Pode dizer-se que Portugal teve um bom sorteio a definir o seu orientação na quarta edição da Liga das Nações, competição que já conquistou. Pela mão de Juan Mata, a seleção de Roberto Martínez ficou emparelhada no Grupo 1 da Liga A com Croácia, Polónia e Escócia.
A seleção vernáculo esteve no pote 2 neste sorteio em Paris e essa requisito poderia colocar-la, por exemplo, no caminho da Espanha, detentora do título. Mas escapou aos “tubarões”. Será sempre um grupo difícil – a Liga A tem as 16 melhores seleções da Europa – mas não será tão imprevisível porquê o Grupo 2, que tem Itália, Bélgica, França e Israel.
Com leste ajuntamento, Portugal será predilecto a um dos dois lugares do apuramento para os quartos-de-final – essa é uma das novidades nesta quarta edição da competição, sendo que nas três anteriores, só passando o primeiro de cada grupo.
Logo a seguir ao sorteio, em declarações ao Meio 11, Roberto Martínez traçou pequenos retratos sobre os três adversários de Portugal na competição: “A Croácia esteve na última final, sabemos o que fez nos Europeus e Mundiais. A Polónia, com uma ponta- de-lança porquê Lewandowski, tem capacidade para marcar golos. A Escócia tem a melhor geração dos últimos 20 anos – voltou ao Europeu e ganhou à Espanha. É um sorteio interessante para nós.”
Para o técnico espanhol, não se pode falar de um sorteio, nem de Portugal porquê predilecto ao apuramento. “Não há sorteios simpáticos. Queremos crescer. O nosso apuramento para o Europeu foi impecável e temos de continuar. Favoritos não há.”
Antes de Portugal principiar a pensar na Liga das Nações, ainda tem um Europeu na Alemanha para disputar e é nessa competição, diz Martínez, que tem de estar o foco: “Estamos focados no Europeu. Temos o estágio de Março que é importante para finalizar uma lista. [A Liga das Nações] é importante para o porvir porque temos de estar sempre no melhor patamar do futebol europeu. Temos a responsabilidade porque Portugal é o primeiro vencedor.”
Esta Liga das Nações remodelada só começará em Setembro próximo, com as duas primeiras jornadas. Depois, haverá uma jornada dupla em outubro e outra em novembro para fechar a período de grupos. Os quartos de final já serão em Março de 2025, com as meias-finais e a final a disputarem-se no início de Junho.
Croácia, uma geração que resiste
Tem sido uma bela história na Croácia com Luka Modric. Finalista no Mundial de 2018, semifinalista no de 2022 e finalista na última edição da Liga das Nações. Tanto assim é que Zlatko Dalic vai voltar à sua “estrela” que adie o final de curso na seleção.
Não sabemos se o médio do Real Madrid estará na seleção croata quando chegarmos à Liga das Nações, mas sabemos que, em condições normais, estará no Euro da Alemanha, ao lado dos seus “velhos” companheiros de jornada Kovacevic, Brosovic, ou Pasalic – veremos se Perisic, que sofreu uma lesão grave no início da quadra, ainda volta. Mas a Croácia não é só Modric e os outros “velhos”. Há o guarda-redes Livakovic, o medial Gvardiol ou o ex-benfiquista Musa.
Polónia é só Lewandowski?
Fernando Santos está muito sentindo na pele as dificuldades de orientar uma seleção que continua a depender da excesso de Robert Lewandowski – o treinador português só aguentou seis jogos no missão. Ainda não tem lugar no Euro guardado (está no Pague), depois de uma período de grupos a roçar o sinistro – quando não consegue lucrar à Moldávia, isso diz muito sobre o moderno nível da Polónia.
Ainda assim, Lewandowski tem um goleador de classe mundial, embora esta quadra no Barcelona não esteja a ser dos melhores. E tem em Szczesny um guarda-redes de grande qualidade. Milik também é um bom jogador e Piatek tem dias, Zielinski tem perdido protagonismo em Nápoles, mas ainda é importante na Polónia. Para além destes nomes, Michal Probierz, o sucessor de Santos, não tem muito mais por onde escolher.
Escócia “criado em” Liga Premiada
Será esta a melhor geração do futebol escocês nos últimos 20 anos, porquê disse Roberto Martínez? A prova é que a seleção orientada por Steve Clarke foi feita nos últimos anos. Voltou a estar num Europeu em 2020 depois de 24 anos ausente, e repetiu a presença ao qualificar-se num grupo que tinha Espanha e Noruega, para além de ter acedido à Liga A pela primeira vez.
Esta é uma selecção “feita” na Premier League inglesa (mas não só), em que a maior “estrela” será, provavelmente, Andy Robertson, lateral do Liverpool. Mas também há Scott McTominay, médio do Manchester United, Scott McGinn, médio do Aston Villa, ou Kieran Tierney, resguardo emprestada pelo Arsenal à Real Sociedad. Mais talento do meio-campo para trás, e sem um avançado de classe mundial, porquê foram Kenny Dalglish, Denis Law ou Ally McCoist. Mas quem tem McTominay, que marcou sete na qualificação, não precisa de avançado.
Liga A
Grupo 1
Croácia
Portugal
Polónia
Escócia
Grupo 2
Itália
Bélgica
França
Israel
Grupo 3
Países Baixos
Hungria
Alemanha
Bósnia
Grupo 4
Espanha
Dinamarca
Suíça
Sérvia
Liga B
Grupo 1
Deputado Checa
Ucrânia
Albânia
Geórgia
Grupo 2
Inglaterra
Finlândia
República da Irlanda
Grécia
Grupo 3
Áustria
Noruega
Eslovénia
Cazaquistão
Grupo 4
Vendavais
Islândia
Montenegro
Turquia
Liga C
Grupo 1
Suécia
Azerbaijão
Eslováquia
Estônia
Grupo 2
Romênia
Kosovo
Chipre
Lituânia/Gibraltar
Grupo 3
Luxemburgo
Bulgária
Irlanda do Setentrião
Bielorrússia
Grupo 4
Armênia
Ilhas Feroé
Macedónia
Letônia
Liga D
Grupo 1
Lituânia/Gibraltar
São Pelágico
Liechtenstein
Grupo 2
Moldávia
Súcia
Andorra