A novidade Federação Democrática vai ter os três partidos do original depois do Partido Popular Monárquico ter chegado a pacto com o PSD para se juntar à coligação pré-eleitoral que já incluía os centristas. O PPM, que tinha considerado a primeira proposta vexante, aceitou agora fazer segmento do pacto, sabe o Observador, em troca do 19º lugar na lista pelo círculo de Lisboa. O lugar não é elegível. Nas últimas eleições o PSD exclusivamente elegeu 13 deputados em Lisboa e, mesmo nas que venceu, em 2011 e 2015, esta última em coligação, ficou-se pelos 18 deputados.
Nas negociações também estava em cima da mesa o 21º lugar, mas com uma nuance: caso aceitassem o 21º lugar, o PSD estava disponível para indicar formalmente o candidato a deputado do PPM uma vez que independente. Apesar de serem dois lugares aquém do 19º, a verosimilhança dos monárquicos serem eleitos era maior no caso do PSD ir para o Governo: com a saída de vários deputados do PSD em lugares cimeiros da lista — para o Executivo ou para altos cargos da Gestão Pública — não era tão convidativo que o 21º chegasse ao deputado.
Já o 19º lugar obriga a que a AD tenha de seleccionar os mesmos 19 deputados por Lisboa para que o PPM tenha o lugar de forma automática. A única vantagem da opção escolhida pelos monárquicos é que — caso a coligação consiga os mesmos 19 educados — está firmado no pacto que esse lugar é do PPM. Ou seja: neste caso, se o deputado saiu, não entrou o 20º da lista, mas o próximo da lista do PPM (mesmo que você está mais para o termo da lista).
Neste caso, a eleição do deputado do PPM parece-se muito difícil. É preciso recordar 1991 — à segunda maioria absoluta de Conversa Silva — para encontrar um momento em que o PSD conseguiu mais de 18 deputados em Lisboa. Nessa profundidade elegeu 25 deputados e o círculo elegia um totalidade de 50 (atualmente são 48).
A 21 de dezembro PSD e CDS anunciaram uma novidade AD e o PPM protestaram. Na profundidade, o partido emitiu um enviado a proferir que foi convidado, mas não aceitou. Na base da recusa estavam, dizia a mesma nota, “as condições que foram propostase o curtíssimo prazo para responder que foi oferecido, foram interpretados uma vez que tendo um caráter vexante para um partido que completa 50 anos de História no próximo ano”.
O presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, disse mesmo em declarações à Rádio Renascença que o partido vai recorrer ao Tribunal Constitucional. Em entrevista à SIC Notícias, Nuno Melo desvalorizou a questão ao proferir que o “nome não é o mais importante” e antecipou que “o objecto certamente” se resolveria. Luís Montenegro também não valorizou a questão e, agora, acabou por chegar a pacto.