Treinador do Farense na sala de prensa do São Luís, posteriormente o empate (1-1) com o Famalicão
O empate (1-1) com o Famalicão deixou José Mota insatisfeito, pela produção da sua equipa na 2.ª secção. O treinador do Farense constatou que a sua equipa esteve ausente na 1.ª secção e que depois teve situações suficientes para vencer. E queixou-se da arbitragem, nomeadamente no golo anulado a Mattheus Oliveira, aos 55 minutos, por falta de Muscat sobre Gustavo Sá, e numa mão de Francisco Moura dentro da dimensão, aos 65.
«Foram duas partes completamente diferentes. Não entremos no jogo. Quem entrou muitíssimo muito foi o Famalicão. Sabemos que há jogadores excelentes e que são projetados com essa qualidade e que em todo o lado gostam de invocar a si o jogo, de controlar. Sabíamos que se jogássemos sem agressividade, se disputassemos os duelos e os perdêssemos, o Famalicão iria ter mais posse, jogar porquê gosta e a 1.ª secção foi um pouco nesse sentido. Não fomos muito agressivos na pressão às defesas do Famalicão, os médios jogaram muito livres e o Famalicão, sem produzir grandes oportunidades, conseguiu estar a vencer com um grande golo. É justo e a ter uma equipa a vencer, sem incerteza que era o Famalicão, pelo que fez», começou por manifestar o treinador.
«A 2.ª secção foi completamente dissemelhante, principalmente pela nossa atitude e pela forma porquê quisemos mudar o jogo, pelos duelos que ganhámos, por obrigarmos o opositor a restabelecer as suas linhas. Não tivemos tanto tempo e espaço para circunvalar a esfera, as alterações foram melhorando a equipe, jogámos mais perto da fronteira do Famalicão, tivemos várias oportunidades para mudar o marcador, apresentamos dois golos, só valeu um, e ainda tivemos um lance de grande reunião que não foi assinalado. Fomos claramente a melhor equipa na 2.ª secção, com muitas mais oportunidades. O Famalicão também tentou explorar sempre o nosso avanço, teve uma ou outra situação perto da nossa fronteira, mas na 2.ª secção merecemos não só o empate… merecemos os golos que marcamos, que foram dois golos que deviam valer, mas por fim só valeu hum. É o nosso futebol. Falam que não podemos comentar certas coisas, mas tenho de o referir, porque quem marca dois golos e acaba por empatar é sempre sofrível e é sempre mau, não só para o futebol, mas para nós, que fomos prejudicados», disse.
Sobre a situação com Chiquinho, aos 79 minutos, que se queixou de insultos racistas, o treinador do Farense referiu: «Não me apercebi absolutamente de zero. Longe, estou me sentindo no banco, estava a perder e queria que o jogo fosse rapidamente recomeçado. São coisas que ando há tantos anos no futebol e não entendo muito muito se existem, porquê, não sei se existem. Nem quero opinar sobre isso. Se realmente existe alguma coisa nesse sentido, tem de ser penalizado, porquê é óbvio. Mas vocês conhecem o São Luís, as pessoas de Faro são respeitadas, boas e gostam, gostam de futebol. Não vamos tornar um caso, que não sei se existe, num caso que, se calhar vocês vão realçar mais um caso, no meu ponto de vista, sem grande significado, do que o caso do nosso golo [anulado]. Porque não existe absolutamente zero. Isto é que é importante. Fizemos dois golos, merecemos ter proveito porque fizemos dois e acabámos por empatar. Esse caso era importante que vocês frisassem. Agora, quanto a isso, não estava presente, sabia agora, disse-me que era por uma ‘boca’ qualquer que veio da bancada. Não vamos tornar um caso que, sinceramente, para mim, não é caso. Parabéns ao público, grande público mais uma vez. O São Luís é realmente uma fortaleza, ajudou-nos em todos os momentos difíceis e mais uma vez ajudou-nos a dar a volta a um resultado negativo».