Março 22, 2025
Maló de Abreu sai do PSD e pode vir a ser candidato a deputado pelo Chega

Maló de Abreu sai do PSD e pode vir a ser candidato a deputado pelo Chega

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António de Maló de Abreu, que anunciou ontem a saída de militante do PSD e a passagem a deputado independente, poderá vir a ser candidato pelo Chega nos círculos da êxodo nas próximas eleições legislativas.

Conforme apurou o “Vencedor”, Maló de Abreu, que foi eleito deputado social-democrata pelo círculo Fora da Europa, é considerado pelo Chega uma vez que uma boa hipótese para assumir uma candidatura por levante partido naquele círculo, ou no da Europa.

O deputado António Maló de Abreu justificou a sua saída do PSD e da bancada social-democrata por não se rever na estratégia da Direcção do partido e “na inactividade” da liderança da bancada, nomeadamente no que diz saudação às comunidades portuguesas.

Numa nota escrita enviada à Lusa, o deputado explicou, com mais detalhes, as razões que o levaram a informar a bancada restante que transmitiu ao secretário-geral que deixará o PSD, depois 40 anos uma vez que militante, e ao presidente do grupo parlamentar social- democrata que passará à qualidade de não inscrito no que resta da legislatura.

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“Fundamentalmente e realmente importante, não me revejo, de tudo, na estratégia e na forma de se organizar o partido e de agir da sua Direcção. E não me revejo nas suas propostas em áreas sensíveis da governança”, refere o deputado.

“Assim uma vez que não me revejo na organização da Direcção do grupo parlamentar do PSD e na sua inactividade relativamente, nomeadamente, às comunidades portuguesas – a quem devo justificações, porque por ter sido por eles eleitos”, acrescenta.

Maló de Abreu recorda que, em 2022, foi cabeça de lista do PSD pelo círculo eleitoral de Fora da Europa, salientando ter sido o único em que o PSD, “concorrendo sozinho, venceu”.

No entanto, lamenta que “sendo o único deputado do PSD eleito pela diáspora portuguesa” nunca tenha sido convocado para participar em qualquer reunião do Secretariado das Comunidades Portuguesas do partido, apesar de o integrar uma vez que deputado do PSD eleito pelos Círculos da Êxodo, uma vez que determinava um regulamento interno validado pela anterior Direcção liderada por Rui Rio em 2018 (e que integrou uma vez que vogal).

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“Enquanto deputado, solicitei repetidamente que o grupo parlamentar do PSD tomasse a iniciativa de promover, em plenário, um debate sobre a situação das comunidades portuguesas. Apesar de repetidas concordâncias, tal nunca se obtém, pelo que constato a falta de vontade política de o fazer, revelando assim – e de facto, um profundo alheamento, quando não desprezo, pelo ponto e pelos problemas dos nossos compatriotas da diáspora por secção da Direcção do GPPSD. Ou por outro motivo obscuro, talvez pessoal, que desconheço em inteiro”, lamenta.

Na nota, o deputado reitera a mensagem enviada aos restantes 76 parlamentares do PSD, dando conta da suspensão definitiva da militância, e da informação, quer ao líder parlamentar quer ao presidente da Reunião da República, que passa à quesito de deputado não inscrito no que resta da XV legislatura.

“Sei muito que decisão tão drástica pode ser incompreendida ou mal interpretada. Mas é da vida – e é da minha vida, nunca perjurar dos meus valores e princípios. Nem entregar a outros, decisões que só a mim me cabem, por muito fraturantes e dolorosas que sejam”, refere, numa mensagem enviada na véspera do último plenário da XV legislatura, que se prolongará até ao início da novidade, depois as legislativas de 10 de Março.

Na mensagem, o deputado, que exerce funções de presidente da Percentagem de Saúde na hodierno legislatura, diz que esta foi uma decisão pessoal, tomada “sem ouvir quem quer que seja, na solidão interno a que os momentos importantes e as situações de rutura” na vida e trajectória pessoal desativado.

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Na sequência da exoneração do primeiro-ministro a 7 de Novembro, o Presidente da República anunciou que iria dissolver o Parlamento no próximo dia 15 de Janeiro e convocar eleições legislativas antecipadas para 10 de Março.

O Parecer Vernáculo do PSD reúne-se na próxima segunda-feira para ratificar as listas de candidatos a deputados, realizando no discurso desta semana as reuniões entre as estruturas distritais e representantes da Direcção.

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