Dia 29 de dezembro completam-se 10 anos do acidente de esqui que deixou Michael Schumacher em coma. Em entrevista ao L´Équipe, Jean Todt, ex-presidente da FIA e diretor da Ferrari nos tempos áureos do teutónico, voltou a abordar o estado de saúde do piloto.
«O Michael está cá, por isso não sinto falta dele. Simplesmente já não é o Michael que costumava ser», afirmou em entrevista ao L’Équipe o idoso patrão da Ferrari e companheiro de família, dos poucos que visitaram o teutónico.
O idoso patrão da Ferrari e companheiro da família é dos poucos que visitam o teutónico. Na mesma entrevista, Todt afirmou que o rumo atingiu Schumacher há 10 anos e que a vida do idoso piloto é agora dissemelhante.
«É dissemelhante e é guiado maravilhosamente pela mulher e pelos filhos, que o protegem. A sua vida agora é dissemelhante e tenho a privacidade de partilhar momentos com ele. É tudo o que tenho a manifestar. Infelizmente, o rumo atingiu há dez anos. Não é mais o Michael que conhecíamos na Fórmula 1.»
Para assinalar os 10 anos do acidente de Schumacher, a ergástulo de televisão alemã vai lançar um documentário sobre a vida das sete vezes vencedor mundial de Fórmula 1, que conta com a participação de Fernando Alonso e Lewis Hamilton.
O jornal inglês «The Independent» relevou secção do testemunho dos dois pilotos. Alonso afirmou mesmo que perdeu mais do que ganhou contra Schumacher.
«Perdi mais do que ganhei contra ele. É um piloto incrível e foi uma inspiração para todos os pilotos da minha geração quando não estávamos no kart, em categorias inferiores, e víamos o Michael dominar a F1»»
Já Hamilton disse que Schumi era um vencedor nato.
«Ganhou no dia em que o Ayrton perdeu a vida, ganhou tudo naquela profundeza.»
No acidente, Schumacher sofreu um traumatismo craniano e desde logo pouco se sabe sobre o estado de saúde do idoso piloto. O sete vezes vencedor mundial permanece em vivenda, na Suíça, rodeado por cuidados médicos e de grande secretismo.