
Foto Hugo Amaral/ECO | DR
João Pratas, presidente da associação que representa os gestores de fundos afirmou ao ECO que a correção do desequilíbrio no sistema de pensões da Segurança Social implica que as reformas venham a suportar um incisão. “Não faz sentido oriente regime ser sustentado em impostos”, refere João Pratas à mesma nascente.
“Para não serem deficitários, os reformados têm de lucrar menos. Isto é uma coisa que nenhum político vai expor”, refere o presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP). João Pratas alerta ainda para a premência de não sobrecarregar as gerações futuras.
“Desde que alguém diga: ‘eu acho que as gerações mais novas devem continuar a remunerar impostos para suportar um desequilíbrio em que as gerações mais velhas se beneficiam’, é um problema de opinião. Eu não concordo”, refere.
Na perspetiva de João Pratas, os cidadãos portugueses não estão plenamente conscientes de que podem enfrentar uma redução de até 40% no rendimento durante a reforma, devido às regras atuais. O responsável pela APFIPP apela à reintrodução de incentivos fiscais para produtos desse tipo.
Os planos de reforma de poupança (PPR) na forma de fundos registraram perdas financeiras neste ano. Desde o início do ano, já foram retirados 103 milhões desses fundos, em segmento para liquidar empréstimos para habitação, aproveitando a oportunidade concedida pelo governo. João Pratas destaca que essa suplente financeira existe devido ao mercê fiscal que os PPR tinham no pretérito.
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