Portugal entrou a lucrar no”rodada principal” do Campeonato da Europa de andebol, ao escadeirar a Noruega por 37-32 (18-15 ao pausa). Em Hamburgo, a seleção vernáculo não foi perfeita no ataque, mas foi intratável na hora de padroeiro e de travar a formação nórdica, que já foi duas vezes vice-campeão do mundo. Portugal fica agora com dois pontos neste “rodada principal” e mantém intactas as suas esperanças de uma boa classificação no Grupo II. Antes do Europeu, Paulo Jorge Pereira disse ao PÚBLICO que Portugal atingiu “outro patamar” e esta exibição validou uma vez que certas as palavras do português selecionado.
Esta não é a primeira vez que Portugal guia a Noruega num Europeu de andebol – já o tinha feito há 24 anos, no Euro 2000, numa fundura em que Portugal tinha uma geração de ouro e os noruegueses ainda não tinham encontrado o seu lugar na posição do andebol mundial e, depois, foram quatro derrotas, quase todas por números generosos. Agora, esta geração já tem mais um ilustre derrotado no seu currículo, depois de, nos últimos anos, ter fraco seleções uma vez que a França, a Suécia ou a Islândia.
Os primeiros minutos foram uma troca de transições. Portugal entrou invasivo na resguardo e disposto a gastar pouco tempo no ataque. Marcou nos dois primeiros ataques e foi conseguindo segurar a formação nórdica – o que estava passando pela traço defensiva, parava em Diogo Rêma. Passados os minutos das primeiras semanas, ocorreram falhas técnicas na concretização dos ataques e os nórdicos conseguiram furar um pequeno fosso de três golos (7-10). Só não foi maior porque, ao contrário do ataque, a resguardo funcionava muito.
Aos poucos, a seleção vernáculo conseguiu ser mais equilibrada nas duas fases do jogo. Com o acerto de Kiko Costa e Pedro Portela, mais a ingresso pacificadora da experiência Rui Silva, Portugal conseguiu um parcial de seis golos sem resposta e passou para a frente (17-13), mantendo uma intervalo semelhante ao pausa (18-15) .
À ingresso da segunda meia-hora, Portugal até marcou primeiro, por Martim Costa, mas a Noruega conseguiu uma parcial de três golos que deixou a vantagem portuguesa reduzida ao mínimo (19-18). E foi num estica/encolhe que o jogo foi decorindo, em que Portugal, apesar de passar por alguns períodos de alguma desconcentração, nunca deixou a Noruega chegar ao empate. A vantagem navegou sempre nestes números, mas não foi mal o jogo acabou. Portugal ganhou por cinco.
Pedro Portela, experiente ponta-direita do Sporting, foi o melhor marcador do encontro, com oito golos e uma eficiência de 100% na finalização – foi eleito o MVP da partida. Martim Costa foi menos superabundante do que nos jogos anteriores, mas também teve bons números no ataque (sete golos em nove remates), tal uma vez que o seu irmão mais novo Kiko (4/9). Também importante foi a taxa de Rui Silva, que, apesar de ser restringido fisicamente, ainda conseguiu marcar três golos e foi fundamental na distribuição.
A selecção vernáculo volta à feito sexta-feira, de novo nesta em Hamburgo, para um confronto com a Eslovénia (14h30), mais um “ilustre” no caminho dos “Heróis do Mar” – a selecção balcânica é sempre um inimigo difícil para Portugal , com quatro vitórias nos últimos cinco encontros.