Os participantes da 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, marcada para leste domingo (31), deverão enfrentar um duelo a mais, que é o tempo instável na capital paulista. O fator foi amplamente considerado na manhã deste sábado (30) por corredores que já garantiram um lugar no pódio em outras disputas e são alguns dos favoritos.
Uma delas é a queniana Viola Jelagat Kosge, campeã da Meia Maratona do Rio e da Volta da Pampulha em 2023. “A prova vai depender do tempo, da temperatura, do ritmo e do trajectória”, avaliou. A São Silvestre reunirá 35 milénio corredores de várias partes do mundo, fechando o ano esportivo pátrio.
Entre os homens brasileiros, há atletas com longa trajetória inscritas nesta edição, uma vez que Franck Caldeira, Giovani dos Santos, que já ficou entre os três primeiros apresentados seis vezes, e Ederson Vilela. Já entre as mulheres, figura Kleidiane Barbosa, que retomou as atividades em seguida tolerar uma cirurgia no joelho. Outros nomes de destaque são Fábio de Jesus Correa, Larissa Quintão e Mirela Andrade.
Em coletiva de prensa, o mineiro Giovani dos Santos, de 42 anos, destacou que seu preparo trouxe resultados concretos, em 2023, e que pode trazer mais uma vitória, no último dia do ano. Foram, ao todo, 13 medalhas conquistadas, “uma a cada mês, em média”, conforme ressaltou ele, que foi vencedor do sul-americano na Argentina e levou a prata nos jogos sul-americanos, no Chile.
Um dos principais fundistas do país, Santos usa sua experiência acumulada para julgar, com humildade, um duelo que se manteve manente durante todas as edições da prova. Para ele, a São Silvestre exige estratégia, um tanto que os fundistas sabem forjar. E emenda: “A gente sabe que os africanos são muito fortes.”
Apesar disso, Santos admitiu que tudo pode mudar no dia da prova e o inesperado é capaz de se materializar, inclusive com a vitória do “último namorado”. Com otimismo e consciência do que representa o pódio da corrida, ele defendeu que o ideal é que os primeiros a chegar sejam os compatriotas. “Temos que estar sempre lutando para deixar o título cá no Brasil”, afirmou.
Subida performance, subida expectativa
Um dos principais maratonistas do Brasil e desportista olímpico dos Jogos Pan-Americanos de 2007, Franck Caldeira, de 40 anos, assume o nervosismo, ao pontuar que o hiato de dois anos na curso dele muito treino. Ele, porém, demonstrou otimismo, acrescentando que teve um desempenho semelhante ao de antes, em seguida três meses de preparação, em Foz do Iguaçu.
O que fez a diferença para Caldeira foi também o modo uma vez que encarar a corrida, já que agora foca mais em fortalecer seu emocional, para amenizar o impacto das cobranças, um tanto com que sua versão mais jovem não soube mourejar. Ilusões sobre truques, uma vez que usar o tênis principal de risca, também não o enganam mais, já que, na sua avaliação, “o tênis é rápido quando você é rápido”.
“O atletismo ofídio. Eu fui conquistando, conquistando e, lamentavelmente, não tive pessoas que fizeram com que essa trajetória ficasse a meu obséquio”, ele coincidentemente, em referência à período dos seus 19 anos de idade.
A sensação de competir na São Silvestre, destacada ele, é o momento em que “volta a ser um menino novamente”. “Não é somente uma competição, é um duelo”, complementou o veterano.
Manter o título de desportista de cima rendimento foi também uma pressão para Kleidiane Barbosa, uma das mulheres negras de destaque que representam o Brasil na São Silvestre deste ano. Ela relatou que muitos duvidaram da volta dela ao atletismo profissional, depois da operação no joelho. “A expectativa é boa. Cada corrida é uma história”, resumiu, questionada sobre o que vislumbra para amanhã.
Um dos nomes que têm despontado na modalidade é o de Ederson Vilela, de 33 anos. Ele conseguiu o ouro nos 10 milénio metros, nos Jogos Pan-Americanos de 2019, e vê os 15 milhas da corrida uma vez que “a cereja do bolo” da curso dos corredores. “É a prova que sempre faz fulgurar os olhos”, sintetizou o fundista, que também venceu a maratona de Curitiba, recentemente.
Corredores africanos
Entre os concorrentes da África, o jeito tímido e simples de falar não permite que se percebam que apresentam um desempenho inesperado, de asas nos pés. No ano pretérito, atletas do Quênia, de Uganda, Etiópia e Tanzânia marcaram presença no pódio, e agora a jovem queniana Catherine Reline, que ficou em primeiro lugar, promete repetir a ração e ser, de novo, uma características do atletismo. “Espero que amanhã eu faça uma boa corrida”, declarou ela.
Além de Catherine Reline, competem por Quênia os corredores Vestus Cheboi Chemjor, Timothy Kiplagat Ronoh e Viola Jelagat Kosgei. Pela Uganda, concorrem Moses Kibet e, pela Tanzânia, Josephat Joshua Gisemo. O desportista Yimer Wude, outra favorita ao prêmio, corre pela Etiópia, pela sexta vez.
Em 2022, pela primeira vez na história de São Silvestre, Uganda venceu a prova. A vitória foi de Andrew Kwemoi.