A ex-deputada comunista Odete Santos faleceu esta quarta-feira, aos 82 anos, de concórdia com informação do partido. O PCP lembra a “mulher de abril” que prometeu pela “resguardo dos direitos dos trabalhadores e dos direitos das mulheres”.
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Odete Santos foi deputada de novembro de 1980 a abril de 2007, e teve um papel de destaque no combate ao monstruosidade furtivo e pela despenalização da Interrupção voluntária da gravidez, “de que foi o principal rosto na Tertúlia da República”.
Em expedido, o PCP fala numa “figura marcante na construção do Portugal de Abril e na asseveração dos direitos que a Constituição da República Portuguesa consagra”.
“Odete Santos destacou-se pelo seu compromisso com os trabalhadores e o povo, com uma relação pessoal com a juventude, afirmando a sua notável capacidade, profundidade de estudo, solidariedade, dedicação, frontalidade, coragem e força de mediação”, acrescenta.
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O partido lembra ainda que “desde muito jovem teve mediação cultural e antifascista”, o que levou à “perseguição da PIDE/DGS, a polícia política do regime fascista”.
É autora de vários livros e foi “a principal impulsionadora da geração do Teatro de Animação de Setúbal (TAS), onde representou dramaturgos conhecidos”.
Era militante do PCP desde 1974 e pertenceu ao Comité Médio do PCP de 2000 a 2012. Teve também vários cargos autarquicos em Setúbal, concelho onde cresceu.
A antiga deputada nasceu na freguesia de Pêga, concelho da Guarda, a 26 de abril de 1941, e foi desenhada no liceu de Setúbal. Mais tarde, avançou para a Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Recta, tendo exercido a profissão de advogada.