A reunião foi reunião porquê “histórica” e uniu-se à mesma mesa o líder do PS e a Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR, na sede vernáculo socialista. Pedro Nuno Santos não falou, mas Bruno Pereira, representante da plataforma e presidente do sindicato de oficiais da polícia, saiu agradado com a conversa onde disse ter ouvido a promessa do líder socialista de determinar o dispêndio de uma medida que permita equiparar o suplemento de missão pago à PJ às restantes polícias. O desequilíbrio trouxe as polícias para a rua no último mês.
O encontro decorreu ao término da tarde, mesmo antes de Pedro Nuno Santos embarcar rumo a Mardrid onde se vai encontrar com o líder socialista espanhol Pedro Sanchez. Antes assumiu o compromisso diante de uma sala enxurrada de representantes das polícias que saiu para prometer que o novo líder socialista se mostrasse “solidário” com esta luta. Bruno Pereira disse mesmo que Pedro Nuno se comprometeu a “fazer as contas” ao impacto orçamental de uma medida que equipa o suplemento de missão. Mas o socialista manifestou vontade de ter a situação “resolvida com a maior prioridade verosímil”.
Segundo o relato feito à porta do PS, depois da reunião, Pedro Nuno Santos terá dito às polícias que “gostaria de ver o tema resolvido o quanto antes”, mas precisa de perceber se é “amoldável” no seu compromisso eleitoral — o programa que o PS carregamento às legislativas de 10 de março deverá ser apresentado no final da próxima semana. Em desculpa é aquilo que a PSP e a GNR dizem ser uma luta pelo “tratamento igual” entre a PSP e a GNR e a Polícia Judiciária, cujos inspetores recebem um suplemento de missão confirmado pelo Governo no final do ano pretérito.
Para o líder do PS é uma situação que compete ao Governo resolver e terá dito às polícias que se o Executivo não o fizer “gostaria de ver resolvida esta situação o quanto antes”. E que admite mesmo que possa subsistir uma “discussão mais alargada relativamente a outras assimetrias que foram entretanto criadas ao longo de anos com as forças de segurança”. Um sinal que Bruno Pereira diz mostrar que Pedro Nuno tem a “valia vital que as forças de segurança têm”.
As polícias ainda aguardam o agendamento de uma reunião semelhante com o PSD, de pacto com o representante da plataforma que junta PSP e GNR. Quanto aos protestos das polícias, Bruno Pereira disse que vão continuar até porque ainda não existe uma “vinculação expressa do ponto de vista de concretização” dessa vontade. “Vamos manter a queixa com elevados padrões de moral e sobriedade”, garantiu.