Março 21, 2025
Pentecostes e o incêndio da cidade do varão ━ O conservador europeu

Pentecostes e o incêndio da cidade do varão ━ O conservador europeu

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“Sempre que a terreno treme, sinto cheiro de incenso”, disse-me certa vez um padre chamado Padre Anselmo.

Eventualmente, encontrei a escritura à qual ele estava aludindo (eu acho):

A fumaça do incenso, junto com as orações do povo de Deus, subiu diante de Deus pela mão do querubim. Logo o querubim pegou o incensário, encheu-o com o incêndio do altar e lançou-o sobre a terreno; e houve trovões, estrondos, relâmpagos e um terremoto.

—Apocalipse 8:4-5

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Além da sua inclinação poética, o padre – na verdade um abade – impressionou-me pelo seu paixão pelo Pentecostes, que ele descreveu porquê uma segunda Páscoa.

O dia 19 de maio marcará a Sarau Ocidental de Pentecostes deste ano, quando nos lembrarmos de porquê o ecúmeno—a família humana das nações—foi batizada:

E quando chegou a plenitude do dia de Pentecostes, estavam todos unânimes no mesmo lugar. E de repente veio do firmamento um som, porquê de um vento impetuoso, e encheu toda a lar onde estavam sentados. E apareceram-lhes línguas repartidas, porquê de incêndio, e pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem… ‘porquê ouvimos cada varão na nossa própria língua, na qual nascemos?’

—Atos 2:1-8

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Diz-se que isso ocorre no cenáculo dos discípulos, que se torna o novo Monte Sinai, de onde o incêndio do firmamento vem para redigir a lei nos corações dos homens – desta vez não em uma língua, mas em muitas.

O número de nações de onde se originam os presentes no milagre de Pentecostes pode, dependendo da leitura de Atos 2, ser contabilizado porquê 17. Isso pode ser uma abreviatura para o número totalidade de nações nas quais a humanidade é considerada composta em outro lugar, a saber, 70. (10 + 7 em vez de 10 × 7). Eles representam toda a família humana. A besta que é finalmente derrotada no Apocalipse, por outro lado, é a falsa unidade, o opressão imperial, daí as suas 7 cabeças e 10 cornos – ela parodia as nações. Isto também sugere que, biblicamente, as nações são uma revelação de dois princípios, um representado pelo número 7 (os 7 anjos no Apocalipse) e o outro pelo 10.

Os apóstolos são instruídos a “fazer discípulos das nações”. Assim, a país é o constituinte implícito da Igreja de consonância com a “grande percentagem” em Lucas e Mateus. Com o Pentecostes, isso vem com maior relevo.

Compreendemos intuitivamente que a multiplicidade cultural tem valor intrínseco. Uma vez que escreve São Tomás no Suma Teológica:

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A sublimidade do universo requer não exclusivamente uma povaréu de indivíduos, mas também diverso tipos… a sublimidade do universo… consiste na variedade ordenada de coisas… Assim, a multiplicidade de criaturas não surge da multiplicidade de méritos, mas foi principalmente pretendida pelo agente principal.

E, no entanto, o valor da “multiplicidade” é frequentemente invocado porquê um aríete, não exclusivamente contra a ininterrupção histórica (identidades nacionais, por exemplo), mas contra os limites morais (heteronormatividade e afins).

Estamos, de certa forma, vivendo um falso Pentecostes – um Pentecostes que tenta nos convencer a expressar a unidade da requisito humana porquê uniformidadeem vez de simetria.

A fragmentação da comunidade humana numa série de formas “diversas” reduz toda identidade a um resultado consumível para o quidam atomizado usar, e nos entrega a uma uniformidade caótica – a “uniformidade heterogênea” de Hannah Arendt, que podemos entender, simbolicamente, porquê o “cálice da Babilônia” na Bíblia e a confusão daquelas nações com as quais a prostituta da Babilônia se une.

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Pentecostes é a asserção da multiplicidade adequada, que é tomada porquê um ato de violência por forças que buscam uma homogeneização inadequada.

Vale lembrar que as escrituras apresentam o Pentecostes porquê um julgamento, muito porquê uma exaltação. Na verdade, um ato de espiritualidade guerra.

Pedro alerta sobre isso em Atos 2, posteriormente a descida das línguas de incêndio, quando cita o Livro de Joel:

E acontecerá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei do meu Espírito sobre toda a músculos; e vossos filhos e vossas filhas profetizarão (…) E mostrarei prodígios em cima no firmamento e sinais em ordinário na terreno; sangue, e incêndio, e vapor de fumaça: o sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e notável dia do Senhor.

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Em Atos 2, Pedro identifica o efusão do espírito no Pentecostes e o falar em línguas porquê o cumprimento da profecia de Joel. Mas por que a imagem dos discípulos falando muitas línguas deveria ser associada aos elementos agourentos do Livro de Joel?

Porque é o relato terreno daquela cena que o Apocalipse (8) descreve do seu ponto de vista celestial, onde um projétil angélico é lançado em julgamento.

Na verdade, a linguagem e a asserção pátrio são repetidamente invocadas porquê meios para julgar cidades pecaminosas nas Escrituras –ataques linguísticos mobilizados contra a uniformidade opressiva.

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Foi assim durante a confusão de línguas em Babel, e novamente quando uma escrita indecifrável apareceu misteriosamente na parede do salão de banquetes do rei Belsazar na Babilônia (Daniel 5), no contexto da matinada dos israelitas cativos.

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Logo, no Apocalipse de João, chegamos a uma terceira Babilônia. Não a torre de Babel ou o histórico estado babilônico, mas as autoridades corruptas do século I: “a grande cidade – que figurativamente é chamada de Sodoma e Egito – onde também o seu Senhor foi crucificado” (Apocalipse 11:8). Esta é a perene “cidade do varão”, a cidade que “crucifica o Senhor”, que rejeita a santidade.

Tal porquê a queda da terceira Babilónia já anunciada por Jeremias e Isaías é desencadeada por uma novidade efusão de línguas – desta vez não porquê confusão, mas porquê simetria.

A citação de Pedro do Livro de Joel também deve ser lida em termos do Exposição de Cristo no Monte das Oliveiras (Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21), isto é, porquê uma antecipação da devastação de Jerusalém, que ocorreu em 70 dC. Guerra (5.5.2.289-300), Histórias de Tácito (5) e outros historiadores registraram sinais no firmamento e presságios que levaram a oriente evento que são consistentes com a linguagem usada no Evangelho e no Apocalipse. Na verdade, Flávio Josefo refere-se precisamente à sarau de Pentecostes sendo interrompida por um varão que profetiza a devastação vindoura.

É importante ressaltar que o julgamento cá também é contra o Poderio Romano, e não exclusivamente contra as autoridades religiosas de Jerusalém. O Poderio (a besta) também está previsto para tombar. E, novamente, ou por outra, contra a tirania e “a cidade do varão”, onde quer que elas se manifestem.

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Chegará a hora em que nem neste monte, nem ainda em Jerusalém, adorareis o Pai… Aqueles que o adoram devem adorá-Lo em espírito e em verdade.

—João 4:21-24

Tal é a epifania místico que desestabiliza uma forma corrupta no Pentecostes.

As autoridades que reivindicaram o monopólio do espírito enfrentam a perspectiva perturbadora (do seu ponto de vista chauvinista) de uma novidade dispensação celestial que inclui uma infinidade de línguas. Na verdade, que o Novo Testamento, tal porquê o temos, chegue até nós no que parece ser um fruto do Pentecostes – uma linguagem de pagãos, helênico—é um sinal impressionante, muitas vezes esquecido, deste mistério cristão mediano.

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Longe de ser um argumento contra a originalidade da mensagem cristã, uma indicação de que ela foi corrompida e de ser fundamentalmente pseudográfica (porquê afirmam alguns apologistas muçulmanos), o helênico do Novo Testamento é um exemplo de uma mensagem historicamente efêmero aparentemente fortuito. médio revelando-se revelador do mais profundo mensagem isso transmite.

Em Atos 2, o espírito faz com que os discípulos falem em línguas, e a própria Escritura está em línguas – em uma daquelas línguas que são abençoadas no dia de Pentecostes.

O Pentecostes, portanto, é uma enunciação triunfal de guerra místico contra aquele catálogo específico de paródias satânicas que o último livro da Bíblia descreve. Em pessoal, podemos notar dois tipos de uniformidade opressiva, a da besta (o Poderio Romano na sua figura decadente) e a da prostituta (Jerusalém na sua apostasia).

Para a Babilônia chegam as chamas pentecostais, acendendo as brasas de um incensário lançado da rito do firmamento, um míssil lançado contra a falsa unidade da besta e da prostituta do Apocalipse, servos do dragão, a antiga serpente.

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O Pentecostes resiste tanto à uniformidade da tirania política quanto da cosmopolis hedonista, tanto a besta quanto a Babilônia, a tirania e o mistério, o thymos pervertido (θυμός) e o eros (ἔρως) – a monocultura do predomínio, imposta pelo domínio militar e cultural, e o “ multiplicidade” da sociedade cosmopolita daí emergente.

Também lemos sobre um falso vate que tenta o seu próprio Pentecostes Satânico, conjurando “grandes prodígios, de modo que faz descer incêndio do firmamento à terreno, à vista dos homens” (Apocalipse 13:13). Esta ilusão “à vista dos homens” destina-se a estimular a homenagem idólatra da besta, a falsa unidade da tirania e da sua aliada, a falsa religião.

A história da Europa cristã, portanto, pode ser lida porquê portadora da marca pentecostal, ainda que imperfeita.

É difícil (para mim) ler, por exemplo, a supimpa história do Sacro Poderio Romano de Peter H. Wilson e não ouvir um repercussão daquele coro harmonizador que começou no ditoso cenáculo, o esquina instintivo de louvor da primeira geração submeter-se ao rei ungido do próprio Deus, porquê órgãos de um corpo, alegres em si mesmos e em seu contraste, unidos em sua fé.

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Wilson descreve a demarcação territorial das nações dentro do Sacro Poderio Romano porquê “nem uma fragmentação progressiva em territórios cada vez menores, nem uma evolução metódico das subdivisões existentes em direção a um Estado soberano”. Nem o caos do cálice da Babilônia nem o opressão da besta, mas uma ordem política consistente com a mutualidade cristã:

[The territorial-demarcation of nations] simultaneamente incorporou os territórios mais profundamente dentro do [Holy Roman] Poderio, porque cada um devia seus direitos e status através do reconhecimento dos demais territórios. Em suma, o regime era mutuamente acordado, em vez de autodeterminado, e, portanto, ligado à prosseguimento da adesão ao Poderio, em vez de oferecer a base para a independência soberana.

O desenvolvimento histórico das nações a partir de um Poderio Romano em ruínas, a expansão medieval da localidade, é interpretável porquê uma prosseguimento do Pentecostes, assim porquê uma certa asserção da país contra as forças do mercado global e uma monocultura que rompe com todas as fronteiras.

Devemos rezar pelo Pentecostes, sugiro, e permanecer vigilantes contra os monstros que são seus oponentes juramentados, de consonância com as escrituras.

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