Março 24, 2025
Já há casos de subordinação de fentanil em Portugal, uma droga que mais mata nos EUA

Já há casos de subordinação de fentanil em Portugal, uma droga que mais mata nos EUA

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18 de janeiro de 2024 23:00

Helena Bento

Joana Pereira Bastos

Na Virgínia, EUA, há um memorial com fotografias de vítimas do fentanil, mais de 70 milénio por ano

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Imagens de alex wong/getty

Doze pessoas pediram ajuda para tratar subordinação. Récipe médica do analgésico fentanil, que é 50 vezes mais potente que a heroína, disparada em Portugal nos últimos anos. Recomendações da DGS são de 2008 e desvalorizam risco de soma

18 de janeiro de 2024 23:00

Helena Bento

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Joana Pereira Bastos

Em Portugal, 12 pessoas já pediram ajuda para serem tratados por subordinação de fentanil — um analgésico opioide altamente viciante e que está causando uma “epidemia” de mortes por overdose nos EUA. De congraçamento com dados do Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD), os casos ocorreram no ano pretérito e um já leste ano. Entre estas 12 pessoas, oito usavam fentanil juntamente com outras drogas, mas os restantes quatro eram exclusivamente viciadas nesta substância, que nos últimos anos tem vindo a ser cada vez mais prescrito pelos médicos para o controlo da dor.

O Expresso sabe que um dos casos se refere a um varão com murado de 50 anos, sem histórico de afronta de drogas, a quem foi prescrito fentanil num hospital privado de Lisboa para ruptura de uma dor lombar. Depois de algumas semanas de uso dos adesivos comprados na farmácia, o doente, que não foi informado do risco de soma, chegou ao término da embalagem sem ter uma novidade receita para despachar. Entrei em “privação imediata”. “A dor que tinha não justificava o uso de fentanil. Foi-lhe prescrito à americana. Quando vi que estava dependente, procurei ajuda”, diz Miguel Vasconcelos, coordenador da Unidade de Desabituação do Núcleo das Taipas, em Lisboa. Noutro caso, os analgésicos foram prescritos a um jovem com murado de 30 anos que sofria de um problema grave de saúde, com dor intensa. “Ainda se tentou fazer a desabituação física em ambulatório, mas acabou por ter de permanecer internado murado de 10 dias”, adianta.

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