Março 21, 2025
Nuno Melo diz que único governo que PSD e CDS-PP vão viabilizar é executivo da AD

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O presidente do CDS-PP afirmou hoje que o “governo único” que a Coligação Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) vai viabilizar é estes partidos e pediu a André Ventura para não “tresler o pensamento dos outros”.

“Para que fique evidente, o único governo que a AD vai viabilizar depois de 10 de março vai ser o governo da AD quando vencermos as eleições, contados todos os votos. Vai ser o único governo que vamos viabilizar”, salientou.

Nuno Melo deixou esta garantia no arranque do seu exposição na “Convenção por Portugal”, iniciativa da coligação Coligação Democrática (AD), que junta PSD, CDS-PP e PPM nas próximas eleições legislativas de 10 de março.

Falando no Meio de Congressos do Estoril (região de Lisboa), o presidente do CDS-PP disse saber “muito muito” quem são os seus adversários: “São as esquerdas, mas são também todos aqueles que querem o insucesso da AD”.

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Nuno Melo, que foi criticado no sábado pelo líder do Chega por declarações sobre uma eventual viabilização de um governo minoritário do PS, aproveitou para deixar uma “sugestão a André Ventura”.

“Pare lá de tresler o pensamento dos outros e deixe de ser o coligado útil, a muleta útil das esquerdas, disponível para apresentar moções de exclusão a nascente governo da AD, para dar a mão ao PS, BE, PCP, PAN e Livre” , desafiou.

Num exposição em que lançou críticas, sobretudo ao PS, mas também ao BE e ao Chega, e apresentou algumas medidas que constarão no programa eleitoral da coligação, Nuno Melo sustentou que a AD “não é coisa do pretérito, é coisa do presente”, assinalando que PSD e CDS-PP estão juntos em bolsas de autarquias e dos governos regionais da Madeira e dos Açores.

“E vai medir-se no próximo dia 10 de março no governo de Portugal”, declarou.

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À ingresso para o Meio de Congressos do Estoril, onde decorre a convenção da AD, Luís Montenegro não respondeu às perguntas dos jornalistas, quer sobre as ausências de Passos Coelho ou do líder do PPM, quer sobre as declarações do líder do CDS-PP, Nuno Melo, sobre a viabilização de um eventual governo minoritário do PS.

“Estamos focados em dar soluções aos problemas das pessoas”, disse, prometendo apresentar hoje algumas propostas e “nas próximas semanas” o programa eleitoral da AD.

Em entrevista à CNN, esta semana, Nuno Melo disse tutelar que “quem ganha deve governar” e, questionado se a AD deveria viabilizar um eventual governo minoritário do PS mesmo havendo maioria de centro-direita, respondeu: “É o que eu defendo, o que reclamo para a coligação deve ser aplicável a todos os outros, falo por mim enquanto presidente do CDS-PP”.

Depois das críticas do líder do Chega, o líder do CDS-PP emitiu um expedido em que acusou André Ventura de “tresler o pensamento alheio” e deixou clara a posição da coligação.

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“Em condições normais quem vence deve governar. Mas a AD não viabilizará um governo de esquerda, em primeiro lugar porque vencerá as eleições e em segundo lugar porque a normalidade desapareceu quando o PS governou tendo perdido as eleições e Pedro Nuno Santos esclareceu que não viabilizará um governo à sua direita, abrindo as portas a uma geringonça 2.0, que seria um sinistro para Portugal. As regras têm de ser iguais para todos”, esclareceu.

A convenção “Por Portugal”, uma iniciativa da coligação Coligação Democrática (AD), junta PSD, CDS-PP e PPM nas legislativas antecipadas de 10 de março.

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