“SHOGUN”
Política feudal complexa. Um navio perdido no mar, com a maior secção da tripulação morta de penúria, escorbuto ou pior. Uma pátria à cercadura da guerra. Costumes estranhos e encontros perigosos à medida que as culturas se chocam porquê ondas contra as rochas. O término de uma era e o início de outra. O Japão feudal numa era de convulsão, os seus aliados católicos portugueses e os recém-chegados protestantes ingleses e holandeses a lutarem uns contra os outros, e algumas das melhores fotografias, figurinos e actuações que vi em tempos, todos conspiram para fazer Shogun um sucesso momentâneo – incrivelmente lindo, trágico e emocionante ao mesmo tempo.
Eu não li o livro de 1.152 páginas de James Clavell no qual leste novo programa se baseia, embora eu o tenha começado e avançado um pouco. Desta vez, em vez de pular a manancial original ou focar em comparações entre o material de origem e a adaptação, pretendo ler enquanto os episódios vão ao ar todas as semanas no Hulu. Isso significa que, diferentemente de muitos outros programas que cubro, analisarei leste sem ter que compará-lo com o romance, mas ainda assim lerei e tentarei seguir. Dessa forma, posso falar com ambos, mas não tenho nenhum apego predisposto ao original, liberando-me para olhar para leste programa por seus próprios méritos.
Aliás, um livro dessa extensão não é de leitura rápida (e tenho que ler Problema dos Três Corpos em breve também). Tudo muito! Às vezes é risonho não saber sobre o material de origem. Por exemplo, tenho certeza de que gostaria da ação ao vivo Avatar: O Último Rabi do Ar mais se eu não tivesse visto o original entusiasmado.
De qualquer forma, percebi depois de observar ao primeiro incidente de Shogun que FX e Hulu lançaram os dois primeiros episódios de uma vez, mas me comprometi a revisar cada incidente deste programa, logo a postagem a seguir cobrirá somente a estreia da série “Anjin” e seguirei com uma segunda revisão para esse incidente amanhã. Logo postarei recapitulações/avaliações semanais cá neste blog. E estou muito entusiasmado com isso porque tenho estado muito desiludido com quase tudo que tenho vestido ultimamente (não você, Cavalos lentos!) que é uma lufada de ar fresco estar realmente entusiasmado com uma novidade série. De qualquer forma, vamos falar sobre . . . .
Anjin
Cosmo Jarvis porquê John Blackthorne. CR: Katie Yu/FX
Não vou recapitular muito. Vamos somente tirar o imprescindível do caminho. “Angin” em nipónico significa “piloto” e se refere a um dos principais protagonistas da série, John Blackthorne (Cosmo Jarvis). Acho que pode ter um duplo significado, no entanto, e também se referir ao outro protagonista principal da série, Lord Yoshi Toranaga (Hiroyuki Sanada), que está tentando conduzir o Japão em direção a um horizonte melhor. As probabilidades estão contra os dois homens, que eventualmente ficam face a face logo que a estreia da série termina.
O ano é 1600 – isto é-nos dito num cartão de título no início do incidente, o que agradeço porque prefiro dispensar a exposição de formato de forma rápida e eficiente para que possamos passar às coisas boas – e os portugueses (uma vocábulo que aprenderei a soletrar sem corretor ortográfico quando esta série terminar) têm uma relação mercantil lucrativa com o Japão. Eles também instalaram muitos missionários católicos e uma boa secção do Japão se converteu ao cristianismo.
Blackthorne é um inglês que trabalha para os holandeses, e sua missão parece ser desenredar onde está o Japão e iniciar o processo de arrancá-lo do controle católico. Os colonialistas protestantes querem uma fatia do bolo. Até agora, os católicos tiveram o bolo inteiro só para eles. Na verdade, parece que os protestantes querem o bolo inteiro e estão à procura dele. O único problema? A viagem foi difícil. Vários navios e quase todos os homens se perderam no caminho. Restam somente uma dúzia, incluindo Blackthorne, agora seu de traje líder, quando são encontrados e resgatados – e imediatamente presos – pelos japoneses.
Curiosamente, ambos os grupos de pessoas referem-se um ao outro porquê “bárbaros” ou “selvagens” com bastante frequência, e você pode ver porquê: os marinheiros são imundos, mal-educados e selvagens. Os japoneses têm costumes que incluem o seppuku. Neste incidente, um jovem chamado Tadayoshi, a serviço do Senhor Toranaga, tem um desabafo durante uma reunião dos cinco regentes do Japão. Envergonhado de suas ações, ele não somente promete se matar, mas também rematar com sua linhagem – o que significa matar também seu bebê. Por mais horroroso que seja, não é a coisa mais terrível que vemos durante a estreia da série (principalmente porque não vemos o bebê sendo morto).
Moeka Hoshi porquê Usami Fuji. CR: Katie Yu/FX
O pior momento está entre as mortes mais horríveis e horríveis que já vi em qualquer programa de TV. Enquanto Blackthorne é poupado, apesar das exigências de um padre católico para que o senhor lugar, Kashigi Yabushige (Tadanobu Asano) o execute, outro membro da tripulação é executado – sendo lentamente fervido até a morte em um caldeirão gigante. É uma maneira surpreendentemente bárbara de matar alguém. Mas logo, parece bastante simples que o que quer que uma cultura pense da outra, ambas têm as suas próprias tendências bárbaras e violentas. Blackthorne está trabalhando para uma potência colonialista que em breve devastará o mundo inteiro. Mas também não há zero defensível em ferver um marujo indefeso até à morte.
Yabushige quer o navio e seus mosquetes e canhões só para ele, mas um espião na localidade — um velho que fala somente um pouquinho de português e consegue trasladar, ainda que de maneira deficiente, com Blackthorne — também é um espião do Senhor Toranaga. A notícia chega a Toranaga enquanto ele definha em Osaka, prisioneiro em tudo, exceto no nome, e logo ele envia seu braço recta, Toda Hiromatsu (Tokuma Nishioka) para reivindicar o prêmio para si. Hiromatsu decide trazer Blackthorne de volta com eles para Osaka, e uma coisa boa também: uma poderosa tempestade quase afunda o navio, a tripulação e todos a bordo, mas a experiência de Blackthorne no mar salva o dia.
Blackthorne também salva seu novo inimigo, Rodrigues (interpretado por Nestor Carbonell, embora eu não tenha reconhecido o Perdido ex-alunos) um espanhol trabalhando para os portugueses. O varão é jogado ao mar, mas quando eles conseguem pousar em segurança, Blackthorne insiste em encontrá-lo. Eles fazem isso – no fundo de um penhasco, um pouco fora do mar tumultuado. Blackthorne quer descer, mas Yabushige o recusa, logo Blackthorne lhe entrega a corda e a honra exige que o próprio Senhor Nipónico desça. Ele quase morre – e quase se mata quando parece que pode se afogar – mas é salvo por uma corda de última hora (você estava claro o tempo todo, Sam Gamgee).
Rodrigues salvo, Blackthorne é levado para Osaka onde finalmente conhece Toranaga. O poderoso Senhor Nipónico – agora sitiado por todos os lados pelos seus rivais ambiciosos e invejosos – pensa que leste novo estranho pode ser capaz de ajudá-lo, embora ainda não saibamos porquê.
A política disso é um tanto que considero bastante fascinante. Isso me lembra um pouco Reino na Netflix, embora fosse sobre feudalismo coreano e zumbis (e um dos melhores programas da Netflix, por obséquio, assista!). Cá temos o rei morto e todos disputando o poder. Toranaga parece ser o único com honra e coragem suficientes para enfrentar o poderoso regente Ishido Kaznari (Takehiro Hira) e já é provável ouvir os tambores da guerra batendo. Mas se quatro dos cinco regentes que governam o Japão estiverem contra Toranaga, as probabilidades da sua sobrevivência serão ainda mais sombrias do que as dos marinheiros holandeses e ingleses.
Assim, o cenário está montado para um drama heróico ambientado no Japão feudal, com os primeiros colonos chegando da longínqua Europa. Um choque de civilizações – tanto entre o Japão e o Poente porquê entre protestantes e católicos – está prestes a explodir, e estamos prestes a embarcar no que parece ser uma viagem e tanto. Tudo cá é de primeira qualidade, desde a supimpa retrato e trilha sonora até a atuação. Cosmo Jarvis está realmente canalizando Tom Hardy cá e estou imediatamente atraído por seu personagem porque ele não é somente um face lícito, um salvador branco ou o que quer que seja. Ele é inteligente, mas também é calculista e implacável. É simples que é sempre uma alegria observar Hiroyuki Sanada e ele está interpretando Toranaga perfeitamente – reservado, possante, mas ainda não hesitando em deixar um de seus vassalos matar a si mesmo e a seu rebento por justificação de uma explosão apaixonada em sua própria resguardo.
Estou profundamente impressionado até agora e mal posso esperar para ver porquê isso vai se desenrolar. Há muita TV ruim por aí agora, mas Shogun serve para mostrar que ainda há TV genuinamente supimpa sendo feita. Parece um tanto que você veria na HBO, e claramente o FX e o Hulu não estão poupando despesas para produzir um dos programas mais bonitos do mercado. Mas também estou feliz com o roteiro – tantas vezes esquecido em obséquio de grandes ações e efeitos especiais – com seu diálogo possante, construção de mundo rica e ritmo tenso e rígido.
Conforme mencionado supra, amanhã pensarei no segundo incidente e provavelmente falarei sobre ambos em um vídeo no meu via do YouTube ao mesmo tempo. Logo não deixe de me seguir cá neste blog se quiser conversar sobre Shogun e inscreva-se no meu via no YouTube enquanto estiver fazendo isso. O que você achou da estreia da série? Também estou curioso para saber o que os leitores de livros pensam. Li somente um pouco, mas já posso perceber que algumas coisas estão sendo alteradas, embora zero que me incomode particularmente. As adaptações exigem algumas mudanças e até agora tudo isso parece muito proveniente e muito pensado. Deixe-me saber sua opinião sobre Twitter e Facebook.