Tapume de meia centena de agentes da PSP, militares da GNR e guardas prisionais manifestaram-se na noite desta quinta-feira à chegada do secretário-geral do PS ao comício do partido que decorre no Açor Estádio, em Vila Franca do Campo. O grupo de elementos das forças de segurança iniciou uma ação de protesto em silêncio, levantando depois cartões vermelhos a Pedro Nuno Santos.
O líder socialista não ignorou o protesto e fez questão de se guiar aos manifestantes, dando conta que já se reuniu com a associação ASPP (Associação Sindical de Profissionais de Polícia) e que irá incluir medidas para as forças de segurança no programa eleitoral do partido às legislativas de 10 de março.
Quando Nuno Santos se virou para prestar declarações aos jornalistas, os manifestantes – vestidos na sua maioria de preto – conseguiram trovar o hino pátrio, à semelhança dos protestos que aconteceram por todo o país, obrigando o líder socialista a fazer uma pausa no seu exposição.
“Compreendemos e partilhamos essas suas preocupações. Estamos a trabalhar numa solução para que se sintam respeitados, se sintam valorizados, se sintam dignos”, afirmou Pedro Nuno Santos, ao lado de Vasco Cordeiro e Francisco César, tentando serenar os ânimos.
Rui Moutinho, dirigente da ASPP, disse ao Expresso que as forças de segurança sentem-se “desconsideradas” e que os protestos vão continuar no país para que o Governo, agora de gestão, “de uma vez por todas resolvam a situação”.
“Estamos cá, porque sabemos que o secretário-geral do PS estaria presente para levar a nossa situação para o Governo que tem que resolver a solução para as forças de segurança”, insistiu, sublinhando que se trata de uma questão de soberania e não de autonomia.
Em culpa está a atribuição de um subvenção, um suplemento de missão à PJ, pelo Governo, que deixou de fora as forças restantes de segurança.
Questionado sobre os protestos dos agricultores, Pedro Nuno revelou que o sector é “determinante” para o país e que não está tudo muito”, sendo “preciso resolver problemas que ainda não foram resolvidos”. produziram os resultados que se desejavam”, ressaltou.
Por isso, “é com reverência, com empatia para com os problemas dos outros e com humildade que olhamos para diferentes protestos ou expressões de insatisfação. A humildade de crédito que nem tudo foi comprovado, que há muita coisa para fazer e muita coisa para mudar”, acrescentou.