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PARIS — A medalha de ouro olímpica no pescoço de Jordan Chiles mais do que compensa a decepção de perder a final do individual geral da ginástica feminina.
Ela será para sempre uma campeã olímpica, e sabe que as mulheres dos EUA não teriam vencido esse título sem suas contribuições. Ela competiu em todos os quatro eventos na terça-feira à noite, liderando as americanas em três deles.
“Ter essa oportunidade definitivamente foi muito bom”, disse Chiles. “Poder fazer parte da conquista dessa medalha de ouro… foi uma experiência incrível.”
Chiles teve a quarta maior pontuação na qualificação, o que deveria tê-la qualificado para a final geral. Mas os países são limitados a duas ginastas em cada final de evento individual, e Chiles estava atrás de Simone Biles e Suni Lee.
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
Ela perdeu a final do salto pelo mesmo motivo, terminando em quarto na qualificação, mas atrás de Biles e Jade Carey. Chiles chegou à final do solo.
“A questão dos dois por país é — eu não gosto disso, mas, você sabe”, disse Chiles.
Algumas ginastas podem ter feito beicinho ou deixado que sua frustração afetasse seu desempenho. Não Chiles. Ela é a jogadora de equipe definitiva, a mulher do hype que grita por suas companheiras de equipe ou dança para mantê-las entretidas quando ela não está competindo.
Quando os números mostraram que a maior pontuação possível para os americanos veio da realização de todos os quatro eventos, ela decidiu apostar tudo.
“Foi bom para ela”, disse Cecile Landi, que além de ser a treinadora dos EUA é a treinadora pessoal de Chiles no World Champions Centre, nos arredores de Houston. “Ela ama competir. Ela ama isso.”
O papel de liderança é difícil. Ele define o tom para o resto da rotação. Faça bem, e a equipe se alimenta disso. Lute, e isso coloca pressão sobre os dois ginastas restantes.
Chiles entregou pontuações sólidas tanto no salto quanto nas barras assimétricas. Embora tenha sofrido uma queda na trave de equilíbrio, ela fechou com uma rotina de solo fabulosa definida para um medley de músicas da Beyoncé.
Muitas ginastas podem muito bem estar caindo ao som de música de elevador, por mais que reconheçam isso. Mas Chiles dá um show, exalando personalidade e carisma em uma performance que deixaria Queen Bey orgulhosa. Ela foi recompensada com 8,166 pela execução, a maior pontuação da noite.
Ela também tem truques difíceis, com sua pontuação de dificuldade de 5,8 empatando em quarto lugar na competição.
Das 10 ginastas que fizeram o all-around, Chiles teve a quarta maior pontuação. E isso foi com uma queda.
“Foi incrível tê-la fazendo o all-around e apenas mostrar o quão boa ela é na ginástica”, disse Chellsie Memmel, a líder técnica do programa feminino dos EUA. “Adorei que ela tenha conseguido fazer isso e contribuir tanto para o time.”
Poucos poderiam ter previsto isso alguns meses atrás.
Depois de Tóquio, Chiles competiu na UCLA na temporada 2022-23. Mas o nível de dificuldade na ginástica universitária é menor do que no nível de elite, e Chiles lutou para fazer a transição. Ela perdeu a equipe mundial no ano passado e teve um Pan-Americano abaixo da média. Ela começou este ano lidando com lesões, primeiro no ombro, depois no joelho.
“Muitas pessoas a descartaram”, disse Landi. “Nós dissemos a ela, você nunca sabe até que acabe. Então continue trabalhando. Mantenha a cabeça erguida e faremos o que pudermos do nosso lado para ajudá-la.”
No campeonato nacional em junho, Chiles terminou em segundo lugar, atrás de Biles. Um mês depois, ela ficou em terceiro lugar nas eliminatórias olímpicas e ganhou sua segunda viagem para os Jogos de Verão.
“Ela fez o trabalho”, disse Landi, “e agora é uma campeã olímpica”.
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