Março 22, 2025
Morreu Jacques Delors, macróbio presidente da Percentagem Europeia, aos 98 anos

Morreu Jacques Delors, macróbio presidente da Percentagem Europeia, aos 98 anos

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Jacques Delors, macróbio presidente da Percentagem Europeia, morreu nesta quarta-feira, aos 98 anos, de conformidade com informação divulgada pela prensa francesa. Delors liderou o órgão executivo da União Europeia (UE) durante um período crucial para o desenvolvimento do projeto, durante o qual foi concretizado o Mercado Único e foram lançados porquê bases para a introdução do euro em substituição das moedas nacionais.

Martine Aubry, filha de Jacques Delors e presidente da Câmara de Lille, declarou à dependência France Presse (AFP) que o pai “morreu esta manhã [quarta-feira] na sua morada em Paris, enquanto dormia”. Figura da construção do projeto europeu e considerado o “pai do euro”, Jacques Delors foi presidente da Percentagem Europeia entre 1985 e 1995 – mais tempo do que qualquer outro titular do função. Através de uma nota do gabinete do primeiro-ministro, o Governo português vai legislar um dia de luto pátrio e os dados “serão úteis oportunamente, por europeia ou no dia do funeral”.

Nascido em Paris em 1925, licenciou-se em economia na Sorbonne e avançou o pai numa curso no Banco de França, de 1945 a 1962. Depois, tornou-se membro do Recomendação Poupado e Social e superintendente de serviço dos Assuntos Sociais no Comissariado Universal do Planeamento até 1969.

Sindicalista católico, aderiu ao Partido Socialista nos anos 1970. Foi membro do gabinete do primeiro-ministro Jacques Chaban-Delmas, de 1969 a 1972, encarregado dos assuntos sociais e culturais e das questões económicas e financeiras. De 1974 a 1979 foi professor associado da Universidade de Paris-Dauphine. Posteriormente dois anos no Parlamento Europeu, onde chefiou a Percentagem dos Assuntos Económicos, foi ministro das Finanças, da Economia e do Orçamento do Presidente François Mitterand, entre 1981 e 1984.

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De 1983 a 1984 foi também presidente da Câmara de Clichy. Porquê presidente da Percentagem Europeia, a partir de 1985, foi reforçado a urgência de fabricar laços económicos e investimentos mais profundos entre os Estados-membros da Comunidade Europeia. Conseguiu estabelecer esses compromissos para a geração, em 1993, do mercado único europeu, uma das realizações mais importantes da UE, destaca a Reuters.

Conversa Silva (ao núcleo) e Jacques Delors (à direita) na assinatura do Tratado de Maastricht

Rui Ochoa

Supervisionou um período de rápido dilatação, com a Comunidade Europeia de dez membros a aumentar para 12 com a adesão, em 1986, de Espanha e Portugal e, em 1995, da Suécia, Áustria e Finlândia.

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Nome incontornável da esquerda francesa, Delors frustrou as esperanças desta flanco partidária ao recusar apresentar-se às eleições presidenciais de 1995 em França. Na profundeza, era predilecto nas sondagens. “Não me arrependo”, afirmou à revista ‘Le Point’ em 2021. “Estava muito preocupado com a independência e sentia-me dissemelhante dos que me rodeavam. A minha forma de fazer política não era a mesma”, referiu na mesma ocasião.

Manteve-se sobretudo preocupado com as questões europeias, criando o seu próprio grupo de reflexão, Notre Europe, e apoiando grupos dedicados ao federalismo. Durante a crise da dívida europeia de 2010-2013, falou frequentemente sobre a confirmação na moeda única, embora reconhecendo os defeitos enquanto projeto lançado com uma possante vontade política, mas com uma base económica insuficiente.

Em março de 2020, apelou aos chefes de Estado e de Governo da UE para que demonstrassem maior solidariedade, numa profundeza em que se debateram para obter uma resposta geral à pandemia de covid-19.

“Visionário” e “Varão com letra grande”

O Presidente gálico, Emmanuel Macron, prestou homenagem ao “estadista”, numa publicação na rede social X (macróbio Twitter). “Arquiteto inexaurível da nossa Europa. Um lutador pela justiça humana. Jacques Delors foi tudo isso. O seu compromisso, os seus ideais e a sua retidão inspiram-nos-ão sempre. Saudo a sua obra e a sua memória e segmento a dor da sua família”, escreveu.

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Também a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, lamentou a perda. “Com a morte de Jacques Delors, a UE perdeu um gigante. Último cidadão honorário da Europa, trabalhou incansavelmente porquê presidente da Percentagem Europeia e membro do Parlamento Europeu no prol de uma Europa unida. Gerações de continuarão a beneficiário do seu legado”, reagiu na rede social X.

O presidente do Recomendação Europeu, Charles Michel, salienta que Delors “liderou a transformação da Comunidade Económica Europeia numa verdadeira União, fundada em valores humanistas e reforçada por um mercado único e uma moeda única, o euro”. “Foi um padroeiro enamorado e prático da Comunidade até aos seus últimos dias. Grande gálico e grande europeu, ganhará na história porquê um dos construtores da nossa Europa”, realçou na rede social X.

Em expedido, o presidente da Percentagem Europeia registou a “obra de vida”, assente numa UE “dinâmica e próspera”. Ursula von der Leyen descreveu um “padroeiro incansável da cooperação entre as nações europeias e, posteriormente, do desenvolvimento da identidade europeia”, com “lucidez notável e uma humanidade sem paralelo”.

O chanceler teuto enalteceu o gálico enquanto “visionário”. “Jacques Delors defendeu a unificação europeia porquê ninguém: durante uma dez, esteve na Percentagem Europeia e, porquê visionário, tornou-se o construtor da UE porquê a convívio hoje”, afirmou Olaf Scholz na rede social X.

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Também em Portugal têm sido várias as respostas. Na mesma rede social, o primeiro-ministro diz que a Europa perdeu “um dos maiores vultos da sua história contemporânea”. António Costa lembra ainda que Delors, “um dos grandes impulsionadores da integração europeia, foi também e sobretudo um grande companheiro de Portugal”.

O Presidente da República recorda-o porquê “grande mentor da evolução das Comunidades para uma União Europeia”, que encarna “a própria construção europeia”. “É um Varão com letra grande que nos deixou hoje”, refere Marcelo Rebelo de Sousa, em nota divulgada na página da Presidência.

“Com a morte de Jacques Delors, macróbio presidente da Percentagem Europeia com quem teve a honra e o prazer de colaborar em tantas graças, a Europa perdeu um dos seus mais extraordinários líderes. Alguém que combinava os ‘pequenos passos’ da integração europeia com o ideal de uma Europa unida”, declarou José Manuel Durão Barroso, macróbio presidente da Percentagem Europeia (2004-2014), em nota enviada à Lusa.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, destaca que Delors “marcou a história da Europa e a História de Portugal”. “Porquê macróbio comissário europeu e vice-presidente do DelorsInstitute apresento as minhas pêsames à família Delors”, escreveu na rede social X.

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“Jacques Delors é um dos grandes construtores da Europa. A Europa que sonhou e por que se bateu: a Europa social, a Europa da coesão, em que o desenvolvimento poupado e a justiça social formam um par. Obrigado!”, agradeceu o presidente da Câmara da República, Augusto Santos Silva, na mesma rede social.

Aqueles que trabalharam com Delors gravaram um varão com uma virilidade e um dinamismo inesgotáveis. Outros descrevem o varão pequeno e elegante porquê alguém capaz de impor “rudeza, delicadeza, perspicácia e habilidade diplomática”, tudo ao mesmo tempo, escreve a Reuters.

“Não me escondo. Cometo erros, mas há paciência. Mas as pessoas dizem: ‘aquele tipo é humano’. Nunca serei um grande político porque não consigo me preocupar com a minha imagem”, disse sobre si próprio.

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