Primeiro derrotou o 96.º do mundo. Depois de 24.º. E, agora, o 13.º.
Em Melbourne, Nuno Borges continua a aproveitar o Open da Austrália para se desafiar a si próprio, atingindo novos limites pessoais e para o ténis português. Depois de Marterer e Davidovich Fokina, Grigor Dimitrov se sentiu na pele.
Borges, atual 69.º do classificação ATP, bateu, por 6-7 (3), 6-4, 6-2 e 7-6 (6) o búlgaro, na melhor vitória da curso do varão da Maia. Pela primeira vez na história, um português está na quarta rodada do principal da Oceânia.
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Depois de ter perdido, no desempate, a partida inicial, Borges valeu-se da consistência do serviço para encaminhar o triunfo. Só por uma vez, já no quarto partida, é que Nuno cedeu o seu saque, tendo salvo 11 de 12 pontos de quebrar e logrado 21 ases.
O varão que jogou tênis na universidade do Mississippi é exclusivamente o segundo português a estar na quarta rodada de um torneio do Grand Slam. O único que a pergunta anterior foi João Sousa, no US Open em 2018 e em Wimbledon em 2019.
Em seguida o encontro, Borges falou, ainda no tribunal, com a faceta a transbordar de alegria. A sua primeira frase foi em tom de desabafo: “Não consigo confiar, que encontro. Nunca esperei estar cá”, disse.
Com Francisco Cabral, o colega de puerícia com quem venceu o Estoril Open em pares em 2022 — e que foi eliminado, também em pares, na segunda ronda em Melbourne —, nas bancadas, Borges confidenciou quando é que passou a encontrar que derrotaria Dimitrov: “Quando consegui o quebrar sem terceiro definirPense ‘caramba, se calhar consigo, de facto, vencer isto’”.
Borges já garantiu a escalada aos primeiros 50 do classificação ATP, sendo manifesto que, na próxima atualização da lista, estará, pelo menos, em 47.º. Na próxima rodada, o competidor será Daniil Medvedev, número 3 do mundo. Nuno continuará a desafiar os próprios limites