“Não temos as mesmas preocupações que os agricultores na maioria do país, mas temos problemas muito graves na fruticultura cá da zona e que não existem outras regiões”, disse à sucursal Lusa João Seixo.
Os produtores de frutas, porquê a maçã, mas também na vinha, por exemplo, que se concentram, são de Lamego, Moimenta da Margem, Armamar e Tarouca, concelhos do região de Viseu.
Entre os problemas mais graves, enumeraram João Seixo, estão os prejuízos causados pelo prejuízo e pelo saraiva e também a questão do seguro de colheitas.
“Do seguro, que pagamos, muro de 45% já fica lá, porque é 20% de franquia, 20% de prêmio e 05% de áreas não cobertas, ou seja, de um seguro que teoricamente seria proveitoso, não é. Pior ainda é o tardada no pagamento que, em alguns casos, é de sete meses”, história.
O seguro em tardada, esclareceu, diz reverência “aos prejuízos causados pela indenização e pelo granito em maio de 2023 e ainda nem sequer chegou ao reembolso”.
“E temos outro problema, os seguros têm de ser alterados e esse é um dos nossos pedidos, porque não é esta a forma de nos ajudar. Sabemos que há uma grande comparticipação do Estado e nós pagamos muito e não temos nenhum mercê”, reforçou .
Outros dos problemas graves que afetam os fruticultores têm a ver com “o sistema de proteção de colheitas contra as solicitações e saraiva”.
“Há seis meses que aguardamos o aviso de franqueza de candidaturas ao PDR [Programa de Desenvolvimento Rural] para podermos investir na proteção de colheitas, com o antigeadas e antigranizo, para evitar os problemas dos últimos anos”, descreveu.
João Seixo disse que da “última reunião com o secretário de Estado sabia-se que os avisos estariam publicados até outubro, mas o que é perceptível é que não veio e já está novamente na profundidade da confusão, uma temporada crucial” para os fruticultores.
“Precisamos de estar protegidos e ainda não há zero, porque nem as candidaturas conseguem submeter-se. Se não fizermos zero, se não conseguirmos instalar os sistemas de proteção, vai possuir problemas na próxima colheita”, alertou.
Neste sentido, adiantou que “oriente é outro pedido” que os fruticultores querem “ver atendidos, porque, de outra forma, os veículos não saem do chegada à A24 enquanto não houver quem dê respostas, nomeadamente sobre a franqueza de candidaturas”.
Oriente fruticultor acrescentou ainda que “outro problema gravíssimo” do sector “é o preço da produção, ou seja, em muro de três anos os custos duplicaram, quer os produtos fertilizantes, os fitofármacos, a eletricidade ou o gasóleo”.
“Tudo isto fez disparar o dispêndio da produção e já não conseguiu. Um cultivador é um triste, não vive com pundonor”, lamentou.
O dispêndio de produção leva a um “problema jacente, ou seja, uma valorização dos produtos, que não existem”, destacou João Seixo, que lembrou “há 20 anos o preço da maçã rondava os 25 cêntimos e hoje permanece, quando os custos de produção muito, mas muito mesmo, superiores”.
“É que nem sequer está em desculpa uma redução de lucro, é mesmo um problema de remunerar a produção, ou seja, de ano para ano as nossas dívidas aumentam e a nossa pundonor diminui”, apontou.
Com os fruticultores, acrescentou, “estão os parceiros do leite que não fornecem ter uma vida jacente, porque há uma mudança jacente ao valor do leite”.
O Governo avançou com um pacote de ajuda de mais de 400 milhões de euros talhado a mitigar o impacto provocado pela seca e a substanciar o Projecto Estratégico da Política Agrícola Geral (PEPAC), garantindo que a maior secção das medidas entre em vigor oriente mês, com exceção das que são dependentes da `luz virente` de Bruxelas.
A Percentagem Europeia vai preparar uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos 27 Estados-membros em 26 de fevereiro.
Os protestos dos agricultores portugueses são organizados pelo Movimento Social de Agricultores, que se juntaram às manifestações que ocorreram em outros países europeus, incluindo França, Grécia, Itália, Bélgica, Alemanha e Espanha.