A família de Carlos Abreu, vetusto vereador da Cultura da Câmara de Santarém e ex-presidente do Festival Pátrio de Gastronomia (FNG), já falecida, cedeu ao município secção do seu espólio, com a intenção de poder ser utilizado no contexto das comemorações do 40º natalício do festival que ajudou a produzir. A doação foi aceita pelo executivo municipal em sua última reunião, tendo sido deixados agradecimentos à família.
O espólio inclui um conjunto de bens de valor histórico, cultural e institucional para a história do FNG, que testemunha a relação de Carlos Abreu às várias dinâmicas do setor, sobretudo às confrarias. Integra um cinzeiro em cerâmica do “Zé das Papas”, símbolo do festival, que tem o significado acrescido de ter sido do seu uso pessoal. Inclui ainda placas e medalhas de homenagem, medalhas do FNG e de outras entidades, dois trajes de confrarias gastronómicas, um livro, um álbum fotográfico e um vasto conjunto de fotografias, num montante global medido em 1.898 euros.
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, afirmou que quem conheceu Carlos Abreu sabia da envolvência que ele tinha com o Festival Pátrio de Gastronomia e tudo o que se relacionava com a cultura e com o turismo. O vice-presidente João Teixeira Leite, referiu que leste é um importante património intáctil que vai dar um contributo para a valorização do festival e é também uma forma de homenagear Carlos Abreu “que muito deu ao Festival Pátrio de Gastronomia”.
Já o vereador da Cultura da Câmara de Santarém, Nuno Domingos, que esteve ligado à geração do festival, declarou que a doação efectuada muito poderá contribuir para a organização dum espólio relevante da história do Festival Pátrio de Gastronomia, nomeadamente, na esteira do que o O jornalista Manuel Lapa, há muitos anos, propôs a geração de um Museu da Gastronomia, em Santarém.
