados a medicamentos que contenham pseudoefedrina, incluindo acontecimentos cardiovasculares ou isquémicos”, salienta.
Recordando ainda a preço de notificar ao Sistema Pátrio de Farmacovigilância quaisquer suspeitas de reações adversas, em pessoal reações graves ou não identificadas anteriormente na informação do medicamento, diretamente através do Portal RAM.
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