Tem sido recorrente nesta era. O Benfica começa a perder, atrapalha-se, mas há sempre alguém que não deixa a equipe “encarnada” afundar-se e dá o fomento para que a reviravolta aconteça. Neste domingo, na Luz, o Rio Ave foi um repto muito complicado para o Benfica. Marcou primeiro, dominou durante boa secção do jogo e teve múltiplas oportunidades para marcar mais, mas as “águias” conseguiram encontrar o caminho da vitória. Triunfaram por 4-1 e terminaram a volta a somente um ponto do líder Sporting, o que não é zero primeira com meio campeonato ainda pela frente.
Sempre que encontra uma fórmula que chega para lucrar, Roger Schmidt segue com essa fórmula até à exaustão. O técnico teuto apostou no mesmo “onze” que foi vitorioso nos últimos jogos, mas isso também dá uma dimensão de previsibilidade ao futebol do vencedor pátrio e os adversários já sabem ao que vão. O Rio Ave parecia estar muito muito pronto para mourejar com o projecto de Schmidt, que tem sido, basicamente, produzir condições para Rafa desequilibrar e deixá-lo resolver.
Logo aos 6′, foi o 27 do Benfica o protagonista da primeira ocasião de gol, com espaço para rematar, mas a globo foi desviada por Costinha. E, depois, só deu Rio Ave na meia-hora seguinte. Logo na resposta, Costinha avançou pela direita, tirou Morato do caminho e fez um interceptação que passou para o outro lado do campo, onde estava Fábio Ronaldo. A renque esquerda parou a globo na relva e viu muito a presença de Guga Rodrigues no coração da espaço. A globo foi na sua direção e longe do alcance de Trubin.
Motivada pelo gol, a equipe de Luís Freire fez mais do que dividir o jogo com o Benfica, conseguiu o domínio e avançou para a marco “encarnada” em procura de mais, sempre explorando os pontos fracos do seu contendedor, porquê infelizmente – se, mais do que nunca, que Morato e Aursnes são laterais adaptados e sem rotina da posição. Trubin segurou várias bolas difíceis, incluindo uma quase impossível, num cabeceamento de Boateng na pequena espaço posteriormente cruzamentos de Nóbrega.
Aos 29′, na única vez que teve espaço para percorrer, Rafa decidiu. Globo longa para o avançado, que a levou colada no pé até prender as duas defesas que estavam por perto. Di María ficou sozinho para finalizar a lição e fazer o empate. O gol do prateado lançou o Benfica para uma final de primeira secção mais equilibrada, com mais presença unida à espaço de Jhonatan.
Logo posteriormente o pausa, o Rio Ave voltou a reclinar o Benfica às cordas e, nos primeiros três minutos do segundo tempo, acertou duas vezes no poste, primeiro por Boateng e, depois, por João Perdão. Os vilacondenses pareciam absolutamente tranquilos, mas a expulsão de Aderlan aos 58′ – viu o segundo amarelo por jogar a globo com a mão numa jogada perto da sua espaço – acabaria por encaminhar o jogo na direção do Benfica.
Mal se viu a jogar com mais um, a “águia” colocou-se em vantagem, com António Silva a aproveitar da melhor maneira o ressalto de um remate falhado de Cabral aos 61′. Com a reviravolta e em superioridade numérica, o Benfica se estabilizou e avançou para uma vitória robusta, com uma estreia a marcar para o reforço Marcos Leonardo, com um belo cabeceamento posteriormente cruzamentos de Aursnes (80′), e com João Mário a dar o melhor seguimento posteriormente uma trivela de Rafa (91′).
É uma vitória que vence para a história, a sétima consecutiva em todas as competições e a reaproximação ao topo do campeonato. Mas o resultado robusto esconde as enormes dificuldades por que o Benfica passou frente ao Rio Ave. Os vila-condenses só quebraram em definitivo quando ficaram a jogar com dez, mas deixaram à vista muitas imperfeições no vencedor pátrio.