Março 21, 2025
Luton aprende o poder do status da Premier League

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À medida que o pregão soava na Kenilworth Road, na confusão de metal enferrujado e tinta descascada que o Luton Town FC labareda de lar, o tom começou a mudar. No início da frase, foi pouco mais do que as tradicionais boas-vindas educadas ao estádio para o time visitante daquela noite, o Manchester City.

No final, porém, a voz do locutor parecia dominada pelo que parecia um pouco de surpresa. Luton, lembraram os torcedores nas arquibancadas e os jogadores em campo, estava prestes a enfrentar “os campeões da FA Cup, os campeões da Inglaterra e os campeões da Europa”. Luton parece estar tendo dificuldade em crer na empresa que mantém agora.

Há uma razão para isso. Quinze anos detrás, Luton Town foi rebaixado para a quinta subdivisão do futebol inglês, a um mundo de intervalo do poder e do prestígio da Premier League. Houve, durante qualquer tempo, um risco genuíno de que o clube, fundado em 1885, vários anos antes da invenção do fecho de passar, pudesse falir completamente. Durante anos, o numerário permaneceu escasso e as ambições modestas.

Agora, os horizontes de Luton Town são muito mais grandiosos. No verão pretérito, ganhou uma promoção inesperada à liga desportiva mais rica e popular do mundo. Três décadas depois de ter jogado pela última vez na primeira subdivisão da Inglaterra, poderia novamente invocar o Manchester City, o Manchester United e o resto de seus pares.

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Isso significou uma transformação imediata nas perspectivas financeiras do clube: jogar na Premier League por uma única temporada vale tapume de US$ 150 milhões. Mais importante ainda, o regime que veio com ela deu à cidade — um lugar que há muito sofre de um problema crónico de reputação — uma plataforma global na qual pode mudar não unicamente a forma porquê é vista pelos outros, mas também a forma porquê pensa sobre si própria.

Existem, em termos gerais, três formas pelas quais Luton permeia a consciência britânica. Uma delas é porquê meio de transporte; tapume de 16,2 milhões de passageiros passam pelo Aeroporto Luton de Londres todos os anos. Poucos, porém, permanecem. A pista para o seu fado final está no nome.

A segunda é, talvez, melhor resumida pelos resultados de uma sondagem de 2004 para a revista The Idler. Muro de 1.800 dos seus leitores concederam a Luton a duvidosa honra de ser a cidade “merda” preeminente da Grã-Bretanha. Uma vez que disse um leitor, Luton era essencialmente um “templo de tijolo e ferro para a poluição global”. No ano pretérito, outra pesquisa classificou-o porquê o pior lugar para se viver na Grã-Bretanha.

Terceiro – e mais prejudicial – é a associação da cidade com o extremismo. Em 2005, três bombistas suicidas responsáveis ​​por uma série de ataques coordenados em Londres pararam em Luton para recolher um quarto cúmplice antes de embarcarem num comboio para a capital. Uma das mesquitas da cidade recebeu discursos dos pregadores islâmicos radicais Mostafa Kamel Mostafa e Omar Bakri Mohammed.

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Em 2009, alguns manifestantes do grupo extremista Al Muhajiroun organizaram uma revelação em Luton contra soldados britânicos que regressavam do Afeganistão. Isso gerou contraprotestos na cidade por secção de uma série de grupos de extrema direita. Um revolucionário de extrema direita, Stephen Yaxley-Lennon – mais sabido por seu nome artístico, Tommy Robinson – nasceu em Luton.

Durante qualquer tempo, a cidade foi involuntariamente e involuntariamente projectada porquê o coração do grupo patriótico que ele fundou, a Liga de Resguardo Inglesa. A maior marcha da curta história do grupo foi realizada lá em 2011. Outra figura controversa, o provocador Andrew Tate, que foi culpado de tráfico de seres humanos e crimes sexuais, passou secção da sua puerícia na propriedade Marsh Farm da cidade.

Quando – se – o resto da Inglaterra pensou em Luton, foi nesse contexto: subdivisão, rancor, praga. Luton, porém, sempre viu um tanto dissemelhante.

“O lugar que você vê no noticiário: não o reconheço”, disse Tanher Ahmed, 42 anos, detrás do balcão do Hatters Fish and Chips, a alguns minutos a pé da Kenilworth Road. “Há simetria cá”, acrescentou. “Há um siso de comunidade.”

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Bury Park, a dimensão que circunda imediatamente o estádio, pode parecer distinta do meio – com ruas cheias de lojas de sari, roti e confeitarias perfumadas, em vez da confusão de redes de pubs e casas de apostas que pontilham a maioria das ruas britânicas – mas Luton vê isso porquê uma força.

“Luton sempre foi uma mistura de pessoas”, disse Maryan Broadbent, membro do juízo do principal grupo de fãs de Luton Town. Quando a cidade era um meio de chapelaria e, depois, do operário de automóveis Vauxhall, houve afluxos de trabalhadores não só da Índia e do Paquistão, mas também da Irlanda e, mais tarde, da Europa Oriental.

“Sempre foi um lugar em mudança”, disse Broadbent. A comunidade muçulmana da cidade há muito luta contra o punhado de extremistas que constituíam Al-Muhajiroun e a teoria de que eles eram de alguma forma representativos.

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Mas a presença da sua equipa de futebol na Premier League foi, para os residentes, uma oportunidade de oferecer uma definição selecção de Luton.

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Ahmed optou por invadir corações e mentes caso a caso. Ele abriu sua loja depois de identificar uma vazio no mercado. “Não havia chippie na dimensão”, explicou ele. Os torcedores precisam caminhar pelas ruas movimentadas de Bury Park para chegar ao estádio, portanto ele sabia que haveria demanda. “Queria dar uma boa sentimento da cidade”, acrescentou.

Também ajudou o facto de o clube não só ter existido na Premier League – um convidado improvável na sarau – mas também ter fornecido uma das histórias mais convincentes da temporada.

Luton tem um time apertado – um de seus pilares, Pelly Ruddock Mpanzu, é agora o único jogador a ter representado o mesmo clube nas cinco principais divisões do futebol inglês – e é liderado por Rob Edwards, um jovem e carismático (e, não totalmente irrelevante, muito bonito) treinador.

Tem um estádio hostil e em ruínas, uma reminiscência de uma era antes de as bordas dos esportes de escol serem suavizadas e polidas até atingirem um tá clarão. E mostrou que pode competir com rivais muito mais ricos e com muito mais pedigree. Com alguns jogos restantes, Luton ainda tem poucas esperanças de evitar o rebaixamento e prometer uma segunda temporada entre a escol.

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Houve momentos em que a equipa foi superada, o romance da sua história perdeu-se no meio da fria e dura veras numulário – contra o Manchester City, por exemplo, o Luton perdeu por 6-2. Mas a coragem da equipe rendeu muitos amigos.

Jürgen Klopp, técnico do Liverpool, descreveu o trabalho de Edwards com sua equipe porquê “insano” – de uma forma positiva. Mikel Arteta, o técnico do Arsenal, insistiu que o Luton Town “merece mais crédito do que qualquer outro time desta liga”.

Para Luton, a cidade, essa associação positiva é um tanto vasqueiro e valedouro. Nos últimos anos, alimentou uma cena artística próspera. E quando o responsável Sarfraz Manzoor, que cresceu em Luton, foi nomeado reitor da Universidade de Bedfordshire no ano pretérito, ele disse que usaria o seu incumbência para fazer as pessoas pensarem em Luton porquê “cool”.

Mas ter uma equipe na Premier League não mudará nenhum dos problemas mais profundos que Luton enfrenta. O desemprego é superior à média vernáculo, por exemplo, e há tapume de 15 milénio crianças na cidade que vivem na pobreza.

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O sucesso do clube ainda pode gerar um favor material. Uma secção dos tapume de US$ 150 milhões que ganhará por jogar uma temporada na Premier League foi reservada para ajudar a edificar um novo estádio. Essa estádio ficaria mais próxima do meio da cidade e poderia “transformar a peça que decepciona Luton”, segundo Broadbent. Mas o favor intangível não é menos valioso.

Durante quase um ano, milhões de pessoas pensaram em Luton pelo menos uma vez por semana. Não porquê um remanso ou porquê um cadinho de intolerância, mas porquê um time de futebol: ousado, corajoso, esperançoso e revigorante.

Há muitas pessoas, em toda a Inglaterra, alimentando a esperança de que Luton Town evite o rebaixamento e permaneça por mais um ano. Isso pode não fazer diferença no resultado final da temporada – a Premier League não é um lugar sentimental – mas fez a diferença em Luton.

No time de futebol, a cidade conseguiu se ver porquê gostaria de ser vista. “Aconteça o que sobrevir”, disse Broadbent enquanto contemplava o espectro de que a história jubiloso de Luton pode não ter um final feliz, “estamos orgulhosos”.

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