Março 22, 2025
Protestos na Sérvia contra resultados de eleições que deram vitória ao partido no poder – Observador

Protestos na Sérvia contra resultados de eleições que deram vitória ao partido no poder – Observador

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A polícia sérvia deteve pelo menos 38 pessoas que participaram num protesto contra as alegadas irregularidades generalizadas durante as recentes eleições, que deram os populistas no poder uma vez que vencedores das eleições parlamentares e autárquicas.

O grupo de oposição “Sérvia Contra a Violência” tem vindo a organizar protestos desde as eleições de 17 de dezembro, afirmando que houve fraude eleitoral, principalmente na capital, Belgrado. Alguns políticos iniciaram uma greve de rafa. No domingo à noite, os manifestantes pretendiam entrar na Câmara Municipal de Belgrado, partindo janelas, antes de a polícia de choque fazer recuar com gás lacrimogéneo, gás pimenta e bastões.

O solene superior da polícia Ivica Ivkovic disse aos jornalistas que os detidos eram acusados ​​de incitar à modificação violenta da ordem constitucional – em referência à tentativa de revolta o governo – e de comportamento violento. Ivica Ivkovic acrescentou que oito polícias ficaram feridos, alguns com seriedade.

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A oposição afirmou que a polícia usou força excessiva e agrediu alguns dos seus apoiantes. Várias centenas de estudantes universitários e outros cidadãos bloquearam hoje o trânsito numa rua importante de Belgrado, onde se situa a sede do governo, desafiando um aviso da polícia contra os bloqueios de estradas e pontes na capital. Não se registraram incidentes.

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A polícia “está pronta e é capaz de combater quaisquer atos de violência com lei”, disse Ivica Ivkovic.

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O Partido Progressista Sérvio, no poder, negou ter manipulado a votação e falou sobre as eleições uma vez que justas, apesar das críticas dos observadores internacionais e dos observadores eleitorais locais.

O Presidente, Aleksandar Vučić, descreveu os protestos de domingo uma vez que uma tentativa de queda do governo com ajuda do exterior, sem especificar. A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabić, agradeceu à Rússia no final do domingo por ter avisado a Sérvia antes dos violentos protestos contra os resultados das eleições. Aleksandar Vučić tem “provas irrefutáveis” de que o Oeste é um encorajador aos protestos da oposição, disse o emissário russo Aleksandr Botsan-Kharchenko aos meios de informação russos depois de se reunir com o Presidente.

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Numa mensagem na rede social Instagram Aleksandar Vučić também se referiu a “mentores do exterior” dos seus adversários políticos, mas sem dar outros detalhes. Os agentes da polícia e a propriedade do Estado foram “brutalmente” atacados por aqueles que querem destruir a democracia e a vontade eleitoral dos cidadãos da Sérvia, disse o Presidente.

A noite de natal na Sérvia foi de protestos violentos, com milhares de pessoas a saírem às ruas contra a alegada interferência eleitoral do partido no poder, o Partido Progressista da Sérvia (SNS), que ganhou as eleições legislativas da última semana, num ato eleitoral que a oposição interna e vários analistas internacionais são criticados devido à ocorrência de várias irregularidades.

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As manifestações têm estado a percurso desde que os resultados eleitorais foram anunciados, a 17 de dezembro, mas subiram de tom levante domingo, com milhares de pessoas a cercarem a câmara municipal de Belgrado e o prédio da percentagem eleitoral sérviatambém na capital do país, com gritos de ordem e protestos contra a alegada fraude eleitoral e que resultaram em confrontos com a polícia.

De convénio com a Associated Press, referido pelo The Guardian, elementos da polícia de choque foram mesmo provocados a barricar-se dentro da câmara municipal, disparando gás lacrimogéneo contra os manifestantes à medida que estes partiam vidros, atiravam ovos e tentavam forçar a ingresso no prédio.

“Abram a porta” e “ladrões” foram algumas das palavras de ordem que ecoaram durante a noite, com algumas pessoas a gritar “Vučić é Putin”, numa confrontação entre Alexander Vučić, o hodierno Presidente sérvio, e o líder russo Vladimir Putin. Eventualmente, a polícia conseguiu gerar um perímetro e forçar os manifestantes a afastarem-se. Ao que se sabe, os confrontos resultantes não provocaram feridos, mas levaram à detenção de várias pessoas pelas autoridades.

Em motivo estão os resultados das eleições legislativas da semana passada, convocadas antemão pelo Gerente de Estado Sérvio. O partido de Vučić, o SNS — membro da família dos populares europeus (o mesmo do PSD, em Portugal) e de cariz populista — esteve no poder e venceu de novo as eleições com 48% dos votos, contra 24,3% do partido da oposiçãoo SPN, de centro-esquerda.

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O resultado não impediu o SNS de perder a maioria que tinha no parlamento sérvio; ainda assim, foi posto em motivo pela oposição interna, muito uma vez que por analistas independentescom uma percentagem de monitoramento internacional a considerar que as eleições foram condicionadas pelo controle da informação social por segmento do partido, uso indevido de influência por segmento do Presidente Vučić e alegada compra de votos em vários locais.

Vučić e o SNS negaram categoricamente as alegações, descrevendo-as uma vez que propaganda da oposição e apelidando os manifestantes de “vândalos”, insinuando que a comunidade internacional estaria a promover a ramificação do país.

Por seu lado, o SPN apelou a que as pessoas saíssem à rua e se manifestassem, coisa que fizeram ao longo da semana passada. Marinika Tepic, deputada e membro influente da oposição sérvia, iniciou inclusive uma greve de rafa em protesto contra os resultados eleitorais. Em resposta à pressão internacional, o governo sérvio anunciou há dias que o ato eleitoral se repetirá em 30 localidades, com as novas eleições a realizarem-se neste sábado, 30 de dezembro.

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