Houve vários programas que aspiravam ser o “próximo A Guerra dos Tronos”, incluindo a própria série prequela da HBO sobre a queda da Mansão Targaryen. O que une muitos desses pretensos sucessores é que são obras de fantasia: se Tronos provou que o público tinha gosto por uma série com dragões e zumbis de gelo, pensa-se que os espectadores terão inópia de alguma coisa semelhante. Mas embora os elementos de fantasia fossem um substância forçoso para Tronos, o molho secreto era alguma coisa um pouco mais fundamentado: a política de cume risco. A HBO pode ter gasto uma quantia absurda de quantia para dar vida a Westeros, mas, parafraseando Tyrion Lannister, o programa nunca pareceu mais seguro do que quando se resumia a ótimas conversas em salas elegantes. (Uma discussão passivo-agressiva entre Varys e Mindinho honestamente pareceu mais carregada do que alguns dos Tronos‘cenas de guerra.) Acrescente a história meticulosamente detalhada de Westeros e Tronos foi uma das experiências mais envolventes que o meio já viu.
O quadro da televisão evoluiu bastante desde Tronos estava no auge de sua popularidade: o inspiração de serviços de streaming significa que os hábitos de visualização dos consumidores estão cada vez mais fragmentados, enquanto a Peak TV está finalmente começando a estagnar depois anos de gastos extravagantes. Em núcleo, as condições não são adequadas para que qualquer programa se torne o “próximo A Guerra dos Tronos”, não importa quão sedutor um programa possa ser. Mas se alguma série merece trinchar o sonido, a novidade série limitada FX Shogun é um digno candidato à diadema: um heróico histórico arrebatador repleto de intriga política.
Fundamentado no romance best-seller homônimo de James Clavell que foi anteriormente ajustado para uma minissérie para a NBC em 1980 Shogun se passa no Japão do século 17, com a região à ourela de uma guerra social. Já se passou um ano desde que o taiko, o líder supremo de um Japão unificado, morreu. O herdeiro do taiko é muito jovem para reivindicar o trono, portanto um Recomendação de Regentes de cinco pessoas foi estabelecido em seu lugar. Embora cada membro do recomendação tenha a sua própria agenda – dois dos homens converteram-se ao catolicismo depois dos portugueses estabelecerem negócio com a região isolar – o mais sibilino do grupo é Lord Yoshii Toranaga (Hiroyuki Sanada), um guerreiro renomado que vem de uma família dinástica. Os outros membros do recomendação uniram-se contra Toranaga, temendo que ele planeie tornar-se shogun e governar o Japão numa ditadura militar de facto.
Liderado pelo intrigante Lorde Ishido Kazunari (Takehiro Hira), o recomendação está se preparando para votar o impeachment de Toranaga, o que também significaria uma sentença de morte. Mas quando um navio holandês maltratado chega à costa do Japão, pilotado pelo nauta inglês John Blackthorne (Cosmo Jarvis), Toranaga vê uma oportunidade. Porquê protestante, Blackthorne é inimigo dos membros do recomendação aliados de Portugal e pode ser uma moeda de troca útil contra eles. Mas o mais importante é que Blackthorne tem conhecimento da guerra ocidental e o seu navio “bárbaro” está repleto de canhões e mosquetes: armas que poderiam virar a maré em prol de Toranaga se a guerra rebentasse.
É uma formato densa e uma das emoções de Shogun está a tentar seguir as mudanças de alianças entre os principais intervenientes políticos. A situação é principalmente preocupante por motivo do conjunto estrito de rituais e decoros exclusivos da cultura japonesa. Na estreia, por exemplo, um dos samurais de Toranaga fala fora de hora quando Ishido insulta seu senhor – porquê punição, o samurai recebe a ordem de cometer seppuku e finalizar com sua linhagem. Em momentos porquê levante, Blackthorne é um representante eficiente do público, reagindo com descrença quando as pessoas ao seu volta parecem tratar a vida e a morte de forma tão insensível. (O choque cultural de Blackthorne também é onde Shogun abraça alguma leviandade: ele não consegue entender por que as pessoas neste país optam por tomar banho mais do que uma vez por semana. Blackthorne, eu sei que seu quimono tem um cheiro maluco.)
É evidente que Blackthorne não fala nipónico, portanto Toranaga convoca Toda Mariko (Anna Sawai), uma sublime de uma família em desgraça, para servir porquê tradutora de Blackthorne. (Porquê católica convertida, Mariko fala português, que é porquê ela e Blackthorne se comunicam, embora todos os diálogos da série sejam em inglês.) Com o tempo, Mariko e Blackthorne se unem pelas circunstâncias bizarras em que se encontram: dois peões num tenso jogo de xadrez político em que um movimento em falso pode levar a uma guerra totalidade que dilacerará o Japão.
O que separa Shogun de outros épicos históricos, porém, é a eficiência com que a série exerce moderação. Não se engane, há cenas de violência chocante em que os personagens são rapidamente decapitados, estripados ou transformados em pedaços sangrentos de músculos por tiros de canhão. Mas na maior segmento, Shogun concentra-se nos passos cuidadosos que os personagens tomam para evitar trilhar o caminho da devastação, ninguém mais do que Toranaga. Em seu culminância porquê guerreiro, o maior trunfo de Toranaga era deixar seu oponente testilhar primeiro: lutar era sempre um recurso final, e não alguma coisa a ser adoptado. É uma mentalidade que Toranaga leva para a redondel política, esperando pacientemente que seus rivais façam uma jogada antes de revelar sua mão.
Essas qualidades fazem Shogun um show mais sutil do que os espectadores poderiam esperar de uma produção tão luxuosa. Mas esta abordagem está alinhada com um provérbio nipónico frequentemente citado ao longo da série: “Um varão tem um coração falso para o mundo ver, outro no peito para mostrar aos amigos e familiares, e um coração secreto sabido unicamente por eles próprios”. Apropriadamente, Toranaga mantém suas cartas tão fechadas que nem mesmo seus conselheiros mais confiáveis parecem saber se ele está realmente almejando ser shogun. O vestimenta de os personagens internalizarem tanto daquilo que os motiva pode, a princípio, fazer com que Shogun uma série difícil de se conectar em um nível emocional. Mas uma vez que você entrar ShogunNo comprimento de vaga, há muito o que saborear lendo nas entrelinhas e sabendo o quanto não foi dito pelos personagens em situações-chave. (Mariko é a rainha em lançar sombras nas restrições educadas da sociedade.)
Naturalmente, a única exceção à regra é Blackthorne, que começa a série porquê um bruto desbocado, sem pavor de falar o que pensa. Numa série menor, um personagem porquê Blackthorne seria pintado porquê um salvador: o forasteiro branco com uma novidade perspectiva que se lança para salvar o dia, à la Danças com lobos ou O último Samurai. Mas o que eleva Shogun supra dos filmes desse tipo é que Blackthorne não está lá para salvar ninguém; na verdade, o Japão o salva. Mais tarde na série, quando Blackthorne se reúne com um ex-companheiro beligerante, bêbado demais por motivo, ele mal reconhece o varão que já foi. Tudo o que ele vê em seu idoso camarada é a privação de honra e urbanidade: um momento de humildade para um personagem que passa a respeitar tudo o que o Japão tem a oferecer.
Eu certamente aprecio isso Shogun existe em primeiro lugar. Levante é o tipo de série de eventos em grande graduação que parece cada vez mais rara em um momento em que as redes e os streamers estão diminuindo depois anos de gastos excessivos. Evidente, também não é surpreendente que o FX, entre todos os lugares, tenha sofrido uma mudança tão grande: é uma rede que há muito é sinônimo de televisão de prestígio. Além do mais, FX é sabido por minisséries que se transformam em antologias completas, incluindo Fargo, História de transgressão americanae Feudo. Poderia Shogun sigam o exemplo? A série pode ser uma história independente, mas Clavell acabou escrevendo seis romances que constituem sua Saga Asiática: ficção histórica centrada nos europeus na Ásia e no que acontece quando essas duas culturas se cruzam. (Os épicos históricos estão passando por um momento, portanto por que não entrar no Clavellverse?)
Em todo o caso, Shogun mais do que merece permanecer por conta própria. O nível de habilidade que entrou na série é aparente em cada quadro lindo, assim porquê o compromisso de colocar a história em primeiro projecto a partir de uma perspectiva japonesa, em vez de unicamente uma visão ocidental. (A grande maioria do diálogo em Shogun está em nipónico, o que não deve ser um problema para quem deseja superar a barreira de legendas de 2,5 cm de profundidade.) No universal, Shogun não vai unicamente escorchar o A Guerra dos Tronos pruído: É a melhor novidade série do ano, um heróico ruminativo que, nos grandes e pequenos momentos, sempre consegue ir fundo.