Patriarca de Lisboa refere-se às guerras em curso, à crise ecológica e ao aumento da pobreza
Lisboa, 24 dez 2023 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa disse hoje na mensagem de Natal que esta quadra “convoca o melhor do ser humano”, afirmou que “é nos não-lugares que Jesus Cristo nasce incessantemente” e que a cultura cristã “ está a regredir”.
“Chegamos ao Natal com a amarga sensação de que o projeto de cultura iniciado pelo próprio promanação de Jesus Cristo, e maduro ao longo dos séculos, está a regredir”, disse D. Rui Valério.
Na sua primeira Mensagem de Natal, o patriarca de Lisboa apontou porquê sintomas do retrocesso da cultura porquê “guerras em curso, na Ucrânia, no Médio-Oriente, ou na República Meio Africana”, a “crise ecológica mundial” e a “tragédia do não -acolhimento dos migrantes”.
D. Rui Valério lembra porquê “notícias do aumento da pobreza, do número de famílias que, na labuta do dia-a-dia, têm cada vez mais dificuldade em fazer face às necessidades básicas são sinais de um país que dificilmente consegue estar à profundidade de dar uma vida digna aos seus cidadãos”.
Para o patriarca de Lisboa, é necessário prometer os “devidos cuidados de saúde e de habitação” e uma “instrução condigna, onde haja professores e condições para ensinar e aprender, enfim, de perfurar perspectivas de horizonte para todos.
D. Rui Valério disse que o Natal lembra “os inóspitos panoramas humanos e existenciais”, os “estábulos da exclusão” e as “manjedouras da marginalização”, afirmando que “é nos não-lugares que Jesus Cristo nasce incessantemente.
“Nos escombros de projetos fracassados, nas ruínas de sonhos desvanecidos, Deus faz-se varão; o seu Verbo irrompe para inaugurar caminhos de esperança e de vida”, afirmou.
O patriarca de Lisboa sublinhou que o Natal “convoca o melhor do ser humano” e sintoniza com “o que de mais belo ele é capaz”, nomeadamente a “dor por quem sofre e se sente derrotado da vida” a “motivo do ser humano , pela sua liberdade, pela silêncio no mundo, e combater por ela, sujeitando-se a todos os sacrifícios”.
Para D. Rui Valério o Natal, o promanação de Jesus é uma “certeza de crédito na humanidade e na presença da mais bela enunciação de paixão aos homens e mulheres por Ele amados”.
“Que as luzes das cidades não ofusquem a Verdadeira Luz trazida pelo Deus Menino, Ele que é a Luz do mundo”, concluiu o patriarca de Lisboa.
RP