Victoria e David Beckham tiveram uma espécie de renascimento em 2023. Depois que ela participou pela última vez de um show com as Spice Girls em 2012 e ele se aposentou dos gramados em 2013, o par acabou se concentrando em negócios que não lhe deram a mesma notoriedade que as carreiras que valeram ao mundo. Até que veio a série da Netflix — e eles voltaram aos holofotes.
“Beckham”, uma série a princípio dedicada a fazer uma retrospectiva da curso do ex-jogador, acabou virando uma produção sobre o par. Não por possibilidade, as cenas que mais viralizaram nas redes sociais envolveram os dois, uma vez que uma em que David insiste para que Victoria conte que o pai dela tinha um Rolls-Royce, e a cena final, em que eles dançaram juntos ao som de “Islands” in the Stream”, de Dolly Parton e Kenny Rogers — a dança, aliás, foi imitada à exaustão por usuários do TikTok.
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Talvez por isso a série tenha sido um sucesso. “Beckham”, lançado no exterior no início deste ano e no Brasil em outubro, ficou seis semanas no top 10 global da Netflix de produções mais assistidas e chegou ao primeiro lugar em 59 países.
Com a ajuda do contrato assinado com a Netflix, o poderio de negócios do par teve um salto no faturamento em 2022 (quando eles negociaram a série com a plataforma de streaming). Só a holding de David, que concentra os negócios do ex-jogador com patrocínios e teor, viu a receita atingir 72,6 milhões de libras esterlinas, mais que o duplo dos 34,3 milhões de libras esterlinas de 2021, enquanto o lucro operacional arrecadou de 16 milhões de libras esterlinas para 21,9 milhões de libras esterlinas.

A Netflix, porém, não foi a única manadeira de receita. A produtora do ex-jogador do Studio 99 também fez para a Amazon um filme biográfico sobre o jogador do sinuca Ronnie O’Sullivan. Aliás, a DB Ventures, responsável por contratos de David com marcas (uma vez que com a montada Maserati), teve receita de 57 milhões de libras esterlinas, supra dos 34 milhões de libras esterlinas de 2021.
Vale ressaltar que os resultados dos negócios de David foram divulgados só depois que ele vendeu 55% dos ativos para a Authentic Brands, enquanto ele ficou com uma participação na Authentic, que também é dona das marcas Hunter Wellington e Ted Baker.
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Já do lado de Victoria, a marca de tendência e venustidade das ex-Spice Girls viu a receita crescer 44% em 2022, para 58,8 milhões de libras, impulsionada principalmente pelo progressão da procura por produtos para a pele e pela exposição que a sua marca de roupa estreou na Paris Fashion Week. O negócio de Victoria nunca teve lucro, mas o prejuízo foi reduzido em 2022 para 900 milénio libras esterlinas, diante de 3,9 milhões de libras esterlinas em 2021.