Seul, Coreia do Sul — O líder norte-coreano, Kim Jong Un, ameaçou “mais ações ofensivas” para repelir o que chamou de crescentes ameaças militares lideradas pelos Estados Unidos, depois de supervisionar o terceiro teste do míssil mais avançado do seu país, projetado para atingir o continente americano, informou a mídia estatal na terça-feira.
A enunciação de Kim sugere que ele está positivo em seu crescente arsenal de mísseis e provavelmente continuará as atividades de testes de armas antes das eleições presidenciais de 2024 nos EUA. Mas muitos observadores dizem que a Coreia do Setentrião ainda precisa de realizar testes mais significativos para provar que possui mísseis funcionais visando o território continental dos EUA.
Depois de ver ao lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-18, na segunda-feira, Kim disse que o teste mostrou porquê a Coreia do Setentrião poderia responder se os Estados Unidos tomassem “uma decisão errada contra ela”, de entendimento com a Sucursal Médio de Notícias solene da Coreia.
Kim enfatizou a urgência de “nunca ignorar todas as ameaças militares imprudentes e irresponsáveis dos inimigos… e combatê-las fortemente com ações mais ofensivas”, disse a KCNA.
O ICBM Hwasong-18 é um ICBM de desenvolvimento, de combustível sólido, considerado a arma mais poderosa da Coreia do Setentrião. Seu propulsor sólido integrado torna os lançamentos mais difíceis de serem detectados por estranhos do que os mísseis de combustível líquido, que devem ser abastecidos antes dos lançamentos. Mas muitos especialistas estrangeiros dizem que a Coreia do Setentrião ainda tem alguns outros obstáculos tecnológicos a superar para comprar ICBMs com ogivas nucleares confiáveis, porquê um para proteger ogivas das duras condições de reentrada atmosférica.
A KCNA disse que o míssil Hwasong-18 – lançado em um ângulo ressaltado para evitar os países vizinhos – voou uma intervalo de 1.002 quilômetros (622 milhas) durante 73,5 minutos a uma altitude máxima de 6.518 quilômetros (4.050 milhas) antes de pousar em uma superfície ao largo do Setentrião. Costa leste. Afirmou que Kim expressou “grande satisfação” com o lançamento, que comprovou mais uma vez a fiabilidade dos “mais poderosos meios estratégicos de ataque” da Coreia do Setentrião.
Foi o terceiro teste do míssil Hwasong-18 pela Coreia do Setentrião. Seus dois lançamentos anteriores foram em abril e julho.
“Com base na sua enunciação, isto parece ter sido um manobra de sinalização e um teste de desenvolvimento ao mesmo tempo”, disse Ankit Panda, técnico do Carnegie Endowment for International Peace. “Não há zero de novo cá tecnicamente, pelo que posso manifestar neste estágio inicial, mas eles certamente estão cada vez mais confiantes em seu novo ICBM de propulsor sólido.”
Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha, em Seul, disse que o último teste ICBM do Setentrião é outro indicador do progresso da tecnologia do seu motor de mísseis, mas acrescentou que há limites para o que a Coreia do Setentrião pode aprender com disparos de trajetória elevada.
“A prova de capacidade de direcionamento e reentrada de ogivas envolveria lançamentos provocativos em distâncias maiores”, disse Easley. “Portanto, testes mais significativos de tecnologia e diplomacia são prováveis no Ano Novo.”
A KCNA disse que uma recente reunião entre EUA e Coreia do Sul para discutir o seu projecto de dissuasão nuclear revelou claramente a sua intenção de realizar exercícios conjuntos com um ataque nuclear simulado à Coreia do Setentrião.
Referia-se à segunda reunião do Grupo Consultivo Nuclear entre altos funcionários dos EUA e da Coreia do Sul, na sexta-feira. Durante a sua reunião em Washington, os dois países concordaram em actualizar as suas estratégias de dissuasão nuclear e de contingência e incorporar cenários de operação nuclear nos seus exercícios militares combinados no Verão, de entendimento com autoridades em Seul.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, disse durante uma reunião do Juízo de Gabinete na terça-feira que uma “poderosa federação Coreia-EUA de base nuclear” seria formada em breve.
O órgão consultivo nuclear é responsável pela partilha de informações sobre planos de operações de armas nucleares e estratégicas e operações conjuntas, embora os EUA mantenham o controlo operacional das suas armas nucleares. A geração do grupo fazia segmento dos esforços dos EUA para atenuar as preocupações sul-coreanas sobre as provocações norte-coreanas, ao mesmo tempo que impedia Seul de prosseguir o seu próprio programa nuclear.
Desde 2022, a Coreia do Setentrião realizou mais de 100 testes de mísseis balísticos, violando as proibições das Nações Unidas, no que especialistas externos chamam de um esforço para atualizar o seu arsenal nuclear e obter maiores concessões dos EUA. O Setentrião ainda evitou novas sanções internacionais, já que a China e a Rússia bloquearam os esforços dos EUA e de outros países para endurecer as sanções da ONU ao país.
O secretário-chefe de gabinete do Japão, Yoshimasa Hayashi, disse na terça-feira que Tóquio está coordenando com Washington e Seul para organizar uma reunião do Juízo de Segurança das Nações Unidas na quarta-feira para discutir o último lançamento do Setentrião. Ele disse que o Japão tentará fazer com que o juízo cumpra o papel solicitado.
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul expandiram o seu treino militar, reforçaram a cooperação trilateral em material de segurança com o Japão e aumentaram os destacamentos temporários de poderosos recursos militares dos EUA na Coreia do Sul.
Na terça-feira, a Coreia do Sul, os EUA e o Japão começaram a colocar em operação a partilha de dados de alerta de mísseis em tempo real sobre a Coreia do Setentrião e estabeleceram detalhes dos seus exercícios trilaterais nos próximos anos, disse o Ministério da Resguardo da Coreia do Sul num expedido.
A Coreia do Setentrião tem visto as crescentes parcerias EUA-Coreia do Sul-Japão porquê uma ameaço à segurança e procurou substanciar os seus próprios laços com a China e a Rússia em resposta. A Coreia do Setentrião enfrentou recentemente suspeitas externas de que recebe tecnologias de armas sofisticadas da Rússia em troca do fornecimento de armas convencionais para estribar a guerra da Rússia na Ucrânia.
“As ações justificadas de cooperação e partilha de informações dos aliados continuarão a ser a principal razão do regime de Kim para concentrar maiores recursos e vontade no seu programa de armas”, disse Soo Kim, técnico da consultoria LMI, com sede na Virgínia, e ex-analista da CIA.
“Kim (Jong Un) tem visão clara na separação regional entre os países aliados dos EUA e a relação trilateral Coreia do Setentrião-Rússia-China”, disse ela. “Portanto, embora Kim continue a levantar questões com o trilateral EUA-Japão-Coreia, ele vê a utilidade em formar alianças e gravita em torno de Pequim e Moscovo para servir porquê um espinho no nosso lado e para proteger a sua própria segurança e interesses.”
__
A redatora da Associated Press, Mari Yamaguchi, em Tóquio, contribuiu para levante relatório.