Março 23, 2025
Retaliação.  Paquistão lança mísseis contra “grupos armados” no território do Irão

Retaliação. Paquistão lança mísseis contra “grupos armados” no território do Irão

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“O Paquistão arrancou uma povoação perto da fronteira com mísseis”avançou nas últimas horas a televisão estatal do Irão, acrescentando que pelo menos “três mulheres e quatro crianças de nacionalidade não iraniana foram mortas”.

Também a sucursal iraniana Irna deu conta de explosões, durante a madrugada, no sudeste do Irão: “Várias explosões foram ouvidas em várias zonas em torno da localidade de Saravan”.

Por sua vez, o Ministério paquistanês dos Negócios Estrangeiros confirmou que a Força Aérea liderou um cabo de operações de retaliação contra o Irão.Na terça-feira, um ataque iraniano causou mortes de duas crianças no Baluchistão, província do sudoeste do Paquistão.

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“Posso exclusivamente confirmar que efetuámos ataques contra grupos armados anti-Paquistão e que tinham porquê meta o Irão”, adiantou nascente dos serviços secretos paquistaneses, acobertada do anonimato, em declarações à sucursal France Presse.

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, afirmou na terça-feira, à margem do Fórum Parcimonioso Mundial de Davos, na Suíça, que Teerão levará a cabo ataques aéreos, com mísseis e dronesem solo do Paquistão dirigido a “um grupo terrorista”, em concreto o movimento sunita Jaish al-Adl, ou Tropa da Justiça.

“Nenhum social do país companheiro e irmão do Paquistão foi visado pelos mísseis e drones iranianos. O grupo nomeado Jaish al-Adl, que é um grupo terrorista iraniano, foi atingido”insistiu o ministro, para alegar, em seguida, que “levante grupo encontrou refúgio em certos locais da província do Baluchistão”.O Jaish al-Adl nasceu em 2012. Integra principalmente membros do grupo Sunita Jundullah, que perdeu força com a detenção da maior secção de seus militantes pelas autoridades iranianas. O grupo aspira à independência do Sistão Oriental do Irão e do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão. O que o torna um meta de ambos os países.

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A Governo norte-americana já repudiou a recente sequência de ataques militares iranianos no Iraque, na Síria e no Paquistão.

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“Condenamos esses ataques”, reagiu Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, acusando o Irão de violar “nos últimos dias as fronteiras soberanas dos vizinhos”.

Vaga de operações iranianas
Na terça-feira, as estruturas militares do país dos aiatolás lançaram mísseis sobre alegados quartéis-gerais de “espiões” e outros alvos “terroristas” na Síria e no Curdistão iraquiano.

O Irão confirmou já na véspera ter ataque com mísseis alvos associados ao Estado Islâmico e “espiões do regime sionista” – ou seja, Israel – na Síria e no Iraque, onde foi mesmo atingido uma zona próxima do consulado dos Estados Unidos no Curdistão iraquiano.Os bombardeios da Guarda Revolucionária Iraniana sobre Ebil, a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano, provocaram pelo menos quatro mortos.

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Esta vaga de ataques do Irão ocorre no contexto da guerra na Fita de Gaza, que levou também os rebeldes iemenitas Houthis, apoiados por Teerão, e multiplicarem ações no Mar Vermelho contra navios mercantes. Ao longo das últimas semanas, as forças norte-americanas cometeram ataques contra grupos pró-iranianos no Iraque e os Houthis no Iémen, neste caso secundários pelos aliados britânicos.

O Departamento de Estado norte-americano questiona a certeza, por secção do Irão, de que “tem de tomar estas medidas para combater o terrorismo” quando Teerão é, na ótica da Governo Biden, “o principal financiador do terrorismo na região, o principal financiador da instabilidade”.

c/ AFP e Reuters

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