“A Man in Full”, o extenso romance de Tom Wolfe agora ajustado pelo roteirista David E. Kelley em uma série limitada para a Netflix, centra-se em um protagonista que, apesar de todos os seus recursos, não consegue geminar o mundo à sua vontade. Ao longo de seis episódios, o programa se encontra em uma situação semelhante. “A Man in Full” conta com um elenco de estrelas, liderado por Jeff Daniels porquê o magnata do setor imobiliário de Atlanta, Charlie Croker; um multi-hifenato vencedor do Oscar por trás das câmeras; e um filão denso de material de origem. Mas o programa acaba sendo muito menos do que a soma de suas partes, uma abordagem estranhamente genérica e silenciosa de uma história americana grandiosa.
Wolfe passou a maior secção de sua curso porquê jornalista de longa data antes de se voltar para a ficção. Seu primeiro romance, “Bonfire of the Vanities”, foi uma sátira social da Novidade York dos anos 1980 que ajudou a definir o impacto do boom de Wall Street na cultura. (Se você já descreveu alguém porquê um “Rabi do Universo”, você deve agradecer a Wolfe.) Por seu esforço no segundo ano, Wolfe manteve as lentes antropológicas de um repórter de longa data enquanto voltava seu olhar para o sul. Tal porquê “Bonfire”, “A Man in Full” coloca o penalidade cármico de um empresário branco e rico num cenário de desigualdade racial, desaforo inteiro e manobras políticas. É uma história rica em detalhes que recompensa uma tela expandida, muito parecida com “Shōgun” de James Clavell e sua magnífico adaptação que foi ao ar no início deste ano na FX.
Mas a partir dessa oportunidade, “A Man in Full” faz uma mistura rala de performances superaquecidas e comentários mal cozidos. O show começa abruptamente, sem muito que nos situe no mundo de Charlie além de uma performance de Shania Twain em sua sarau de 60 anos para provar sua atração. Antes que o público tenha mais tempo para se orientar, eles são lançados no conflito crescente entre Charlie e Harry Zale (Bill Camp), um executivo de banco que assumiu porquê missão derrubar Charlie, exigindo o pagamento de US$ 800 milhões em empréstimos. Charlie e Harry podem ser considerados adversários nos negócios, mas são monotonamente parecidos porquê pessoas, ambos lançando frases ridículas de fanfarronada masculina em uma mesa de sala de conferências. “Oriente banco rola para sua glória nas minhas costas!” Charlie grita. “Segmento de ser varão é ser capaz de chutar a bunda de outro varão,” Harry rosna.
Se isso soa exagerado de uma forma deleitável e propositado, convizinho a “Billions”, as (muitas) cenas que abordam esse tema são decepcionantemente monótonas. Regina King, que possui um largo portfólio de créditos de direção além de seu trabalho porquê atriz, dirige três episódios, incluindo a estreia; Thomas Schlamme, que ajudou a gerar o famoso estilo de andejar e falar de Aaron Sorkin em “The West Wing”, fica com a outra metade. Apesar das filmografias da dupla, o visual de “A Man in Full” é exagerado e inespecífico. Não há nem o siso de lugar que alguém possa desejar em uma história inerentemente sulista, nem o excesso suntuoso que se espera de uma saga de riqueza obscena em declínio terminal, no estilo “Sucessão”. O pior de tudo é que falta bizarramente o tom do humor maximalista que ajudou Wolfe a gerar tantas cenas indeléveis. O resultado é uma estranha incompatibilidade entre o programa em si – inerte, sério – e os pedaços isolados de contra-senso wolfeiano que sobrevivem. Nomes próprios porquê Turpmtime (uma plantação de caça de codornas que Charlie insiste em invocar de “lodge ecológico”) e Raymond Peepgrass (representante de Harry no banco, interpretado por Tom Pelphrey) não pertencem ao drama prosaico em que agora estão presos. .
Além de enxugar a trama para caber em somente cinco horas de tela, “A Man in Full” também traz a ação para os dias atuais. (Wolfe publicou o romance em 1998.) A mudança parece projetada para somar sonância contemporânea a subtramas centradas na eleição para prefeito sítio e no sistema de justiça criminal, respectivamente. O assessor jurídico de Croker, Roger White (Aml Ameen), faz a ponte entre ambos, aconselhando o atual prefeito Wes Jordan (William Jackson Harper) em sua campanha contra um desafiante trumpiano e representando Conrad Hensley (Jon Michael Hill), marido da assistente prenhe de Charlie, quando ele é criminado de agredir um policial. Mas o cenário moderno serve principalmente para fazer dessas subtramas mais uma tentativa de invocar as questões do momento atual, sem muito para diferenciar essa abordagem específica. Por outro lado, elementos datados e retrógrados, porquê Peepgrass, processado por pensão alimentícia por uma protótipo finlandesa que o coagiu sexualmente, sentem-se fora do tempo.
No mínimo, “A Man in Full” deveria ser um estudo de personagem suasivo. Mas Croker nunca entra em foco porque as pessoas ao seu volta também nunca o fazem. Sua ex-mulher, Martha (Diane Lane, subutilizada criminalmente), é, na melhor das hipóteses, uma presença facilitar; nunca entendemos o que ela sente por seu ex-parceiro, nem por que ela de repente saiu em alguns encontros com, entre todas as pessoas, o banqueiro idiota Peepgrass. Lucy Liu é de alguma forma menos utilizada do que Lane porquê Joyce, amiga de Martha, outro desperdício de talento carismático. E embora nos digam que a atual esposa de Croker, Serena (Sarah Jones), é mais astuta do que o troféu que muitas vezes considera, temos poucas chances de vê-lo.
Todas essas mulheres vagamente esboçadas deixam o varão titular cuidar do show sozinho. Daniels é um ator justamente condecorado, mas seu Croker tem somente algumas notas, incluindo sotaque Foghorn Leghorn e machismo imprudente. Se “A Man in Full” fosse all-in em Croker com pompa ridícula, poderia possuir uma correspondência mais próxima entre tom e tema. Mas do jeito que está, “A Man in Full” deixa muito espaço vazio.
Todos os seis episódios de “A Man in Full” agora estão sendo transmitidos pela Netflix.