Março 23, 2025
Javier Milei toma posse porquê presidente da Argentina: NPR

Javier Milei toma posse porquê presidente da Argentina: NPR

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Leila Fadel, da NPR, conversa com Ana Lankes, correspondente da The Economist para a América Latina, sobre a posse do presidente prateado Javier Milei.



LEILA FADEL, ANFITRIÃ:

O recém-eleito presidente de extrema direita da Argentina, Javier Milei Millete, tomou posse no termo de semana.

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(SOUNDBITE DA GRAVAÇÃO ARQUIVADA)

PRESIDENTE JAVIER MILEI: (falando espanhol).

MICHEL MARTIN, ANFITRIÃO:

A antiga personalidade televisiva e autodenominada anarcocapitalista obteve uma vitória esmagadora, prometendo trazer grandes mudanças a uma Argentina que luta com uma inflação de quase 150%. Ele expressou assombro pelo ex-presidente Donald Trump e pelo ex-presidente brasílio Jair Bolsonaro.

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FADEL: A correspondente latino-americana da The Economist, Ana Lankes, vem agora de Buenos Aires. Bom dia.

ANA LANKES: Olá, Leila.

FADEL: Olá. Assim, Milei continuou a combater a disparada da inflação do país, mas parece ter desistido da sua promessa de campanha de expulsar o peso prateado em obséquio do dólar americano. Que mudanças podemos esperar ver?

LANKES: Sim. Portanto, entre vencer as eleições em meados de novembro e tomar posse no domingo, Milei recuou em muitas propostas, incluindo aquela que você mencionou, a dolarização, que foi, tipo, sua proposta principal. E, em vez disso, a sua prioridade será diminuir o tamanho do Estado. Assim, no seu oração de posse ontem, ele disse que cortaria os gastos públicos em tapume de cinco pontos percentuais do PIB, e espera-se que apresente uma série de reformas no Congresso nos próximos dias, incluindo a redução do número de ministérios do governo, a simplificação do imposto sistema e talvez até privatizar algumas empresas estatais. Portanto, está a iniciar a toar muito mais porquê um tipo convencional de programa liberal de terapia de choque do que com a plataforma anarco-capitalista que ele utilizou na campanha.

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FADEL: Portanto, quero expor, porquê você destacou, essa foi sua principal promessa de campanha, e agora ele está voltando detrás. Porquê irão os seguidores de Milei responder a esta abordagem dissemelhante, a esta abordagem mais suave à reforma?

LANKES: Sim. Essa é uma pergunta muito boa porque toda a campanha de Miller foi anti-establishment. Ele se orgulhava de ser esse estranho que vinha explodir o sistema, um pouco porquê, você sabe, Trump drenando o pântano. E, em vez disso, desde que venceu as eleições, nomeou muitos tecnocratas moderados e figuras do establishment para os cargos mais altos do seu gabinete. Portanto acho que muitas pessoas próximas a Milei estão um pouco desapontadas.

Mas apesar do tipo de mudança nas alianças no topo, ele está tentando manter uma relação estreita com seus seguidores. Assim, por exemplo, ontem ele proferiu o seu oração de posse fora do Congresso, e não dentro do Congresso, aos legisladores, porquê é habitual. Portanto acho que se Milei conseguir resolver o problema de inflação da Argentina no próximo ano, basicamente, seus seguidores irão perdoá-lo. Mas se a situação permanecer muito ruim, acho que ele ficará com muito pouco pedestal.

FADEL: Agora – mas em seu oração de posse, Milei não prometeu uma solução rápida. Ele previu que as coisas vão piorar antes de melhorarem. Que obstáculos ele enfrenta em seu primeiro ano de procuração?

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LANKES: Sim. Isso mesmo. Portanto Milei foi muito franca em seu oração de posse. Ele disse que não há escolha à austeridade. E disse ainda, sabemos que no pequeno prazo a situação vai piorar. E ele está patente. As coisas vão ter que permanecer mais difíceis na Argentina antes de melhorarem, porque é isso que você precisa fazer se quiser consertar o país.

Portanto vou te dar um exemplo. Atualmente, a Argentina gasta tapume de 2% do PIB em subsídios à eletricidade e aos transportes, o que mantém os preços baixos para os consumidores. Mas custa muito quantia ao Estado, e quantia que nascente não tem agora. Mas se começarmos a trinchar subsídios, os preços dos transportes e da electricidade subirão, e isso também fará subir a inflação. Portanto, no pequeno prazo, Milei terá inflação crescente e terá que trinchar gastos. E nenhuma dessas coisas é popular. E ele só tem uma minoria no Congresso.

FADEL: Ana Lankes do The Economist conversando conosco de Buenos Aires. Muito obrigado.

LANKES: Obrigado.

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(SOM DA MÚSICA)

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