No início da tarde desta quarta-feira, quando tudo ainda estava a ser pronto para uma grande estreia, o SAPO24 realizou uma visitante aos bastidores, onde pôde saber tudo o que é necessário para colocar levante espetáculo de pé.
Guiados pelas relações públicas da companhia, a canadense Janie Mallet, soubemos que já esta terça-feira chegou a Lisboa 23 caminhões com todo o material necessário para o espetáculo, material esse que é o mesmo independentemente da cidade onde atuar a atuar.
Originalmente constituído por 20 artistas de rua em 1984, o Cirque du Soleil trouxe para Lisboa uma equipa de 100 colaboradores de murado de 25 nacionalidades. Destes, 52 estarão no palco nos próximos dias juntamente com sete músicos que tocam ao vivo.
Na semana passada estiveram em Espanha e hoje os artistas começaram a chegar a Portugal. A equipe só folga dois dias por semana e os treinos são todos os dias antes de cada espetáculo.
Na secção de trás do palco existe todo um mundo escondido de preparativos, onde é verosímil observar tudo o que é necessário para dar vida ao ecossistema de vida e de cor, onde os insetos vão trabalhar, manducar, rastejar, galhofar, lutar e apaixonar-se até dia 30. A direção desta atuação foi feita pela coreografia brasileira Deborah Colker.
A “máquina” do Cirque du Soleil está de tal forma montada que até uma lavanderia trouxeram com eles e a horas da estreia ainda se terminaram as 60 máquinas de roupa permitidas para o primeiro espetáculo, muito uma vez que remendavam os últimos fatos. Ao todo, a companhia viaja com sete máquinas de lavar e em cada espetáculo utilizam-se 800 peças de vestuário, que é necessário reparar diariamente por uma equipa de costureiras que se encontra no mesmo espaço e que também viaja com os artistas. No dia do primeiro espetáculo e acabadas de vir de Espanha, estiveram hoje a fazer os últimos remendos neste escritório montado no Altice Redondel.
À porta da lavandaria e escritório de costura há um grande armário referto de sapatos criados de propósito para Ovo. Todas as figuras coloridas semelhantes às ilustrações foram desenhadas no Canadá, na sede do Cirque du Soleil, mas são recomendadas diariamente onde quer que o circo se encontre. Entre os sapatos está o maior sapato de palhaço alguma vez criado pela companhia, feito de propósito para Ovo.
Cirque Du Soleil – Bastidores
créditos: 24
” data-title=”Cirque Du Soleil – Bastidores – Nos bastidores do novo espetáculo do Cirque du Soleil, Ovo. São mais de 50 insetos em palco – SAPO 24″>
Neste espaço existe ainda um impressionante estojo de maquilhagem, onde os artistas são maquilhados diariamente. Dependendo dos detalhes de cada personagem, levante processo de caracterização pode levar de 20 minutos a 1h30.
Cirque Du Soleil – Bastidores
créditos: 24
” data-title=”Cirque Du Soleil – Bastidores – Nos bastidores do novo espetáculo do Cirque du Soleil, Ovo. São mais de 50 insetos em palco – SAPO 24″>
Ovo já esteve em Lisboa, mas uma vez que nos conta a relações-públicas, desta vez, um terço do espetáculo é dissemelhante, e existem três novos atos nunca vistos pelo público português. O palco não teve grandes diferenças, mas existem vários novos insetos e artistas inéditos.
Entre esses novos artistas está Joseana Martins Costa, de 34 anos, uma trapezista brasileira, do Rio de Janeiro, que participa no espetáculo. Já esteve em Portugal com outro dos sucessos do Cirque du Soleil e desde 2018 que faz secção da companhia. Em entrevista ao SAPO24, destaca que uma vez que grande novidade “existe agora um número em que uma rapariga se pendura pelo cabelo, é muito impressionante e, outrossim, existem alguns números novos, novas músicas e luzes”.
Sobre a sua paixão pelo circo, conta que começou a fazer natação sincronizada, mas rapidamente se apaixonou pelo trapézio. “Na chuva já era uma acrobata que saltava. Por isso, com treino, comecei também a saltar no trapézio. Depois disso, fui filmando os meus vídeos e fiz o meu currículo, e comecei em 2015 pela primeira vez no trapézio. Em 2018 entrei no Cirque du Soleil, depois de três meses em Montreal para um treino peculiar, para um número específico de outro espetáculo, que agora também se integra no Ovo, o quadrante”, sublinha.
Sobre a relação ao Ovo, diz que levante foi dirigido por uma compatriota brasileira, logo: “também palato muito de participar neste espetáculo tendo em conta essa relação ao meu país”.
Uma vez que trapezista, o maior duelo assume ser a crédito que é necessária nos números. “A treinar usamos colchões. No espetáculo não. É mesmo voo livre e existe muita adrenalina, controle emocional e crédito. É necessário muita segurança no que se está a fazer”, aponta.
Quanto às distrações enquanto você faz o seu número, diz que nunca ouve o público no momento de pular. “A concentração é tão grande que quando se voa não se ouve zero. Mas quando se faz a coreografia estamos a ver e a galhofar com o público”, revela.
Neste espetáculo, Joseana é um besouro que voa no palco do Altice Redondel e se mostra ao púbico português, que lembra ser “muito recetivo”.
Na equipe revela que existem pessoas de todas as idades, “desde os 18 anos até a um palhaço que tem mais de 70”, e do mundo inteiro. Apesar dos 34 anos, uma idade em que muitos desportistas decidiram reformar, Joseana deixou essa possibilidade.
“O importante é ter uma sustento saudável e fazer muito manobra. Dá para fazer acrobacias até bastante tarde na vida. Mas quem faz acrobacias muito complexas chega a uma idade em que tem de desistir e depois pode passar para outros personagens mais simples, para treinador , diretor artístico ou para membros da equipe técnica. Existe sempre lugar no circo”, refere.
Por vezes, os artistas de Ovo fazem três espetáculos por dia sem serem substituídos, alguma coisa para que é necessário uma “preparação incrível”, de concórdia com o artista. Porém, na equipe presentes estão massageadores e existem suplementos, que ajudam a levar o dia até ao termo.
“Nós temos artistas suficientes para nos substituir, mas implica sempre que alguém faça mais quando um artista fica, por exemplo, doente. Mas não existe ninguém de suplente”, desvenda Joseana.
Já as lesões são raras e vigiadas continuamente, quer por terapeutas, quer pelo preparador físico da equipe.
Em cada espetáculo existe evolução e melhorias, o artista sublinha que “todos os dias fazem coisas novas. Se o número é pesado adaptamos, se achamos que está ligeiro colocamos mais coisas”.
Ovo estará na Altice Redondel entre os dias 20 e 30 de dezembro de 2023. Ainda existem alguns bilhetes disponíveis a diferentes preços, dos 39 aos 104 euros, que podem ser adquiridos cá, ou em outros locais habituais.
Para quem, tal uma vez que a companhia, passa o Natal em Lisboa, levante pode ser um programa de família para a quadra, visto que pode ser visto por crianças a partir dos três anos de idade.