O segundo longa-metragem de Emerald Fennell, “Saltburn”, é, e não digo isso levianamente, um dos piores filmes que vi nascente ano. É um sinistro em quase todos os departamentos e quase nunca de uma forma divertida. Durante a maior secção do tempo de realização, fiquei confuso com a bagunça que estava assistindo ou simplesmente entediado.
Para debutar, a estrutura de “Saltburn” não ajuda em zero. A lisura do filme mostra Oliver, de Barry Keoghan, professando seu paixão por Felix, de Jacob Elordi, enquanto cenas futuras dos dois passam pela tela. O primeiro ato é portanto gasto em atualizar o que o testemunha já sabe e viu, uma escolha terrível que me deixou entediado e esperando que um tanto novo acontecesse.
O resto da narrativa é lento, com algumas montagens legais ou cenas “engraçadas” jogadas uma vez que chaves tilintando na frente de um bebê para tentar distraí-lo do que está acontecendo com luzes piscando. Para não estragar muito, há também algumas cenas “nojentas” de provocação barata que revelarão as tentativas de reviravolta do filme muito antes de ele estar pronto para revelá-las.
Isso me leva ao final do filme que, novamente, sem estragar muito, parece uma reviravolta, mas é tão claramente telegrafado que eu ficaria chocado se um único membro da audiência não percebesse isso. Isso não quer expressar zero sobre a verdadeira cena final, que prioriza seu visual “hilário” e idiota sobre qualquer significado narrativo.
Em seguida estão as performances que são surpreendentemente ruins. Quero expressar, não é uma vez que se o roteiro de Fennell desse ao elenco muito com que trabalhar. Elordi, assim uma vez que em “Priscilla”, é legitimamente ótimo cá e pode ser a única coisa que gostei. Keoghan tenta o seu melhor, mas ele exclusivamente deu muitas falas terríveis (não tenho certeza se alguém poderia expressar “Eu sou um vampiro” no contexto daquela cena e não me fazer rir de uma vez que isso é ridículo). Rosamund Pike, longe de sua supimpa atuação em “Gone Girl”, é basicamente uma personagem de escorço entusiasmado cá com uma atuação ridiculamente terrível.
A cinematografia certamente agradará qualquer fã de “Midsommar”. Filmado em uma proporção recortada sem motivo aparente, é repleto de close-ups, reflexos, cores e simetria legais, mas não parece servir a nenhum outro propósito a não ser ser tomado na tela e postado no X (anteriormente espargido uma vez que Twitter) mais tarde.
Os temas são praticamente impossíveis de serem totalmente separados cá. É uma sátira de classe indiferente, onde a única mensagem que consegui transmitir é uma criminação completa à classe média, onde eles são parasitas malignos que tentarão destruir a classe subida e tudo o que amam.
No final, “Saltburn” tenta ser uma sátira sombria e provocativa, mas acaba sendo insípida e idiota, tanto formal quanto tematicamente, e fiquei com zero além de alguns recursos visuais que gostaria de poder olvidar.