Quando Daniil Medvedev liderou a final do Open da Austrália por 6-3, 6-3, 4-4, Jannik Sinner se apresentou à sua equipe técnica e declarou: “Estou morto”. Dois jogos depois, o italiano ganhou o terceiro definir e iniciou uma recuperação incrível que o levou a ocupar seu primeiro título do Grand Slam. Um título aguardado devido ao magnífico tênis que Sinner tem exibido nos últimos meses, mas que Medvedev colocou em incerteza com um início de encontro de proeminente nível. Acabou, porém, por trespassar da Rod Laver Estádio uma vez que o primeiro tenista a perder duas finais do Grand Slam, depois liderar por dois conjuntos um zero.
Sinner conquistou o primeiro título do Grand Slam na sua primeira presença em finais de torneios deste nível, ao derrotar Medvedev, por 3-6, 3-6, 6-4, 6-4 e 6-3, ao término de 3h44m. O russo de 27 anos dispôs de um ponto de interrupção um 3-3 do quarto definiranulado por um ás de Sinner, mas as mais de 24 horas passadas no tribunal ao longo da quinzena caiu a tarar nas pernas e no braço e, a 2-3 do quinto definir (e com mais de três horas e meia de jogo), cedeu, fatalmente, o serviço.
Ao concretizar o primeiro ponto que decide o jogoSinner tornou-se no terceiro italiano a ocupar um título principal (o primeiro na Austrália), sucedendo a Nicola Pietrangeli, vencedor de Roland Garros em 1959 e 1960, e Adriano Panatta, vencedor do mesmo torneio em 1976.
Aos 22 anos, é o mais jovem tenista a erguer a Norman Brookes Challenge Cup desde 2008 – quando Novak Djokovic conquistou o seu primeiro principalcom 20 anos.
“Desejava que todos tivessem os pais que eu tenho, porque me deixavam sempre escolher o que fazer, mesmo quando era mais novo. Pratiquei outros esportes e eles nunca colocaram pressão sobre mim e gostaram que tantas crianças quanto verosímil usaram essa liberdade”, afirmou o primeiro vencedor do Open desde 2014 que não pertence ao Big 3 (Novak Djokovic, Roger Federer e Rafael Nadal).
Além dos pais, a observar desde o Tirol, Sinner estendeu os agradecimentos à equipe técnica… por o aturar. “Ainda sou um pouco novo, às vezes, mas é o que é”, brincou o número quatro do ranking mundial.
Sinner confirmou ser o melhor tenista do momento: o italiano terminou 2023 conduzindo a Itália à conquista da Taça Davis pela primeira vez desde 1976 e derrotando Novak Djokovic, líder da tábua ATP, por duas vezes no período de uma semana.